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Dia Mundial da Saúde Mental

por oficinadepsicologia, em 11.10.11

www.oficinadepsicologia.com

 

SAÚDE MENTAL versus DOENÇA MENTAL

 

OS NOSSOS MEDOS

Conhecer-te, Conhecermo-nos, Conheceres-me;

Que pergunta vaga no quotidiano de hoje, teremos tempo para o fazer, quando este corre mais célere que o próprio tempo de pensar e sentir?

Será que nos conhecemos? Será que temos tempo ou capacidade de pensar como seremos na hora, minuto, ou segundo seguinte?

Tentaremos! Tentamos sempre viver de uma forma adaptada, adaptada aquilo que todos consideram normal, encaixar em parâmetros e normas conscientes ou inconscientes de valores múltiplos.

Como será possível prever aquilo que faremos, quando nem ao certo sabemos o que somos!

E cabe-nos a nós pensar, a Saúde Mental o que é?

Uma forma adaptada de viver? Uma ausência de sintomas que nos tornam enfermos e pobres?

Nós defendemo-nos contra a descompensação através de uma adaptação da nossa maneira de pensar e sentir, que vai colorir os nossos comportamentos com os outros e transformar-se em traços de carácter.

Mas será que uma personalidade considerada “normal” pode entrar em qualquer momento da sua existência na patologia mental? Assustador não é? Fronteira ténue que pode existir!

Este artigo pretende conseguir, uma reflexão ou um equacionar convosco, sobre estes conceitos, considerando o indivíduo num suporte de interação entre os fatores bio-psico-sociais em que a qualidade de vida emerge como fundamental.

Nesta perspectiva, muitos foram os autores que se debruçaram sobre a Dialéctica normalidade-patologia, lembrei-me de destacar vários deles citados por Bergeret (1997), nomeadamente Braussais (1772-1838), célebre médico francês que apresenta a doença como “uma irritação” ou uma “debilidade” em relação ao estado “normal”. E acrescento, a questão, como uma irritação ou uma falta de forças relativamente àquilo que é exigido ou o que nos rodeia?

Também Bernard (1865), referido pelo mesmo autor, para quem “qualquer doença é tão-só a expressão perturbada de uma função normal”; e Leriche (1953), afirmando que “não existe fronteira previsível entre fisiológico e patológico, podendo resumir-se a saúde ao estado de silêncio dos órgãos”. Sim, porque estes falam assim como as emoções, emoções essas que por vezes nos dizem coisas que não queremos ouvir, a que não ligamos, porque é mais fácil ouvir a linguagem do corpo, é mais aceite!

O pensar “estou mentalmente doente “, “estou maluco”, “isto passa”, “o que os outros vão dizer?”, quando só a nós nos cabe o direito de pensarmos sobre nós próprios e a nossa qualidade de vida, porque todos nós podemos adoecer e isso não nos tornará mais fracos, porque fracos serão aqueles que não são capazes de reconhecer a própria doença e aceitá-la como sendo normal, tal como é normal ter uma simples dor de barriga.

Os modelos que vemos como tradicionais, de pensar na saúde e doença têm vindo a mostrar-se inadequados, uma vez que a actual meta dos cuidados de saúde é, para a maioria das pessoas manter o seu funcionamento e bem-estar. Não só a cura e sobrevivência são importantes, mas é-o ainda mais a Qualidade de Vida.

 

 “ ...dar mais anos à vida e mais vida aos anos....”

 

                                                                                  (Amorim & Coelho, 1999)

 

 

Conceitos como o de Qualidade de Vida ou Bem-estar Psicológico e Social Geral devem fazer parte dos objectivos de cada um.

E ainda que estes conceitos de saúde mental e de doença mental sejam pontos de referência a destacar para a nossa reflexão, é mais importante sabermos identificar forças e fraquezas no nosso funcionamento psicológico e decidirmos se estamos doentes ou não.

