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A ausência de desejo sexual na mulher

por oficinadepsicologia, em 06.01.13

Autora: Joana Florindo

 

Psicóloga Clínica

 

www.oficinadepsicologia.com

 

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Joana Florindo

Um número cada vez maior de mulheres tem chegado à consulta de Sexologia com queixas de falta de desejo sexual. Afirmações como “não tenho qualquer vontade de me envolver sexualmente”, “tento sempre arranjar uma desculpa para não chegarmos aí” ou “por mim não tínhamos sexo”, são frequentemente escutadas em espaço terapêutico, sendo expressas quer por mulheres mais jovens quer por mulheres mais maduras, e comummente acompanhadas por sentimentos de tristeza e frustração.

 

Na maioria dos casos, encontramo-nos perante o que clinicamente se designa de “Desejo Sexual Hipoactivo”. E o que é que isto quer dizer? Que existe uma forte diminuição, ou ausência, de fantasias e pensamentos sexuais, de desejo de se envolver sexualmente, ou não se sentir de todo disponível para esse envolvimento, causando sofrimento e mal-estar individual e no casal.

 

E contrariamente ao que se possa pensar, não se tratam de casos isolados. O desejo sexual hipoactivo é mesmo apontado como a disfunção sexual mais frequente no universo feminino.  A investigação nacional sobre a prevalência das disfunções sexuais femininas indica mesmo que cerca de um terço das mulheres portuguesas sente falta de desejo sexual.

 

Convém, contudo, destacar que a diminuição ou a ausência do desejo sexual nem sempre se traduz numa disfunção sexual. Não nos podemos esquecer que “desejo” resulta de uma interacção complexa entre factores biológicos, psicológicos, socioculturais e relacionais, sendo flutuante ao longo da vida.

 

Devemos considerar que o desejo pode estar relacionado, por exemplo, com factores de stress e cansaço, com estados emocionais de ansiedade e depressão, com a toma de determinados medicamentos como alguns antidepressivos ou agentes quimioterapêuticos, com conflitos relacionais no casal, ou com factores biológicos como as alterações hormonais.

 

Se considerarmos todas as idiossincrasias contextuais com que os casais se deparam e a ausência de desejo se prolongar no tempo, durante pelo menos 6 meses, e for vivenciada com sofrimento e mal-estar individual e relacional, é fundamental a consulta de um especialista.

 

A intervenção psicológica nestes casos, após um processo inicial de avaliação completa e cuidadosa, que abranja as componentes médica e psicológica, passa essencialmente pela psicoterapia e pela terapia sexual, tendo como principal objectivo o re-enfoque da vivência sexual no prazer, trabalhando destacadamente a intimidade emocional e comunicacional do casal.

 

Mas porque cada caso é um caso, devendo-se sempre considerar a experiência individual, não hesite em procurar ajuda especializada de forma a avaliar cuidadosamente o que se passa consigo.

 

Para saber mais sobre Desejo Sexual Hipoactivo, ou qualquer outra disfunção sexual, não hesite em consultar a nossa página: http://oficinadepsicologia.com/psicoterapia/sexologia-clinica

 

publicado às 18:33



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