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Autora: Lúcia Bragança Paulino

 

 

Psicóloga Clínica

 

 

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Lúcia Bragança Paulino

 

Antes de um bebé aprender a falar, ele ou ela baseiam-se essencialmente em sinais não-verbais e expressões faciais para comunicar.

 

Os bebés também espelham esses sinais/pistas, e ao fazê-lo descobrem as emoções que estão associadas a estas pistas.

 

Num estudo recente publicado no Journal of Basic and Applied Social Psychology, Investigadores da Universidade de Wisconsin avaliaram 100 crianças e descobriram que rapazes de 6 e 7 anos que usaram intensamente a chucha eram piores a imitar emoções emitidas por rostos num vídeo.

 

Também foram entrevistados 600 estudantes universitários e descobriu-se que os jovens masculinos em idade universitária cujos pais relataram que tinham utilizado chupetas, obtiveram as menores pontuações em testes medindo a empatia bem como na capacidade de avaliar o humor dos outros.

 

Para as raparigas e jovens mulheres, os pesquisadores descobriram que não existiam diferenças significativas na maturidade emocional no uso da chupeta.

 

No entanto outros estudos expressam que as mulheres tendem a ser mais precisas tanto a expressar como a ler pistas emocionais. Não se sabe exatamente como este processo ocorre mas uma das razões pode ser que os pais no geral incentivam mais as raparigas a ler as emoções.

 

Uma vez que dos rapazes não se espera uma resposta tão emocional como a das raparigas, os pais poderão não compensar o uso da chupeta ajudando-os a promover o desenvolvimento emocional de outras formas.

 

E o seu filho, usa chucha?

 

http://www.tandfonline.com/doi/pdf/10.1080/01973533.2012.712019

 

 

publicado às 10:17

Tecnologia de tratamento virtual

por oficinadepsicologia, em 16.05.13

Autora: Fabiana Andrade

 

Psicóloga Clínica

 

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Fabiana Andrade

Em Montreal, especialistas do hospital Sainte-Justine associam medicina, psiquiatria e artes digitais para oferecer a crianças doentes terapias que possam acelerar a sua recuperação ou reduzir a sua angústia.

 

Através da criação de ambientes virtuais, é possível oferecer estímulos que serão úteis em situações reais. Por exemplo,  no caso de uma criança que sofreu queimaduras, colocá-la num ambiente virtual em que está dentro de um bloco de gelo virtual, poderá fazê-la sentir-se melhor. Ou ainda, acalmar a anisedade de uma criança recriando nas paredes do quarto de hospital, as imagens do seu quarto real.

 

Ao lado de um domo de aço de 18 metros de diâmetro, o "primeiro teatro por imersão do mundo", que permite projeções de 360 graus em torno do paciente-espectador, os médicos do Sainte-Justine instalaram um quarto de hospital.

 

É um "living lab", um dispositivo de pesquisa que explora as tecnologias existentes em função das necessidades expressas pelos pequenos usuários, explica Patrick Dubé, coordenador desta empresa comum.

 

Um dos instrumentos-brinquedos, propostos a crianças e jovens de 6 a 18 anos, é uma simples câmara de vídeo adaptada a um computador com duas telas, uma para a imagem em tempo real, e a outra para visualizar as gravações. Ela permite às crianças familiarizarem-se com instrumentos médicos, como a seringa.

 

Outra aplicação terapêutica para a qual os pesquisadores prevêem uma bela carreira: os avatares, personagens de desenho animado que se comunicam com as crianças através de uma tela, manipulados por um terapeuta posicionado numa outra peça. Algumas crianças, traumatizadas por uma doença ou por um acidente, muito ansiosas, têm dificuldades em comunicar-se com uma pessoa real. Um avatar é, para elas, um intermediário aceitável com quem podem retomar as relações sociais.

 

Este tipo de tecnologia é com frequência familiar às crianças e podem ser extremamente úteis para ajudá-las a socializar e superar os seus medos. "Essa disciplina tem um potencial enorme, mas estamos, ainda, numa fase de exploração", explica a Dra. Patricia Garel, do Departamento de Psiquiatria do hospital Sainte-Justine.

 

A invasão em massa nas nossas vidas de instrumentos de comunicação ou de jogos munidos de telas, pode ter um impacto muito nocivo na socialização das crianças mais frágeis que se fecham em si mesmas, diz Garel. Mas os mesmos instrumentos, bem utilizados, podem, ao contrário, favorecer sua inserção na sociedade.

publicado às 10:27

Como se fosse magia…

por oficinadepsicologia, em 04.05.13

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“Não consigo conduzir! Não suporto a ideia de ter de pegar no carro… É assustador ver os carros a virem na minha direcção. É como se viessem contra mim!!!