De acordo com Zusman (1975, citado por Cunha et al. 1993), existem três maneiras de considerarmos a saúde mental:  (1)“ como função da personalidade relativamente constante, estável ou previsível”; (2) “ como uma função momentânea da personalidade e da situação”, o que vale dizer que “varia conforme as circunstâncias externas e internas e é uma característica das acções e dos sentimentos actuais”; e (3) “ como uma característica do grupo ou característica cultural”, isto é, seria o grupo que determinaria um padrão ideal, em relação ao qual é avaliado o comportamento individual.

Estes três pontos de vista, segundo o autor, “são por vezes independentes uns dos outros e provavelmente não estão relacionados".

Zusman (1975), cita ainda outras categorias úteis de conceitos sobre saúde mental, a primeira teria que ver com “a atitude do indivíduo em relação a si mesmo”; a segunda levaria em conta “o crescimento, o desenvolvimento ou a auto-realização do indivíduo”, enquanto a terceira, “integração”, envolveria alguma síntese da primeira e da segunda. Em quarto lugar é citada a “autonomia”, significando a independência do indivíduo de influências sociais, e a quinta e a sexta, considerariam, respectivamente, a percepção da realidade e o domínio sobre o ambiente.

Estas considerações ajudam a salientar que a noção de nível de funcionamento tem conotações essencialmente dinâmicas e, tal como a expressão é frequentemente utilizada do ponto de vista clínico, faz referência ao funcionamento do indivíduo, num dado momento ou durante um certo período, sempre dentro dos limites do continuum (Cunha et al. 1993).

Por isto e muito mais devemos estar atentos a tudo aquilo que nos influência e vamos encarar sem medos o adoecer porque ele é possível. Reconheçamos os próprios sinais deste sentir dinâmico, de umas vezes bem e de uma vezes mal, e aprenderemos a pedir ajuda quando assim se torne necessário porque aqui estará a nossa força.

Não descoremos a dor mental em prol de uma dor de barriga!

 

“ Tenha coragem para mudar o que pode e deve ser mudado. Tolerância para aceitar o que não pode ser mudado e Sabedoria para diferenciar uma coisa da outra “.

(Anonymous,  Amorim & Coelho, 1999)

Maria de Fátima Ferro

Psicóloga Educacional/Psicóloga Clínica

 

 

 

Neste Dia Mundial da Saúde Mental propomos um exercício. O seu filho e a saúde mental.

 

No último mês tem sido recorrente a expressão de tristeza? Está frequentemente com medo? Nota-o excessivamente irritado, agitado, agressivo? Vê-o frequentemente a chorar? Tem dificuldades em controlar o seu comportamento na escola? Sente que o seu filho não está bem?

Sabemos que se preocupa. Sabemos que é angustiante para um pai, para uma mãe observar tristeza no olhar do filho e não saber porquê, senti-lo agressivo e não o conseguir apaziguar, dar conta que durante a noite deixa soltar um soluço que não conseguiu abafar com a almofada...

A mãe, o pai, o tio, a tia, o professor, os adultos de referência têm um papel fundamental na saúde mental das crianças e dos jovens que educam. Cada um e todos terão todos os dias, todos os minutos a possibilidade de contribuir para essa saúde mental.

Mas como?

É importante não deixar fugir cada oportunidade para um ensinamento. Transmitir-lhes segurança, confiança nos seus actos, nos riscos que querem tomar, reflectir em cada acção as consequências da mesma, os prós e contras de mergulhar de uma rocha, de não arrumar os brinquedos quando lhes pedimos, de dormir quando aconselhamos a que façam, na organização dos estudos, nos projectos de vida.

Estar com a criança ou com o jovem em cada experiência, criar um porto seguro onde se esclarecem dúvidas e onde sabem que poderão voltar se algo correr mal.

É essencial que não se deixem dúvidas para esclarecer e em simultâneo que se dê espaço para experimentar, para ver como é, para conhecer por si próprio.

É determinante a tranquilidade de quem é mais velho, mais experiente na vida para construir estratégias com os mais novos, para passar ensinamentos, para depositar confiança.

