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Este consultório da Oficina de Psicologia tem por objectivo apoiá-lo(a) nas suas questões sobre saúde mental, da forma mais directa possível. Coloque-nos as suas dúvidas e questões sobre aquilo que se passa consigo.
Autora: Fátima Ferro
Psicóloga Clínica
As expressões de agressividade nas crianças têm as mais variadas formas de surpreender os adultos deixando-os muitas vezes presos a sentimentos angustiantes de impotência.
Elas choram, gritam, mordem, dão pontapés, agridem outras crianças, etc. Muitas vezes pensamos se a culpa não será da televisão, dos jogos, das outras crianças com quem estão, mas independentemente de tudo isso é importante reflectirmos sobre a forma como havemos de lidar com as suas zangas exacerbadas.
Sabemos hoje que a criança constrói modelos de interpretação da realidade que determinam as interacções sociais futuras.
Se houver uma estrutura de base de suporte afectivo-social, provavelmente ela evolui de forma estruturada. Se pelo contrário existirem situações de prolongada frustração afectiva, isso poderá criar uma posterior desadaptação.
A prevenção de comportamentos agressivos deve passar por um aumento de factores protectores e a diminuição de factores de risco, num plano de intervenção integrado com a criança e a família.
As crianças muitas vezes ao agredirem, descobrem uma maneira de falarem por actos aquilo que ninguém consegue traduzir por palavras, como se se pudessem vingar do mal que lhes fizeram. Esta é uma forma de dizerem bem alto que existem, havendo várias formas de levantar a voz na vida: agindo, falando alto, ou através do silêncio. Estas crianças escolheram a sua agressividade para dizerem ao outro que não precisam dele quando afinal é do que mais precisam. “Afinal do que é que serve ser-se herói quando se precisa de pedir licença para se ser feliz?” (Eduardo Sá).
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