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A morte e o tempo

por oficinadepsicologia, em 14.09.12

Autor: Pedro Diniz Rodrigues

Psicólogo Clínico

www.oficinadepsicologia.com

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“Eu não tenho medo da morte, apenas não quero lá estar quando acontecer.”

 

Pedro Diniz Rodrigues

Esta conhecida frase do ator e realizador Woody Allen, mostra-nos com algum humor como a morte pode influenciar a forma como vivemos a nossa vida.

 

Conhecidos investigadores na área da psicologia da morte, desenvolveram estudos que confirmavam a ideia de que a preocupação com a morte influencia directamente o comportamento das pessoas.

 

O pensarmos sobre este tema e a frequência com que o fazemos, poderá levar-nos a sentir grandes alterações na forma como percepcionamos um outro aspecto importante, e que relacionamos com a morte: o tempo.

 

Afinal de contas, cada dia que passa é um dia mais perto do fim…

 

Alguns investigadores colocam a questão: Será que a noção que temos do tempo, está relacionada com a quantidade de vezes que pensamos sobre a morte?

 

O que os resultados dos estudos indicam é que a nossa percepcão do tempo, pode mudar em função da personalidade ou a presença de estados como o medo, a ansiedade ou a depressão.

 

Uma das teorias psicológicas associada à gestão do medo da morte, diz-nos que o estarmos demasiado conscientes dessa realidade, nos motiva, pelo nosso desejo instintivo de viver, a criar uma variedade de defesas psicológicas.

 

Encontramos simbolismos, procuramos significados e adoptamos uma visão do mundo que nos inclui como parte desse simbolismo, assegurando assim o nosso bem-estar e tranquilidade.

 

A natureza simbólica dessas defesas, baseada naquilo que cada pessoa quer acreditar, permite que a vida seja vista como mais duradora e permanente.

 

Outra defesa psicológica que também é utilizada, é o alongar da percepção do tempo, ou seja sobrestimar o tempo. Esta estratégia poderá ser uma tentativa de gerar uma maior quantidade de tempo do que, na verdade, existe e ver o tempo como particularmente abundante.

 

Fica assim a ideia de que mais tempo estende a vida e adia a morte. O que se conclui dos estudos realizados, é que parecem ser as pessoas que mais pretendem prolongar a sua vida, aquelas que pensam na morte com maior frequência.

 

Gostaria de relembrar para aqueles que de nós, se sentem preocupados com a morte ou inquietos com o tempo que ainda têm, um outro lado importante da noção de tempo, e fundamental para a forma como encaramos a vida e a morte: Este é o tempo de viver.

publicado às 10:52



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