A saúde mental constrói-se em pequenos gestos, com uma conversa de jantar, com um ambiente seguro e apaziguador em casa e na escola, com um aconchegar na cama, um tempo de qualidade de brincadeira de 10 minutos em cada dia. A saúde mental de cada criança e jovem constrói-se na resposta às suas ansiedades e no desenvolvimento da tolerância à frustração, no ensinar e aprender a saber esperar, a ouvir um não, a ter regras. Constrói-se em cada momento em que estamos em relação com os nossos filhos.  Por isso, cada momento deve ser avaliado cuidadosamente, cuidado e aproveitado.

Sabemos que a construção precoce deste equilíbrio emocional e cognitivo, entre o sentir e o pensar contribuirá para menores riscos na saúde mental do futuro adulto, o qual será mais hábil e mais competente nas batalhas que terá de enfrentar na fase adulta.

É frequente que as circunstâncias da vida, inúmeras, complexas e frequentemente difíceis de contornar, contribuam para alguns embates e “abanões” na saúde  mental mesmo em idades muito precoces, que a pode enfraquecer. É urgente que nesses embates haja intervenção, haja reparação. É nesse sentido que surgem os serviços de saúde mental, os profissionais de saúde mental que poderão contribuir para essas reparações, num trabalho de equipa com todos os agentes educativos da criança ou jovem em questão. Sim, é possível reparar a saúde mental, repô-la, reconstrui-la, torná-la mais forte.

Mais uma vez, pais e educadores são peças essenciais nessa “reparação”. Conhecedores da criança ou do jovem, avaliadores sensíveis à necessidade de uma intervenção mais clínica que contribua para a saúde mental. Depois também agentes essenciais na intervenção que se faz, como parte da equipa que ajuda a criança ou o jovem a prolongar em tempo e espaço reais o que trabalhou no consultório com o psicólogo. Estes serviços existem porque cada vez mais a vida tem exigências maiores e mais difíceis, porque cada vez mais a saúde mental sofre embates mais precoces que merecem uma atenção mais especializada, porque os educadores, sejam eles pais ou não, se sentem sozinhos, não têm manual de instruções, precisam de um suporte para a tarefa difícil de “educar” a saúde mental nas crianças e jovens.

É essencial uma visão sempre atenta da agressividade, tristeza, ansiedade, frustração, raiva, sofrimento de quem educamos todos os dias para que todos os dias sejam feitas as construções e reparações necessárias, numa perspectiva de prevenção, para adultos do ponto de vista da saúde mental mais sãos, mais competentes e mais confiantes.

Sempre que necessário confiar em quem nos pode ajudar, recorrer a quem poderá compreender o que nos está a angustiar sem julgar, numa perspectiva de que isso também é cuidar da saúde mental do seu filho.

Hoje, Dia Mundial da Saúde Mental, pense nisto.

Rita Alves

 

 

 

 

Dia Mundial da Saúde Mental – Quando o que dói não se vê

 

“Se alguém tem o braço partido, sente compaixão e preocupação com aquela pessoa. Mas quando o problema é psiquiátrico, as pessoas não sabem como reagir porque não conseguem ver nada. Mas porque não se consegue ver a dor de uma pessoa, não significa que essa pessoa não precisa de apoio e cuidados.

 

A Saúde Mental é uma componente essencial da saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) “a saúde é um estado de bem-estar completo a nível físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”. Por outras palavras, a saúde mental é um estado de bem-estar em que o sujeito tem consciência das suas capacidades, consegue lidar com os eventos stressores da vida, consegue trabalhar produtivamente e está apto a contribuir no seio da sua comunidade. Neste sentido positivo, a saúde mental é o pilar base para o bem-estar individual e o funcionamento efectivo de uma comunidade.

