Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]




O que o Flirt Diz de Nós?

por oficinadepsicologia, em 15.12.12

Autora: Cristiana Pereira

 

Psicóloga Clínica

 

www.oficinadepsicologia.com

 

Facebook

 

 

Cristiana Pereira

Em diversas conversas que acontecem no dia-a-dia surge, por vezes, o tema relações. E, com isto, é bastante comum ouvir falar-se de um ponto ou de outro que causam insatisfação.

 

Perante esta insatisfação, é também bastante comum que muitas pessoas, quase sem se darem conta, procurem outra que lhes permita viver as emoções que não vivem com o companheiro(a).

 

Mas com que intenção? Em muitos dos casos, a intenção não é a de serem infiéis mas sim, simplesmente, de se gratificarem, de voltarem a sentir-se vivas. No entanto, encontrar alguém por quem se possam apaixonar torna-se uma possibilidade, gerando um conflito ainda maior.

 

Quando o afastamento do companheiro é notado e existe a suspeita de que há outra pessoa na sua vida, a pessoa depara-se com diversos sentimentos dolorosos, que se traduzem em pensamentos, como: “há alguém melhor do que eu”; “há alguém que desperta mais simpatia, que é mais atraente e mais inteligente do que eu”.

 

É muito comum constatar que vários casais se foram afastando ao longo dos anos e, quando aparece a suspeita da existência de uma terceira pessoa, negam que estivessem atravessar uma crise na sua relação. É como se sentissem que tudo está bem e que, do dia para a noite, alguém está prestes a destruir tudo.

 

E o que se pode fazer em situações destas? Em muitos casos, é provável que não haja nada mais do que um pequeno cortejo que tem como objectivo restaurar parte da auto-estima perdida. Por um lado, o pior que se pode fazer nestes casos é chantagem emocional, ou seja, fazer o outro sentir-se culpado do que se está a passar e acusá-lo sem ter fundamentos suficientes.

 

É preciso ter em conta que o simples facto de sentir atracção por outra pessoa não é algo repreensível em si, por mais doloroso que seja para o outro, daí que culpá-lo por sentir uma atracção não faça sentido. Por outro lado, as culpas podem funcionar durante algum tempo, mas quando alguém se adapta a elas, cada censura que surge pode gerar uma profunda irritação.

 

O que fazer então?

A comunicação numa relação é um dos factores mais importantes para que ambos a sintam como satisfatória. Neste sentido, será benéfico para os dois tirar um tempo, de preferência a sós, para reflectir seriamente sobre o que está a falhar na relação. E, assim, não deitar as culpas nem para si próprio nem para o outro.

 

Não se trata de procurar as culpas, mas sim as causas, e então pensar no que se deseja: se fazer o esforço para melhorar a relação ou acabar. Se se decidiu a continuar a relação, seduza, para que seja possível recuperar as emoções perdidas.

 

Nestes momentos, recuperar os velhos interesses e pedir apoio aos amigos é bastante importante e, assim, não sentir vergonha.

E, por último, tirar da cabeça o suposto rival, não dirigir o ódio ou a amargura para o que, de momento, não é mais do que um fantasma.

 

Se a crise que o casal atravessa não é profunda, esta é uma grande oportunidade para que as coisas melhorem, caso ambos o pretendam. Será necessário falar sem rancores sobre o que está a acontecer, com sinceridade e sem censuras. E tentar entender, sobretudo, o que cada um precisa do outro e pensar, seriamente, se está realmente disposto a proporcioná-lo.

publicado às 11:07



Mais sobre mim

foto do autor



Arquivo

  1. 2013
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2012
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2011
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2010
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2009
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D