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Porquê eu?

por oficinadepsicologia, em 30.06.11

Autor: Francisco de Soure

Psicólogo Clínico

www.oficinadepsicologia.com

 

Francisco de Soure

Esta é uma das perguntas que mais frequentemente ouvimos em consultório quando trabalhamos com alguém a debater-se com depressão.

 

É uma luta árdua, que se torna mais árdua ainda devido á profunda negatividade que encontramos em toda a gente que sofre desta perturbação. Algo que se torna particularmente difícil quando temos em conta que a maior parte das pessoas que sofrem de depressão tendem a sub-valorizar as suas experiências dolorosas por comparação com outras pessoas que, a seu ver, têm vidas bastante mais duras e difíceis. É frequente ouvir questões como “Se A, B ou C tiveram na sua vida momentos tão difíceis como um divórcio, um despedimento, a morte de alguém próximo ou uma doença prolongada, que moral tenho eu para estar assim?”. Os nossos cliente não conseguem encontrar resposta para esta questão, o que frequentemente reforça a sua percepção de si como fracos, ou falhados. Nós, psicólogos, também nos debatemos com esta questão.

 

Afinal de contas, o que torna determinados indivíduos mais propensos a serem afectados por depressão? O que faz com que pessoas com vidas aparentemente confortáveis deprimam e outras não? Claro está, existe um sem fim de hipóteses que na prática clínica vamos confirmando ou desmentindo. Em paralelo, continuamos a investigar em larga escala de forma a determinar, de forma inquestionável, quais os fatores que parecem tornar determinados indivíduos mais vulneráveis à depressão.

 

Na UCLA, na California, EUA, uma investigação recente acrescentou dados importantes à resposta a esta pergunta. Os investigadores concluíram que pessoas com experiências adversas em idades precoces (infância) têm tendência a ser menos resistentes a fatores de stress e, por conseguinte, mais vulneráveis  à depressão. Particularmente se estas experiências forem experiências de perda relacional, como um divórcio dos pais, ou o afastamento de um dos pais por período prolongado. A hipótese dos autores é que estas experiências poderão resultar na aprendizagem de expectativas e crenças fortemente negativas relativamente ao mundo. Reduzindo-se o fator esperança, torna-se mais provável o desenvolvimento do desespero tão característico da depressão. Em simultâneo, os autores concluíram que experiências anteriores de depressão também tornam mais provável o desenvolvimento futuro deste quadro, visto estarem também particularmente sensíveis ao stress. Assim sendo, acrescenta-se o nosso conhecimento relativamente às causas da depressão e reforça-se algo que já sabemos: uma gestão eficaz, cuidada e inteligente do stress pode ser fator decisivo na prevenção desta perturbação.

publicado às 13:46

Ansiedade na infância e adolescência

por oficinadepsicologia, em 29.06.11

Autora: Tânia Cunha

Psicóloga Clínica

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Tânia da Cunha

As perturbações de ansiedade são as patologias psiquiátricas mais habituais em crianças, que desencadeiam grande sofrimento, bem como dificuldades escolares e complicações sociais. Dados estatísticos apontam que a prevalência associada a pelo menos uma perturbação de ansiedade até aos 16 anos de idade é de aproximadamente 10%, sendo cerca de 12% em raparigas e 8% em rapazes. Os estudos epidemiológicos mostram que as taxas de prevalência de qualquer perturbação de ansiedade são maiores em crianças do que adolescentes.

 

Muito embora, as perturbações de ansiedade, tenham vindo a ser consideradas indulgentes, numa significativa percentagem de crianças e adolescentes, estas intervêm no funcionamento escolar, social e familiar, provocando efeitos prejudiciais a longo prazo, razão suficiente para não serem desvalorizadas.

 

Alguns estudos indicam que o diagnóstico de uma perturbação de ansiedade na infância e adolescência aumenta o risco de insucesso escolar e de dificuldades socioeconómicas na vida adulta. A ansiedade infantil é considerada com um factor predisponente de ansiedade, depressão, tentativa de suicídio e internamento na vida adulta.

 

Apesar de toda a informação disponível, na prática verifica-se que na maioria das crianças com perturbações de ansiedade, estas nem sempre são diagnosticadas ou tratadas adequadamente. Este é efectivamente um indicador preocupante, tendo em consideração a eficácia comprovada da psicoterapia em perturbações de ansiedade, e tendo em conta que existem efeitos nefastos a longo termo de uma perturbação de ansiedade não ser alvo de intervenção.

publicado às 14:39

Vidas virtuais

por oficinadepsicologia, em 28.06.11

Autor: Luís Gonçalves

Psicólogo Clínico

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Luis Gonçalves

Nestes tempos de informação e tecnologia, cada vez mais vivemos do facebook, twitter e de outras redes sociais. Alguns estudos iniciais revelam que estas comunidades são factores preventivos da depressão ao fornecerem um conjunto de relações, ainda que virtuais, que reduzem a sensação de solidão e de desamparo que muitos milhões de pessoas sentem no dia-a-dia. São também instrumentos úteis para sabermos informação em primeira mão, usar aplicações que nos fazem rir ou aprender, participar em concursos e promoções, publicitar os nossos serviços, passar tempo a jogar online, procurar e falar com amigos ou colegas, combinar eventos ao vivo com eles ou até ler textos como este!