Ser passageiro também é para mim difícil… Aliás, é extremamente difícil… Dou por mim a evitar determinadas actividades apenas para evitar deslocar-me em meios de transporte.

Não percebo o que se passa comigo… Nunca fui assim! Sempre gostei de conduzir até ter aquele AVC…”

 

Este é o pedido que a Maria (nome fictício) fez à Psicoterapia: perder o medo da condução e voltar a conduzir.

Maria tinha um percurso de vida perfeitamente normal, até ao dia em que sofreu um AVC. A partir desse dia, algumas coisas mudaram na sua vida e a limitação que mais a perturbou foi o não conseguir conduzir.

 

Tínhamos como missão “devolver a liberdade” à Maria, dessensibilizando o seu medo à condução.

Iniciámos então a nossa “viagem” no consultório, onde criámos a relação que mais tarde nos permitiu utilizar como técnica terapêutica o EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing - Dessensibilização e Reprocessamento através do Movimento Ocular) que se configura como uma terapia breve e focal, muito adequada ao pedido que a Maria nos fez.

 

Mas o que é isto do EMDR?

O EMDR é um método de dessensibilização e reprocessamento de experiências emocionalmente traumáticas por meio de estimulação bilateral do cérebro, a qual promove a comunicação entre os dois hemisférios cerebrais.

 

O processamento natural da informação é reposto e assim após uma sessão com EMDR, a percepção psico-sensorial já não se manifesta como antes quando o acontecimento traumático é trazido à mente. As memórias ainda são recordadas mas o efeito perturbador desaparece.

 

O EMDR recria o que acontece naturalmente durante o sonho ou o sono na fase REM (Rapid Eye Movement) e pode ser encarado como uma terapia de base fisiológica, que ajuda a pessoa a encarar e viver os traumas de uma forma nova e sem os efeitos perturbadores.

 

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publicado às 09:47

Quando a timidez é demais

por oficinadepsicologia, em 01.05.13

Autora: Vera Lisa Barroso

 

Psicóloga Clínica

 

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Vera Lisa Barroso

A timidez só por si não representa um  problema grave, uma vez que quase todos nós podemos ter algum traço inibitório (rubor, vergonha, insegurança) em determinadas circunstâncias, sobretudo as de exposição social.

 

Mas há um grau realmente perturbador nestas manifestações... quando existe um sofrimento tão acentuado que provoca limitações, chegando à chamada fobia social - esta sim tem características patológicas e é conveniente procurar a ajuda de um profissional. Aquilo que acontece muitas vezes é que os tímidos procuram ajuda só em limite extremo, quando estão já em sofrimento muito elevado. Por isso, enquanto pai, aprenda a distinguir os sinais.

 


Sinais de alerta: pessoas tímidas são retráidas, têm medo de se êxpor em situações sociais, apresentam comportamento inibido, são muito sensíveis a críticas, acham que serão alvo de avaliação negativa e não é raro que abusem de bebidas e outras drogas, geralmente com o objectivo de ganhar coragem para as situações temidas! Assim, quando antes dos 5 anos a criança já mostra sinais muito fortes de que é tímida, os pais devem ficar atentos.

 


A timidez excessiva tem consequências: fisicas (boca seca, taquicardia, rubor nas faces, dor de cabeça, dor de barriga e suor excessivo); comportamentais (a pessoa fala pouco, tem gestos pouco expressivos, desvia o olhar facilmente, apresenta hesitação em falar e pode muitas vezes acompanhar o discurso com movimentos corporais involuntários); psicológicas (pensamentos recorrentes de que estão a ser avaliados, de que ninguém tem interesse por aquilo que dizem, de que todos os outros fariam melhor que ele) e emocional (sentimentos de insegurança, vergonha, medo, comparação e inferioridade - a timidez pode estar muito relacionada com a baixa auto-estima).

 


Em termos sociais, isto não significa que a criança tímida seja pouco sociável. Muitas delas têm grande vontade de estar com outras crianças, mas evitam porque têm receio de errar e estragar as suas amizades.

 


Existem muitas situações que podem contribuir para as crianças se tornarem mais tímidas: mudanças frequentes de escola, separação dos pais, pais rígidos ou perfeccionistas e um ambiente familiar que não favoreça o contacto social.

 


A fobia social tem variações: pode ocorrer em situações específicas ou em situações generalizadas. Para entender melhor a fobia social é importante associa-la à timidez e compreender que se trata de um problema de ansiedade e a ansiedade pode tornar-se patológica quando começa a afectar o funcionamento do nosso corpo. Não espere demais...

publicado às 10:03


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