 

Factos principais

-  Mais de 450 milhões de pessoas sofrem de doenças mentais. Muitos mais têm problemas mentais;

-  A depressão é a causa principal de incapacidade em todo o mundo;

-  33% dos países não têm orçamento destinado à promoção/intervenção na saúde mental;

-  Nos países que orçamentam intervenção na saúde mental, 80% desse orçamento é gasto em hospitais psiquiátricos que servem apenas 7% dos sujeitos com doença mental;

-  1 em cada 4 pessoas serão afectadas por um transtorno mental em algum ponto das suas vidas;

-  A cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio;

-  4 em cada 5 pessoas com transtornos mentais em países desenvolvidos não recebe tratamento;

-  Quase 50% das perturbações mentais tem início antes dos 14 anos;

-  2.5 milhões de mortes por ano devem-se ao uso nocivo de álcool;

 

O fardo das doenças mentais dá origem a inúmeras consequências sociais e económicas a nível individual, familiar e comunitário. Por isso, neste dia Mundial da Saúde Mental incentive todos à sua volta a educar-se e a aumentar a consciencialização sobre a saúde mental e as questões dos direitos humanos. Promova no seu dia-a-dia atitudes positivas, não discriminatórias e igualitárias a nível de oportunidades para pessoas com doença mental. Voluntarie-se em associações para ajudar. Todos nós, em pequena ou grande escala, directa ou indirectamente, podemos contribuir para a promoção da saúde mental e para o aumento de qualidade de vida daqueles que padecem de transtornos mentais.

 

Links úteis:

www.who.int/mental_health/en/

http://ec.europa.eu/health-eu/health_problems/mental_health/index_pt.htm

Filipa Jardim da Silva

 

 

 

"Incomodo, ansiedade, tensão, estresse, preocupação.. todas as formas de medo... são causadas pelo excesso de futuro e insuficiência de presença. Culpa, arrependimento, ressentimento, rancor, tristeza, amargura, e todas as formas de não-perdão são causadas pelo excesso de passado e insuficiência de presença." Eckhart Tolle

No Dia Mundial da Saúde Mental permaneça no presente, com total aceitação de si mesmo, das suas experiências e do mundo à sua volta. Contribua assim para o seu estado de saúde, que é na verdade um estado de amor.

Fabiana Andrade

 

 

 

 

 

 

Dia Mundial da Saúde Mental

 

Existem coisas que não se vêem… perdão, coisas que não queremos ver ou que fazemos de conta que não estão lá… afinal… é incómodo… sim, é incómodo. Enfim, digamos que é muito mais fácil compreendermos a dor de uma perna partida, alguma dificuldade de funcionamento trazida por uma gripe ou mesmo doenças graves que afectam o nosso organismo. E o resto? Sim, o resto. Refiro-me a doenças do foro psicológico ou psiquiátrico, como lhe queiram chamar… a dor na alma, aquela que não vemos porque não impõe que se ande com o bracinho ao peito. Como é que estas dores ficam? Em que patamar é que elas entram? Ah! Já sei. São os “maluquinhos”. Aqueles que não querem fazer nada ou que têm falta do que fazer, falta de algo que lhes ocupe a mente e, logo, dá-lhes para esse aquele tipo de disparates…

Pois é… É uma pena que em pleno século XXI ainda tenhamos que falar desta forma. Sim temos e devemos falar desta forma, porque infelizmente ainda é assim que as doenças mentais são vistas por muitos, mesmo aqueles que se consideram “mais avançados”. É suposto que alguém tenha de sentir vergonha por estar doente? Será que procurar um psicólogo ou um psiquiatra tem de ser visto como um sinal de loucura ou de fraqueza? Deixe-me que faça a pergunta de outra forma: se dizer a alguém que vai fazer uns exames de rotina, só para saber se está tudo bem com a sua saúde física, acha que vão pensar que está maluco? Não, não me parece… Então e se dizer que vai procurar um psicólogo, numa de perceber melhor algumas coisas que tem sentido e/ou pensado ultimamente? Pois… Acho que percebeu onde quero chegar.

Um longo caminho tem sido percorrido neste sentido e, felizmente, a saúde mental já ganhou o respeito de muitos. No entanto, ainda está aquém do respeito que merece.

Que este Dia Mundial da Saúde Mental sirva um propósito especial, o propósito de pensarmos, de reflectirmos, sobre as mil e uma formas que vamos mantendo de marginalização, de estigma e estereótipo com algo que pode, ou melhor dizendo, diz respeito a todos. Sim, porque ter saúde mental, implica que também estamos sujeitos à doença.

Pense nisso… E cuide da sua saúde mental.

