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Autora: Tânia da Cunha

 

Psicóloga Clínica

 

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Tânia da Cunha

O comportamento dos familiares e amigos reveste-se de grande importância na tentativa de ajudar o doente deprimido. De modo geral, a depressão não surge de repente, vai-se desenvolvendo despercebidamente durante um longo espaço de tempo, mas, mais tarde ou mais cedo, acaba por se reparar que algo não está bem. E agora, o que fazer?

 

- É fundamental ter muita paciência: Mesmo que tenha dificuldade em entender, por detrás do comportamento de alguém deprimido não há preguiça nem intenção de sobrecarregar os outros. Bem pelo contrário, o doente depressivo sente um enorme desejo de se libertar o mais rapidamente possível do seu estado.

 

- Prudência: A pessoa que está mais próxima tem de estar envolvida no processo, mas tem de pensar também em si própria, caso contrário acabará igualmente por precisar de ajuda. A compreensão com o outro é adequada mas é preciso estabelecer limites de forma a proteger-se.

 

- Estimule o doente a consultar um médico: Quando a pessoa que está mais próxima do doente constata que ele está cada vez mais deprimido, não deve hesitar em aconselhar-se com um médico ou com um psicoterapeuta, mesmo que não seja essa a vontade dele. Quanto mais cedo falar com o doente sobre o assunto e o convencer a tratar-se, melhor será.

 

- Não desista: Quem está deprimido tem tendência para isolar-se cada vez mais, e frequentemente dizem até que querem que os deixem em paz. A insistência pode ser prejudicial, mas pode tentar arranjar sempre novas propostas de atividades para praticarem em conjunto, por exemplo um passeio que possa proporcionar alguns momentos de prazer a ambos.

 

- Apenas o médico ou o psicoterapeuta têm preparação para o tratamento: Os familiares e amigos do doente não podem tentar substituir o médico. Não é esse o seu papel, nem têm a preparação necessária para o fazer, nem mesmo o distanciamento profissional que permite uma saída segura para vencer a depressão.

 

publicado às 11:37



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