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Este consultório da Oficina de Psicologia tem por objectivo apoiá-lo(a) nas suas questões sobre saúde mental, da forma mais directa possível. Coloque-nos as suas dúvidas e questões sobre aquilo que se passa consigo.
Autora: Madalena Lobo
Psicóloga Clínica
De acordo com alguns autores (nomeadamente Elaine Aron), de 15 a 20% da população pode ser classificada como sendo de elevada sensibilidade, ou seja, correspondem a pessoas com um sistema nervoso especialmente sensível. Se dominar a língua inglesa e quiser verificar os seus resultados neste domínio, sugerimos o seguinte link: http://www.hsperson.com/pages/test.htm.
Alguns aspectos que podem indiciar uma forte sensibilidade:
Autor: Pedro Albuquerque
Psicólogo Clínico
Este é o segundo exercício que o irá ajudar a concentrar melhor no momento presente. Lembre-se que uma das maiores armadilhas da distracção é que a nossa mente vagueia de uma coisa para a seguinte, de um pensamento para o seguinte. Como resultado, frequentemente encontramo-nos perdidos e frustrados. Este exercício irá ajudá-lo a focalizar a sua atenção num único objecto. O propósito deste exercício é ajudar a treinar o “músculo mental”. Isto significa que irá aprender a manter o foco da atenção no que está a observar. E com a prática, irá tornar-se melhor a focalizar a sua atenção naquilo que é mais importante para si.
Autora: Madalena Lobo
Psicóloga Clínica
Muitas vezes, o nosso mal-estar advém do facto de sabermos que precisamos de fazer algo proximamente e que representa uma fonte de insegurança ou ansiedade para nós.
Neste caso, é uma boa ideia fazer um ensaio mental, enquanto se garante a manutenção de um estado relaxado – um pouco como se estivéssemos a dizer ao organismo: “Vês? Aquilo que vai acontecer é tranquilo. Está tudo bem!”. Ao mesmo tempo, permite-nos “percorrer o filme” daquilo que antecipamos e detectar potenciais situações que requeiram a nossa atenção prévia e, mesmo, a opção por algum plano de contingência.
O exercício em si próprio é muito simples. Vamos a isso!
Autora: Inês Alexandre
Psicóloga Clínica
Então minha menina, como anda? Conte-me. Lembro-me que andava agitada.
Sim. Pega no carro, percorre a cidade, estaciona, concentra-te, pega no carro, percorre a cidade. Ouve, decide, age, a cabeça às voltas, às voltas. Aprendemos assim Dra., desde que nascemos.
Como assim desde que nascemos?
Acorda. Come. Sorri. Responde aos estímulos, senão que infelicidade. Anda, não te esqueças da mala, não te esqueças do passe, não te esqueças de prestar atenção. Concentra-te. Vê bem todas as perguntas. Um mundo justo em que estamos, se responderes sempre a todas as perguntas. Vais conseguir. Não sei bem o quê mas consegues. Anda, não pares. Acho que desaprendemos, Dra.
Desaprendemos o quê?
Autora: Madalena Lobo
Psicóloga Clínica
Para falar da perturbação obsessivo-compulsiva (POC), tenho de começar pelo embaraço e pelo secretismo a que as pessoas que sofrem desta disfunção se auto-impõem.
E, por isso, convém justificar-me, explicar por estar a começar de uma forma tão em desacordo com os cânones tradicionais, e tão pouco habitual…
A POC constrói-se em torno do ilógico e do bizarro. Ilógicas são as ideias de que pensar e fazer acontecer estão, de algum modo, interligados. Ilógico é pensar que se fez algo contra vontade e de que não restou memória. Bizarro é verificar 4 vezes consecutivas a mesma porta, sempre, todas as vezes que ela é fechada. Bizarro é lavar um telemóvel por medo de contaminação porque foi dita uma palavra de má sorte durante a conversa telefónica.
E, contrariamente a outros problemas de saúde mental, quem sofre de POC sabe que o que pensa e o que faz é ilógico e é bizarro. Mas não consegue parar de o pensar e de o fazer. E, por isso, fica dominada por um forte sentimento de embaraço, pela vergonha que a atira para um isolamento emocional, para uma auto-contenção vigilante, numa defesa feroz deste segredo terrível: “Eu penso e faço coisas estranhas que, se os outros souberem, vão achar que enlouqueci”.
Autora: Catarina Mexia
Psicóloga Clínica
Os dados estatísticos relativos à depressão demonstram que, de facto, o número de deprimidos tem vindo a crescer de forma consistente nos últimos 50 anos e que esse crescimento se verifica sobretudo nas pessoas nascidas depois de 1945. Por sua vez, os sintomas depressivos têm vindo a surgir cada vez mais cedo, perto dos 20 anos, enquanto antes não seria de esperar encontrar pessoas com esta doença com menos de 30.