Ana Crespim


 

 

 


Dia Mundial da Saúde Mental

 

Saúde Mental. O que significa ela para si? Quando devem surgir as preocupações com a Saúde Mental? Há lugar para a promoção? Ou, resta-nos intervir quando alguma coisa não “bate certo”?

Cuidar da Saúde Mental é acarinhar, proteger e fortalecer o bem-estar físico, cognitivo, emocional e social. Desde… O nascimento! Mas, como nascemos seres indefesos e dependentes, contamos com os nossos principais cuidadores para nos ajudar a semear e a regar as nossas sementes da Saúde Mental.

Frequentemente, as acções das crianças falam mais alto que as suas palavras! É por isso importante que nós, enquanto cuidadores, nos sintonizemos com as crianças, procurando compreende-las e respondendo adequadamente a elas. Desta forma, impulsionamos futuros risonhos, saudáveis e felizes.

Desde o nascimento…

Converse com a criança sobre emoções.

Favoreça as interacções cara a cara, privilegie a música da sua voz e do toque, para que a criança se sinta segura.

Promova a auto-estima, favorecendo vivências de sucesso.

Encare as birras, a agressividade, a timidez ou a ansiedade como desafios da parentalidade que com paciência, amor e consistência serão transformados em oportunidades de aprendizagem e em experiências de sucesso.

Ajude a criança a cuidar do seu bem-estar, sendo um modelo para ela.

Inês Afonso Marques

 

 

 

“Mens sana in corpore sano”

Todos nós conhecemos esta famosa e antiga citação latina. A intenção do autor era lembrar os cidadãos romanos que numa oração deveriam pedir saúde física e espiritual. Actualmente o significado que damos a esta frase é que um corpo são proporciona ou sustenta uma mente sã e vice-versa. Usamo-la para expressar o conceito de coerência entre mente e corpo como sendo o equilíbrio saudável no nosso estilo de vida.

Não podemos dissociar mente do corpo. Todos nós já experienciámos sintomas físicos quando estamos mais ansiosos, tristes ou irritados. Como consequência destas emoções podem surgir alterações gastrointestinais, dermatológicas, dores de cabeça ou dores musculares.

O efeito de factores psicológicos e sociais sobre os processos orgânicos do corpo e sobre o bem-estar chama-se psicossomatização. As emoções podem afectar certas funções orgânicas. A depressão por exemplo, pode inibir o sistema imunitário tornando a pessoa mais susceptível a determinadas infecções. A ansiedade activa o sistema nervoso autónomo que por sua vez aumenta a frequência cardíaca, a pressão arterial e a tensão muscular, isto é, o corpo responde fisiologicamente ao stress emocional. O distúrbio emocional que desencadeia os sintomas pode passar despercebido o que faz com que muitas vezes as pessoas realizem inúmeros exames em busca de um diagnóstico médico, sendo que a solução passa pelo tratamento psicológico.

Neste dia, cuide de si - corpo e mente! Relaxe, faça uma massagem, exercício físico, saia com os seus amigos, compre roupas que o façam sentir confortável, tire uns momentos para si, mime-se!

Catarina Castro Lopes

 

 

 

Louco ou são, eis a questão?

Saúde Mental é qualidade de vida cognitiva ou emocional,  como dizem alguns, ou é ausência de doença mental, como dizem outros?

Será a saúde mental, a capacidade do indivíduo para apreciar a vida e encontrar o equilíbrio entre a satisfação das necessidades internas e das necessidades externas ?

Será a capacidade de lidar com problemas, obstáculos, pressão, encontrando as boas respostas, ultrapassando os desafios e assegurando o seu equilibrio emocional em acordo com o socialmente aceite?

Terá o resiliente saúde mental considerando-se que a resiliência é uma combinação de fatores que propiciam ao ser humano condições para enfrentar e superar problemas e adversidades?

Organização Mundial de Saúde afirma que não existe definição "oficial" de saúde mental. Diferenças culturais, julgamentos subjectivos, e teorias relacionadas concorrentes afectam o modo como a "saúde mental" é definida.