 

A questão mais complexa surge no momento em que deixamos de viver a nossa vida real para adoptarmos um modo de vida à distância. De uma forma progressiva, muitas pessoas vão-se isolando das outras e apenas têm uma relação próxima com computadores, smartphones e imensos outros gadgets. De repente, construímos uma zona de conforto de tal forma estruturada que não “precisamos” de estar ao vivo com as pessoas que nos dizem algo. Ou pura e simplesmente, não precisamos do mundo exterior. Pedia-lhe agora que pensasse comigo nestes exemplos: se precisamos de saber notícias, vemos na rede social; se precisamos de fazer compras, fazemo-lo online; se queremos falar com alguém, entramos na rede social; quando queremos dar a conhecer o nosso trabalho, entramos na rede social; se queremos gastar tempo livre, procuramos algo na rede social; se queremos contactar com outros países, pesquisamos na rede social; se queremos procurar emprego, vemos na rede; se queremos conhecer pessoas novas, vemos a rede social;  e por aí adiante. No extremo, as nossas principais necessidades encontram resposta no mundo online!

 

Mas nós, enquanto seres humanos, precisamos de interagir com o mundo real. Até porque ganhamos “ferrugem” se não nos relacionamos frequentemente com o mundo ao vivo e a cores! É que precisamos de usar todos os nossos sentidos regularmente. Precisamos de estar em contacto directo com outros seres humanos. Precisamos de viajar e de conhecer novos sítios e costumes. Precisamos de comprar um bom livro, de assistir a uma boa peça de teatro, concerto ou filme. Precisamos de ir a um mercado e comprar vegetais frescos. Precisamos de rir e chorar com a vida que nos toca de manhã à noite. Precisamos de sentir o sol que nos aquece a alma ou a chuva que nos rejuvenesce o corpo. Precisamos de saborear aquele café tão especial, aquele vinho tão íntimo ou aquele sumo com tanta vitalidade. E podia continuar sem fim, relembre tudo aquilo que a sua vida lhe pode dar enquanto contacta com mil e uma sensações.

 

Concluindo, a vida virtual dá-nos muita coisa boa. Mas apenas complementa a nossa existência. Precisamos de estar em contacto com as nossas raízes e com aquilo que o ser humano mais precisa na sua essência: ser feliz, momento a momento.

publicado às 09:51

Vou ao psicólogo. (Para dar ao seu filho).

por oficinadepsicologia, em 24.06.11

Autora: Inês Afonso Marques

Psicóloga Clínica

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E agora? O que é isso?

Se tiveres uma constipação, ou partires um braço, vais a um médico para que te ajude e para que te sintas melhor. Não é verdade? Bem, às vezes as crianças e os adultos têm problemas que não dão para ver, como um osso partido ou um nariz vermelho a pingar.

Quando as pessoas sentem dificuldades com as suas emoções, os seus sentimentos, ou sobre a forma como reagem, por vezes, procuram um Psicólogo. Os Psicólogos são pessoas que na Universidade tiveram um treino especial sobre a forma como as pessoas pensam e sentem e sobre como ajudar as pessoas a sentirem-se melhor.

Os Psicólogos das crianças sabem muitas coisas sobre as crianças, como é que as crianças pensam, como é que as crianças crescem, e como as crianças vêem o mundo. São especialistas em ajudar crianças a resolver os seus problemas e a lidar com situações difíceis. Fazem o seu trabalho, principalmente, falando com as crianças e ajudando-as a perceber o que está a causar os problemas na escola ou em casa, para que se sintam melhor.