A análise dos dados de estudos transculturais tem demonstrado que, embora tenham vindo a ser descobertas causas associadas a factores individuais, bioquímicos e genéticos, esta é uma condição fortemente associada a factores culturais. Podemos encontrar inúmeros factores depressores na nossa cultura e, entre outros, destacam-se a facilidade de acesso a enormes quantidades de informação e a alteração da noção de tempo, causados pela súbita evolução tecnológica. Só desde 1945 devemos ter acumulado e criado mais formas de acesso a informação do que aquelas que produzimos até então.
Autor: Pedro Albuquerque
Psicólogo Clínico
Algumas pessoas experienciam espontaneamente alguns momentos em que estão completamente envolvidos com a experiência do momento presente sem serem apanhados pelas formulações ou conceitos acerca dessa experiência.
No entanto, para muitos a forma de lidar com a experiência que se encontra no momento presente é caracterizada por uma espécie de nevoeiro de preocupações acerca de acontecimentos futuros, ou de ruminações acerca de acontecimentos passados, ou mesmo de formulações acerca de Si, dos Outros e dos acontecimentos.
O racional que a prática do Mindfulness confere é o permitir que a pessoa se desligue intencionalmente do piloto automático e dos seus associados processos de pensamento, e que traga a atenção para a actualidade do momento presente, abrindo desta forma a possibilidade a respostas mais esclarecidas para uma determinada situação.
Autora: Inês Mota
Psicóloga Clínica
Portugal e Prevenção
Os núcleos de prevenção de substâncias psicoactivas em portugal destacam como um dos objectivos principais prevenir o início do consumo de substâncias psicoactivas (SPA), sobretudo junto da camada jovem portuguesa, visto os estudos terem demonstrado que estes consumos têm início em idades cada vez mais precoces. Tem-se verificado também que os actuais padrões de consumo dos jovens passam pelo poli-consumo que, de um modo geral, inclui o álcool e que tem lugar em contextos de lazer.
Pais e Responsabilidades
Se é verdade que os pais não são responsáveis por todas as acções que os filhos cometem é também verdade que têm uma grande influência sobre a sua conduta.
No que toca a esta temática, e tendo em conta os “facilitismos” e pressões presentes na sociedade, uma dose eficaz de “vacina” pode de facto ser administrada pelas mãos dóceis daqueles que executam o poder parental.
Autor: Francisco de Soure
Psicólogo Clínico
“Estou deprimido/a” é uma das expressões que se tornaram de uso corriqueiro no vocabulário português. Usamo-la como um substituto para “estou a ter um mau dia”, “estou triste”, ou “ando de mau humor”. Estar deprimido tornou-se um dado adquirido na nossa sociedade. Se, há uns anos, era motivo de vergonha ter uma depressão, hoje em dia tornou-se algo de comum. De tal maneira comum que se generaliza qualquer estado de baixa de humor como depressão. E se, a um determinado nível, se pode dizer que o uso do termo tem sido abusivo, esta massificação da expressão é um sinal dos nossos tempos. Na verdade, a depressão tem tido um crescimento exponencial na nossa população nos últimos anos. De tal forma que se fala hoje na depressão como a “constipação da saúde mental”. Qualquer um de nós tem um familiar, um amigo, ou já sofreu na pele os efeitos da depressão. A venda de medicamentos anti-depressivos nunca foi tão grande como hoje, as baixas médicas devidas à depressão nunca foram tão elevadas. A Organização Mundial de Saúde aponta hoje a depressão como uma das maiores causas de absentismo laboral e aponta para um crescimento ainda maior.
Autora: Madalena Lobo
Psicóloga Clínica
De pouco adianta conhecer um ou dois truques, ainda que cientificamente comprovados, para combater e prevenir o stress e emoções negativas, se não operar algumas mudanças na sua vida que lhe permitam uma situação mais equilibrada, que possa funcionar como uma barreira natural contra os efeitos negativos do stress.
Apesar de sabermos que dificilmente poderá abandonar o seu ritmo de vida, trocando-o por uma vida pacata, vamos ajudá-lo(a) a introduzir alguns elementos no seu dia-a-dia que lhe permitam, com pouco envolvimento de tempo, criar geradores de um maior equilíbrio e bem-estar, que possam ajudar a contrariar os geradores de mal-estar.
Uma das formas de o conseguir é investir nos prazeres e gratificações, espalhando-os um pouco pela vida. Além disso, as gratificações, muito em particular, funcionam como um interruptor: permitem-lhe desligar-se de si, o que dá muito jeito quando a ansiedade e a depressão começam a subir e ameaçam ficar descontroladas. No final, encontra uma folha para ir registando os seus prazeres pessoais e as suas gratificações – trate-a como uma lista dinâmica, sempre em evolução e tenha-a à mão para que se possa lembrar das actividades a que recorrer sempre que precise de injectar um pouco de equilíbrio na sua vida.