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Este consultório da Oficina de Psicologia tem por objectivo apoiá-lo(a) nas suas questões sobre saúde mental, da forma mais directa possível. Coloque-nos as suas dúvidas e questões sobre aquilo que se passa consigo.
Autora: Cristiana Pereira
Psicóloga Clínica
"A música permite que a criança brinque, dentro de nós; que o monge dentro de nós reze, que o jovem dentro de nós dance e que o herói dentro de nós supere todos os obstáculos. ou quase todos" – Don Campell.
Alguma vez sentiu um friozinho na barriga enquanto ouvia determinada música ou mesmo um trecho dela; enquanto dançava uma balada romântica ou ainda quando ecoava os primeiros acordes do hino nacional?
Está comprovado que a música e as emoções podem caminhar juntas, porque os centros de prazer activados no cérebro (hipotálamo, por exemplo) são os mesmos que os estimulados quando comemos chocolate por exemplo.
A música, além de provocar fortes reacções emocionais, como o arrepio, o riso e as lágrimas, pode diminuir a resposta tanto física como psíquica ao stresse. Por outras palavras, a música pode provocar redução dos níveis de ansiedade, diminuição da pressão arterial e da frequência cardíaca, e modificações nos níveis de cortisol e adrenalina no sangue.
Quais são, então, os benefícios psicológicos da música? Estimular a comunicação entre as pessoas; aumentar a auto-estima e a auto-expressão (por exemplo, a dança); favorecer a catarse, a introspecção, a reflexão, o surgimento de recordações, de novas sensações e emoções que muitas vezes não podem ser expressas por meio da fala ou da linguagem verbal.
Sendo assim, diversos factores influenciam as nossas respostas fisiológicas e psíquicas frente à música: a capacidade particular de perceber e ouvir, a educação, a cultura, a situação social do momento...
Podemos dizer que a música é um tipo de comunicação que possui formas, regras e tempos diferentes dos da nossa fala por exemplo. A música é uma linguagem que tem a capacidade de transmitir com facilidade as emoções e os desejos mais íntimos ou até inconscientes.
E quantos de nós já utilizaram a música como um “ansiolítico”? Estou a falar-vos da "música de fundo", enquanto realizamos outras actividades, como estudar, trabalhar, cozinhar, conduzir enquanto estamos no meio do trânsito ou fazer um exercício físico.
Não há dúvida de que a música traz inúmeros benefícios a mente e corpo e, para desfrutá-los, basta somente deixar-se invadir por diferentes sons, quer seja da natureza, como o canto de um pássaro, ou de uma sinfonia de Mozart.