 

Porque é que as crianças precisam deste tipo de ajuda?

publicado às 11:05

Ciberbullying

por oficinadepsicologia, em 21.06.11

Autora: Inês Afonso Marques

Psicóloga Clínica

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Inês Afonso Marques

O Bullying não é um mero comportamento agressivo dirigido ao outro. Ele é intencional, repete-se ao longo do tempo, existindo uma relação unidireccional, com o poder centrado no agressor. Não sendo um problema novo, o bullying continua difícil de controlar, em parte devido às novas formas, que as tecnologias oferecem, das crianças se desafiarem. De facto, o cyberbullying pode alargar o alcance e poder dos piores bullies, sujeitando a vítima a provocações que podem surgir de contextos mais alargados, que a sua escola ou vizinhança. O cyberbullying leva a que o problema possa ser constante. Longe vão os tempos em que as crianças temiam os encontros com os rufias no autocarro, ou mesmo no pátio da escola. Através de sms, e-mails e redes sociais, os bullies podem atormentar as suas vítimas 24 horas por dia e estas podem sentir que não têm forma de escapar a esta rede constante de mau-trato e abuso.

 

Algumas crianças e jovens sentem-se relutantes em relatar que estão a ser vítimas, mesmo aos pais. Por esse motivo, é difícil ter uma real noção dimensão deste problema. Ansiedade, depressão e outras perturbações associadas ao stress decorrem deste sofrimento profundo e silencioso, em que crianças e jovens mergulham.

 

 

 

publicado às 19:59

Insatisfação e solidão

por oficinadepsicologia, em 21.06.11

E-mail recebido

 

"Olá. Boa tarde.

Tive a oportunidade de vos encontrar via facebook e desde então tenho sido assídua da vossa página e blog. Parabéns pelas belíssimas dicas, conselhos e ajuda; Parabéns pelo vosso trabalho.

Venho por este meio, como meio de desabafo e ao mesmo tempo colocar algumas questões que me tem perseguido nos últimos tempos.

Eu chamo-me M e tenho 25 anos. O motivo que me levou a contactar-vos prende-se com o facto de me sentir constantemente insatisfeita e infeliz. Ultimamente tenho tendência para me isolar, não me apetece estar com ninguém, não me apetece falar muito.. apenas ficar no silêncio, escutar o vazio à minha volta. Contudo, sinto-me demasiado sozinha, apesar de ser eu a afastar as pessoas. De algum modo, não me compreendo. O ser humano é realmente um constante insatisfeito. No mês passado andei com a tensão altíssima para a minha idade e com dores muito fortes no peito. Fiz exames e analises e não tenho nada. Tudo indica que o motivo é sistema nervoso.

Quando penso sobre o assunto, e tento realizar uma análise interna, fico envolvida no sentimento de que apenas desejo ser feliz, e não o consigo ser. Não sou feliz na grande maioria das coisas da minha vida e sinto-me tão triste por dizer isto, como se estivesse a maltratar a grande oportunidade - que é estar vivo.

Resumidamente, eu sei que tenho de mudar para ser feliz. Eu sinto isso todos os dias, como uma voz que dentro de mim grita "tens de mudar".

Mas pergunto-me mas como? E pergunto-vos mas como? Que caminho devo prosseguir para atingir o meu bem-estar emocional e físico?

Obrigada pela atenção e disponibilidade.

Peço que assegurem a minha confidencialidade.

Aguardo uma resposta se possível.

Com os melhores cumprimentos."

 

 


publicado às 15:31

Discriminação e bullying LGBT

por oficinadepsicologia, em 20.06.11

Autora: Fabiana Andrade

Psicóloga Clínica

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Fabiana Andrade

João ontem chegou à nossa sessão com os ombros descaídos, um olhar vazio, e uma tristeza que se fazia sentir em toda a sala. Trabalho com ele há um ano, e tem sido uma dura viagem no sentido de encontrarmos alguma paz e aceitação de si mesmo enquanto homem e homossexual.

Na primeira sessão disse-me algo que nunca esqueci: “sinto-me como uma bactéria, como um germe que pode contaminar as pessoas à minha volta. Sinto-me assim e acho que é assim que os outros olham para mim”. Esta ideia fez-me reflectir sobre como será ser homossexual numa sociedade regida pela heterossexualidade. A partir daqui, passei a estar mais atenta a todas as mensagens óbvias e subtis que nos são transmitidas diariamente apelando à valorização desta mesma heterossexualidade. São muitas!

 

Vários estudos científicos mostram que a juventude lésbica, gay, bissexual e transgénera tem taxas elevadas de risco de depressão, baixa auto estima, abuso de substâncias, auto-mutilação e tentativas de suicídio. Em grande parte, isso deve-se à discriminação e ao preconceito com que estas pessoas são confrontadas no seu dia-a-dia. Além disso, também existem dados que comprovam que de todas as minorias sociais, os LGBT são as maiores vítimas do preconceito, mais do que qualquer outro grupo minoritário. A discriminação é social, profissional, religiosa e jurídica, atingindo todas as dimensões da vida do indivíduo.

 

 

publicado às 12:22

Proteja-se: diga "NÃO"

por oficinadepsicologia, em 19.06.11

Autor: Luís Gonçalves

Psicólogo Clínico

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“E é do NÃO ao que te limita e degrada que tu hás-de construir o SIM da tua dignidade.”

