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Os pais e os filhos – Os seus afastamentos e reencontros

por oficinadepsicologia, em 07.11.12

Autor: António Norton

 

Psicólogo Clínico

 

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António Norton

 

Quando era adolescente ouvi um célebre raciocínio que desde então, de alguma forma, me acompanha e que contém uma sabedoria inquestionável. Esta frase sintetiza de uma forma engenhosa, divertida e sábia como é que os filhos percepcionam os pais à medida que vão crescendo. Vou procurar sintetizar este raciocínio.

        

Entre os 0 e a entrada na pré-adolescência (11-12 anos) os pais são vistos como pessoas que sabem tudo. São as fontes de conhecimento máximas.

 

Entre os 12 e os 15 anos - da pré-adolescência até meados da adolescência – Os pais afinal não sabem tudo!

O seu conhecimento é posto em causa. O adolescente entra na fase de se questionar sobre o seu próprio questionar, entra na fase existencial de pôr tudo em causa, sente um grande distanciamento e uma contra-dentificação com a mundivisão e o estilo de vida dos seus pais.

        

Entre os 15 e os 25 anos – Os pais afinal não sabem nada de nada!

Os pais são vistos como uns caretas, desadequados e descontextualizados, completamente ultrapassados, são apelidados de “cotas” ou de “os meus velhos”. As suas opiniões são pouco tidas em consideração.

        

Entre os 25 e os 35 anos- Os pais afinal até sabem umas coisas!

Para muitos, esta fase corresponde à  emancipação, corresponde à vida fora da casa onde sempre viveram, ao assumir responsabilidades, pagar a renda da casa, a água, a luz, é preciso fazer compras, cozinhar e então a opinião e os conhecimentos dos pais são tidos em maior consideração. Também, esta fase corresponde ao assumir da paternidade ou maternidade. Os pais, os seus conselhos e a sua experiência ganham nova importância e pertinência.

        

Entre os 35 e os 45- Os pais afinal até sabem bastante!

Esta é a fase em que, muitas vezes, os jovens pais se deparam com problemas de comportamento por parte dos seus filhos e em que se apercebem de quão difícil é educar... O paralelismo e a empatia pela experiência dos seus pais ganha outra dimensão.

        

Dos 45 em diante – Os pais afinal sabiam tudo!

Fase em que muitas vezes os pais já faleceram e em que os adultos, finalmente, se apercebem da enorme sabedoria que os seus pais encerravam.

 

E que tal pensar sobre a Psicologia que encerra este texto?

 

publicado às 09:18


1 comentário

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De Anónimo a 07.11.2012 às 15:41

Obrigado pelo seu artigo, muito esclarecedor e interessante para os jovens mais sensatos conseguirem tirar alguma aprendizagem..
Na realidade os pais são os nossos melhores amigos e deveriam ser aproveitados todos os seus conselhos,
para termos uma vida mais fácil e conseguir a felicidade junto deles.
Então quando se perdem os pais , aí sim vemos como eles eram tão valiosos como pedras preciosas!..
Um bem haja a todos os bons pais pelo seu amor e dedicação.
Até sempre

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