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Este consultório da Oficina de Psicologia tem por objectivo apoiá-lo(a) nas suas questões sobre saúde mental, da forma mais directa possível. Coloque-nos as suas dúvidas e questões sobre aquilo que se passa consigo.
Autora: Inês Afonso Marques
Psicóloga Clínica
Não entre em guerras na hora de deitar os seus filhos. E não me refiro a guerras de almofadas. Refiro-me àqueles dias em que as crianças usam todo o poder da sua imaginação para fazer malabarismos com vista a adiar, adiar, adiar e adiar a hora de deitar. Só mais 5 minutos. Tenho saudades tuas. Tenho fome. Tenho sede. Preciso de ir à casa de banho. Tenho frio. Tenho calor. Tenho mais sede…
Shhhh… Hora da caminha.
- Dedique algum tempo a conversar com a criança. Especialmente quando têm pouco tempo para conviver com os pais antes de irem dormir, as crianças apreciam uma pequena conversa antes de se deitarem. Dediquem alguns minutos a conversar sobre como correu o dia e como antecipam o dia seguinte.
- Estabeleça rotinas. As rotinas são sinónimo de previsibilidade. A previsibilidade é sinónimo de segurança. Se o seu filho for pequeno pode fazer um quadro com imagens dos principais momentos da rotina do deitar, por exemplo, vestir o pijama, lavar os dentes, canção, história, beijo de boa noite, apagar a luz. Esse quadro pode mesmo ser composto por fotografias da criança a realizar a sua rotina. Trata-se de uma pequena agenda visual.
- Negoceie oferecendo escolhas. Não ceda a pedidos que farão adiar a hora de dormir. Em alternativa, dê à criança a possibilidade de participar na rotina, fazendo escolhas. Hoje qual das histórias queres ouvir? A lebre e a tartaruga ou a cigarra e a formiga?
- Mantenha-se calmo e firme. É notório que algumas crianças possuem um enorme poder de persuasão, tentando negociar conquistas até á exaustão dos pais. Se se sentir irritado, não se deixe envolver pela frustração. Fale calmamente e de forma assertiva, mantendo “as regras” definidas.
Adormeceu… Dorme que nem um anjinho.