Vergílio Ferreira

Luís Gonçalves

Dizer não parece tão fácil mas é terrivelmente difícil, principalmente quando falamos de pessoas próximas. O que me diz disto? Gostava então que pensasse nas suas relações mais significativas e fizesse um apanhado das situações em que sentiu que as pessoas estavam a abusar de si e, no entanto, aceitou mais uma solicitação ou crítica. E logo a seguir sentiu, eventualmente, uma grande culpa por, mais uma vez, ter dito que sim. E como nunca lhes diz não, acabam por fazer sempre o mesmo. É que se dissermos sempre que sim aos pedidos dos outros, eles deixam de reparar em nós e passamos a fazer parte da mobília! Dizer um não sustentado e assertivo relembra-os de que estamos ali também e que temos vontades e opiniões próprias. São incontáveis os exemplos em que aprender a dizer não levou à melhoria clara do bem-estar do cliente, através de várias técnicas que usamos em psicoterapia.

 

É que cada vez que diz “sim” sem lhe apetecer está a dizer “não” a si mesmo! Como resultado, a sua auto-estima vem por aí abaixo e as suas necessidades ficam sem resposta. A boa notícia é que vai bem a tempo de inverter a tendência!

 

 

 

publicado às 19:07

Autora: Susanne Diffley

Hipnoterapeuta Clínica

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Susanne Diffley

 

O conceito de felicidade surge inúmeras vezes em terapia. Grande parte dos meus clientes/pacientes, quando lhes pergunto os objetivos que gostariam de alcançar em terapia, dizem-me que o que mais queriam era “serem felizes”.

 

 

Mas o que é na realidade a felicidade? E será que para nos sentirmos felizes temos mesmo de obter o que ambicionamos e queremos na vida?

Segundo o investigador e psicólogo da Harvard, Dan Gilbert, a felicidade pode ser “manufaturada” no nosso cérebro - felicidade sintética – e ser tão verdadeira e real como a felicidade natural - aquela que estamos habituados a sentir quando vivenciamos momentos de felicidade. O investigador argumenta que temos dentro de nós um sistema que nos permite ser igualmente felizes em situações adversas, e que está diretamente relacionado com outro sistema inconsciente – O Sistema Imunitário Psicológico. Este parece ter como função principal proteger e defender a nossa saúde mental, ajudando-nos a lidar com situações negativas da vida, protegendo-nos da depressão, e outras perturbações do foro psicológico e psiquiátrico. O sistema imunitário psicológico altera, de um modo inconsciente, o modo como percecionamos e processamos informação, reduzindo o grau de emoções perturbadoras, distorcendo a nossa perceção para a tornar mais apelativa relativamente ao contexto da situação em causa. Do mesmo modo, permite que o conteúdo de determinados acontecimentos nunca atinja a nossa consciência, protegendo-nos e acelerando o processo de recuperação.

 

 

 

publicado às 09:53

A importância de saber gerir o seu tempo

por oficinadepsicologia, em 16.06.11

Autora: Irina António

Psicóloga Clínica

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Irina António

Um dia ao abrir os olhos de manhã percebemos que a nossa alma está a entrar em colapso só de pensar no trabalho. Os encontros planeados parecem aborrecidos, conversas com colegas – vazias, a imagem da papelada e dos emails que precisam de ser despachados leva a subir o nível de ansiedade e a única coisa que nos apetece fazer é gritar ou chorar, ou talvez as duas coisas ao mesmo tempo. E nada promete mudar nos próximos tempos, amanhã iremos ser apanhados pelo mesmo. E isto tudo depois de ter feito tanto trabalho para conseguir chegar a esta meta, ter um sonho realizado e fazer o que mais gostamos? Parece paradoxal, mas este paradoxo tem um nome: Burnout, síndrome de esgotamento profissional.

 

Está sem forças? E já pensou como foi o seu percurso até aqui? Será que ficar estafado é um resultado da atitude de pouco cuidado consigo próprio que tem praticado nos últimos tempos? Abra a sua agenda e veja bem o que tem lá escrito. Trabalho, trabalho e nem uma única linha vazia para algo mais? Conheça a lei de Parkinson “o trabalho expande-se até preencher o tempo disponível para a sua realização”? Pois é, se na sua agenda não constar nada do género “ginásio”, “café com amigo”, “um passeio”, é pouco provável que irá desfrutar destas actividades nos próximos tempos. E pode até pensar que não tem forças nem para ver uma série favorita deitado no sofá, e muito menos ir ao ginásio, o facto é este: o ginásio nem constava na sua agenda.

 

 

 

publicado às 10:00

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