Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Este consultório da Oficina de Psicologia tem por objectivo apoiá-lo(a) nas suas questões sobre saúde mental, da forma mais directa possível. Coloque-nos as suas dúvidas e questões sobre aquilo que se passa consigo.
Autor: Pedro Garrido
Psicólogo Clínico
Quando crescemos somos constantemente motivados a procurar e pensar num percurso de vida. Elaboramos planos e sonhos, que passam a ser para nós motores que nos puxam em direcção a um futuro que nos parece sorrir. O que fazer quando as circunstâncias de vida nos fazem parar e repensar um futuro alternativo. A Esquizofrenia é uma doença que afecta 1% da população mundial (OMS), e que surge normalmente entre os 18 e os 25 anos. Foi também verificado que quando mais precoce é o seu surgimento, mais grave são as suas consequências. Sendo que surge numa idade ainda de maturação da pessoa e de implementação de um projecto de vida, torna-se complicado sem apoio especializado, aprender a viver nesta nova condição. Assim sendo o que fazer quando uma família se depara com esta problemática? Com a mudança da lei da saúde mental, permitiu estabelecer locais onde pessoas com um grau de incapacidade devido a esta doença pode começar a projectar um possível futuro. Podemos encontrar fóruns sócio-ocupacionais, que são espaços de horário laboral, nos quais os utentes podem adquirir competências que ainda não tinham conseguido ou perderam com o decorrer da doença. Existem também residências, onde vivem, com apoio especializado, que variam mediante o grau de incapacidade e empresas que foram criadas com o objectivo de integrar profissionalmente pessoas portadoras de doença mental.
Assim sendo o primeiro passo é contactar uma das várias IPSS (ex: ARIA, GIRA, AEIPS, etc) que trabalham com esta doença e solicitar a integração nos seus espaços ocupacionais. Depois da avaliação das competências a adquirir é elaborado um Programa Integrado de Reabilitação, no qual consta os diferentes objectivos (hábitos de higiene, competências pessoais e profissionais, adesão à medicação). O processo de integração profissional é um passo seguinte. No caso de haver necessidade residencial, visto que pessoas com esta doença puderam nunca ser totalmente autónomas, a integração em residências é uma possibilidade, e são várias as instituições que providenciam este serviço, sendo que assim as próprias famílias podem ter uma vida mais autónoma, podendo assim estabelecer relações mais saudáveis com os seus familiares. Estas instituições são comparticipadas pela Segurança social e assim os preços praticados são bastante razoáveis.
Hoje já é possível viver uma vida, mesmo sofrendo de esquizofrenia.