Também  Thomas Kuhn com a sua definição de “paradigma”  nos alertava para que os modelos científicos  têm um  “tempo de vida”, mais ou menos longo, e de forma mais ou menos explícita orientam as perguntas que nos levam às respostas em cada período/época.

O que é para si a Saúde Mental?

Será o “ louco” o único capaz de mudar o mundo como nos diz o Steve Jobs?

Cristina Ferreira

 

 


 

 

Sem saúde mental não há saúde. É a saúde mental que abre aos cidadãos as

portas da realização intelectual e emocional, bem como da integração na escola, no

trabalho e na sociedade. É ela que contribui para a prosperidade, solidariedade e

justiça social das nossas sociedades. Em contrapartida, a doença mental impõe

múltiplos custos, perdas e sobrecargas aos cidadãos e aos sistemas sociais”.

(Livro Verde, Comissão das Comunidade Europeias, 2005)

 

O tema proposto pela World Federation for Mental Health (WFMH) para o Dia Mundial da Saúde Mental de 2011, tem como linha de fundo a importância e o investimento global necessário na Unidade, Visibilidade, Direitos e Recuperação dos sujeitos com doença mental.

O objectivo da WFMH a nível mundial, de recordar a imperiosa necessidade de "tornar as questões de saúde mental uma prioridade global", tem como grande premissa, destacar a circunstância da saúde mental ser uma preocupação universal, que "não escolhe as suas vitimas em função das culturas, sexos, idade ou credos".

Nesse sentido, procurando alargar a consciencialização publica sobre a necessidade da aceitação da doença mental, melhorar as politicas de prevenção em saude mental e reduzir o estigma e descriminação que recaem sobre quem tem doenças mentais, o Dia Mundial da Saúde Mental é comemorado em mais de 100 países, com actividades promovidas por instituições governamentais e não governamentais,  profissionais da área da saúde mental e reabilitação, estabelecimentos de ensino, serviços públicos e privados, familiares e doentes. 
Dadas as repercussões que a doença mental tem nas estruturas pessoal, familiar, social, económica e politica, urge e é imprescindivel investir na Saúde Mental, abrindo espaço para a discussão e construção de novas vias para a sua compreensão; Neste contexto, e atendendo que o binómio desta doença/saúde mental, direta ou indiretamente a todos afeta, é imprescindível alargar o envolvimento a toda a comunidade, promovendo iniciativas que tratem aspectos ligados à saúde mental ao longo do ciclo da vida, dirigidas a diferentes grupos e actores sociais (jovens, idosos, agentes educativos, utentes e cuidadores, comunicação social, dirigentes associativos, técnicos de saúde mental, assim como à comunidade em geral), 

A propósito recordemos Teresa Lobato Faria (Psicóloga Clínica do Hospital D. Estefânia)  ao referir que o estigma da intervenção no domínio da saúde mental tem de acabar, já que "a sua detecção e prevenção dentro da escola e da comunidade pode ajudar a diminuir os riscos do aumento ou surgimento de perturbações futuras".

 Não podemos esquecer...que, quanto mais tardio for o diagnóstico, mais dificil será o tratamento, menor a resposta e maior o dispendio.

E nesse sentido..., conte com a Oficina da Psicologia www.oficinadepsicologia.pt

Iolanda Maria

 

 

 

 

A saúde mental continua a ser desvalorizada por muitos e um tabu para outros. Em contexto terapêutico deparamo-nos constantemente com a vergonha de se ser associado a um louco e a constante procura pelo equilíbrio. Mas o que é a saúde mental para si? Será o bem-estar psíquico; a disponibilidade que temos para o exterior, para o que nos rodeia; o estado psicológico que nos permite que o corpo seja produtivo, consoante os objectivos e sonhos de cada um; uma ciência que estuda tudo o que são patologias relacionadas com o psicológico de cada um; a loucura; a procura da sanidade mental? Atrevo-me a usar a frase “O equilíbrio entre nós e o mundo” e você?

 

Música do Pedro Abrunhosa “Quem me leva os meus fantasmas” http://www.youtube.com/watch?v=sqK7Ys155j4&feature=fvwrel

Helena Gomes

 

publicado às 09:30



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