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A Crise: da Mundial à Pessoal

por oficinadepsicologia, em 06.12.12

Autora: Vanessa Damásio

 

Psicóloga Clínica

 

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Vanessa Damásio

A crise económica e financeira mundial está na ordem do dia, e está presente na vida e na mente de cada português, que se vê afetado em todas as áreas da sua vida. O desespero cresce dentro daqueles que não podem viver mais o sofrimento de sobreviver com pouco ou quase nada, ou porque estão desempregados, ou têm dívidas, despesas, ou porque não conseguem sequer alimentar as suas famílias. Na sequência destas necessidades básicas acresce a necessidade de alimentação emocional com atenção, segurança e conforto, para que cada pessoa se possa sentir protegida, cuidada e estável.

 

Observa-se assim uma diminuição da estabilidade emocional e afetiva das pessoas, que se reflete claramente nos seus comportamentos. Cria-se uma sensação de impotência e desmotivação na população em geral e parece não existir alternativas. As pessoas sentem-se zangadas, com raiva e profundamente tristes. Consequentemente parecem evidenciar-se comportamentos e estados de ansiedade, apatia, dependência e depressão, e as patologias e perturbações mentais vão-se desenvolvendo concomitantemente.

 

A crise está efetivamente presente na vida das pessoas a vários níveis e, como tal, vem repleta de mudanças, transformações, às quais se cria uma necessidade de adaptação. Quando estas crises são repentinas, instala-se o choque e o caos, a falta de rumo, a desesperança, a confusão, o medo seja a que nível for, familiar ou pessoal, profissional, comunitário ou mundial, económico ou financeiro.

 

Cada crise, à sua maneira, é geradora de uma sensação de incerteza e também de um certo descontrolo sobre o que o futuro reserva, o que poderá ser assustador e criar muita ansiedade.

 

Mas, as crises são também oportunidade, especialmente quando se consegue agarrar e acreditar nos recursos que se possui e redescobri-los nestes tempos, poderá ser uma alavanca para novas criações, novos passos motivados pela esperança e confiança dentro de cada um.

 

Os psicólogos são “especialistas das crises” e como “cirurgiões de emoções”, que reconetam ligações emocionais, cognitivas e comportamentais perdidas, confusas ou bloqueadas pela crise, os psicólogos tentam aliviar a dor destas emoções em cada pessoa.

 

A realidade social, económica, familiar e pessoal não pode ser alterada ou apagada, mas a forma como está a ser vivenciada e sentida pode ser, então, aliviada através de terapia psicológica, como uma boa ajuda para estas crises e realidades internas de cada pessoa em sofrimento.

 

publicado às 15:16



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