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Fluoxetina na ansiedade

por oficinadepsicologia, em 28.08.12

 

E-mail recebido

 

Bom dia equipa!

Ao realizar uma busca sobre sites fidedignos que me pudessem ajudar com algumas questões, encontrei o vosso.
Tenho 31 anos e aos 16 sofri de Distúrbio de Pânico associado a Depressão. Desde essa altura que tenho regularmente crises de ansiedade agudas e que entro e saio de quadros depressivos. Na altura não fui acompanhada por um psicólogo tendo apenas tomado um ampla gama de fármacos que pararam os sintomas mais graves mas não preveniram a sua reaparição. Desde alguns anos a esta parte, também influenciada pela minha própria formação em psicologia, tenho tido acompanhamento e tentado de todas as formas que conheço "ficar boa". Digo assim, "ficar boa" porque para mim é como se tivesse uma espécie de entidade maligna dentro do meu peito. Que me engana, me impede de ver, de sentir, de viver "normalmente". Enfim, todos aqueles sintomas típicos mas que experimentados são tão mais aterradores e assassinos do que quando os lemos num livro da especialidade.
A minha questao prende-se essencialmente com o uso da Fluoxetina. Comecei a usar este farmaco há uma semana por primeira vez.  Não sei se todas as pessoas que sofrem ansiedade ou depressão passam pela rejeição aos fármacos mas eu passei. Preconceito, medo etc. Agora "rendo-me" e estou a iniciar a conselho da minha psiquiatra a fluoxetina. Gostaria de saber a vossa opinião sobre o seu uso em quadros de ansiedade e depressão com uma duração de muitos anos, Também referir que desde que comecei a tomar aumentou bastante a minha ansiedade, tenho rigidez muscular principalmente nos ombros e braço direito e tenho insónias. Vejo pelo folheto que é normal mas como poderei baixar a ansiedade até que comece a fazer efeito? Coloco estas questões porque as consultas de psiquiatria e psicologia  aso espaçadas no tempo e apenas voltarei no fim do mês, vivo fora de Portugal. Não sei se este tipo de questões são as que se colocam no vosso site, de qualquer forma muito obrigada!
R.M.


Cara R.,
obrigada pelo seu contacto.

A Fluoxetina tem realmente indicação para o tratamento de episódios depressivos major, bem como para perturbação obsessivo-compulsivo, bulimia nervosa, sindrome de pânico e transtorno bipolar.
Cada corpo reage de uma forma particular a qualquer tipo de fármaco pelo que será importante dar um retorno frequente à sua psiquiatra numa fase inicial, inferior a um mês, de forma a que os sintomas e eventuais contra-indicações que experiencie possam ser regulados. Como a R. concordará, o apoio psicoterapêutico complementar à toma de medicação é essencial para que se dê uma verdadeira melhoria do seu estado global. Por vezes temos de procurar técnicas diferentes dentro da Psicoterapia, que encerra em si um mundo muito diverso de abordagens, umas com maior indicação e eficácia para algumas problemáticas específicas do que outras.

Existem um conjunto de estratégias práticas que visam o controlo e redução de ansiedade, e que passarão inevitavelmente sempre por exercícios de respiração e de Mindfulness, na sua base. No nosso site estão disponíveis alguns documentos de apoio que poderá achar úteis (http://oficinadepsicologia.com/sobre-ansiedade/ansiedade-generalizada), um dos quais segue em anexo.
Nesta fase, as rotinas de sono, as escolhas alimentares e a prática de exercício físico assumem-se como muito importantes e até mesmo determinantes na regulação do humor e dos sintomas ansiosos.

Partilho consigo que na Oficina de Psicologia realizamos apoio psicoterapêutico à distância via skype por um custo mais reduzido (25 euros/sessão). Muitas pessoas que se deslocam frequentemente para fora do país ou que estão mesmo emigradas têm recorrido a este nosso serviço, intercalando com sessões presenciais quando tal é possível ou mantendo todo o apoio via skype, e ultrapassam assim o obstáculo da distância física, assegurando de forma idêntica um apoio psicoterapêutico de qualidade.

Estaremos disponíveis caso sinta que podemos ser úteis de alguma forma neste seu caminho de procura por um bem-estar merecido.

Um abraço com coragem,
Filipa Jardim da Silva
Oficina de Psicologia

publicado às 21:14


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