Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]




Sabia que...?

por oficinadepsicologia, em 12.06.10

Um estudo da Universidade de Sydney, demonstrou que a larga maioria dos ex-fumadores pararam de fumar, sem qualquer ajuda de medicamentos. Efectivamente e apesar da excessiva ênfase das campanhas de controlo tabágico ventilarem a importância de métodos como a Terapia de Substituição da Nicotina (TSN) – os chamados “adesivos”, como a forma eficaz de combater o tabagismo, a análise de mais de 500 estudos realizados no âmbito da cessação tabágica, evidenciou que o método mais eficaz para deixar de fumar é o chamado "sindrome de abstinência” que surge quando se deixa de fumar de um momento para o outro,  ou  “reduzir para largar”.

Se gostava de deixar de fumar, mas ainda não teve coragem, como mais um estímulo para que o faça, aqui fica a informação de que a maioria dos ex-fumadores inquiridos no estudo referiu que deixar de fumar foi menos difícil que aquilo que tinham esperado.

publicado às 10:05

Quando o sol tarda em brilhar

por oficinadepsicologia, em 11.06.10

Autora: Ana Crespim

Psicóloga Clínica

 

Pois é… Pensávamos nós que estávamos livres do mau tempo… Que Junho era altura de sol, calor, boa disposição… Sente-se bem-disposto? Não?! Então junte-se ao grupo!

De facto, isto do tempo interferir no nosso estado de espírito é algo inegável. No entanto, convém não confundir aquele queixume natural de quem lhe apetece ir para a praia e não pode porque o tempo lhe pregou uma partida, com um estado depressivo mais estável, que insiste e persiste em certas alturas do ano, e que tanto pode interferir no nosso funcionamento normal e produtividade.

 

Apesar desta psicopatologia ser reconhecida e descrita nos manuais de diagnóstico de perturbações mentais, infelizmente os questionários que são utilizados no sentido de identificar a Depressão Sazonal, nem sempre são sensíveis para o efeito. Para um correcto diagnóstico é de extrema importância que a entrevista clínica seja o mais detalhada possível. Pois, pois… Está a ver aquela fila enorme que costuma estar no centro de saúde? Imagine o que seria se o médico demorasse cerca de uma hora com cada um dos seus utentes… Uhhhhh… Cheira-me que não daria um bom resultado. Percebeu a ideia? Com o sistema de saúde que temos, é extremamente difícil que se proceda a um correcto diagnóstico da Depressão Sazonal. Sendo que o médico de clínica geral e/ou o médico de família são habitualmente a porta de entrada quando sentimos que algo não está lá muito bem, e que é a partir daqui que muitas vezes se fazem os encaminhamentos, não admira que o cenário seja (tal como o tempo) “cinzento”.

 

 

 

publicado às 09:34

Reacção a anti-depressivos

por oficinadepsicologia, em 09.06.10

Autora: Isabel Policarpo

Psicóloga Clínica

 

Embora o tratamento com anti-depressivos deva ter uma duração de pelo menos seis meses após a remissão dos sintomas, diversos estudos têm evidenciado que uma percentagem elevada de pacientes – até 38%, tratados com anti-depressivos do grupo dos SSRI, actualmente os mais prescritos (paroxetina, fluoxetina, fluvoxamina, citalopram, escitalopram, sertralina, e doses baixas de venlafaxina) apenas adquire uma embalagem do medicamento na farmácia, donde se conclui que muitos pacientes descontinuam o tratamento, muito antes da duração mínima recomendada.

 

Que razões podem estar associadas a esta não-aceitação? Haverá algum perfil de paciente e/ou algumas características associadas à mesma?

Um estudo levado a cabo recentemente revelou que a adesão à medicação não está relacionada com a escolha do fármaco, dado não se registarem diferenças significativas entre os que aderiram à terapêutica e os que não aderiram, em função do tipo de SSRI prescrito. Igualmente não se verificaram diferenças no que respeita ao número de pacientes que reportaram um ou mais efeitos adversos, entre os que aderiram e os que não aderiram à terapêutica, embora quem descontinuou a medicação tenha reportado muitos mais efeitos secundários.

 

 

 

publicado às 13:03

Só ginásio não chega...

por oficinadepsicologia, em 08.06.10

Autora: Joana Florindo

Psicóloga Clínica

 

Ingressamos muitas vezes em ginásios na esperança de obter resultados milagrosos, baseando-nos apenas na prática de exercício físico para compensar os excessos do dia-a-dia. Imaginamos que com determinação e empenho, rapidamente nos conseguimos libertar dos excessos calóricos de muitas deliciosas tarde de maçã com canela ou de muitos outros refrescantes e doces gelados de fruta, obtendo o emagrecimento ambicionado. No entanto, parece que a realidade nos pode pregar algumas partidas, e nem todos conseguiremos emagrecer apenas com a ajuda do exercício físico.

 

Um estudo conduzido pelo “Brigham and Women’s Hospital” e pela “Harvard Medical School” de Boston, Estados Unidos da América, citado na edição on-line de 20 de Abril de 2010 do ScienceDaily, investigou a relação entre a prática de actividade física e as alterações de peso, num grupo de 34.079 mulheres saudáveis, ao longo de 13 anos, e revelou que o sucesso do exercício físico na manutenção de uma boa forma física, parece dever-se ao Índice de Massa Corporal (IMC) de cada uma.

 

As mulheres que apresentavam um IMC inicial igual ou inferior a 25, consideradas de “peso normal”, tenderam a responder melhor ao exercício físico como forma de controlar o seu peso, contrariamente àquelas que apresentavam um IMC superior a 25, consideradas com “excesso de peso”. Tais resultados levaram os autores a sugerir que para estas mulheres, com peso elevado à partida, a prática de exercício físico como forma de controlo de peso não é suficiente. Uma redução adequada da ingestão diária de calorias torna-se igualmente necessária.

 

Pois bem, sejamos Magrinhas, Gordinhas ou Assim-Assim, contrariando ao máximo a tal tendência natural de aumento de peso com o avançar da idade, conciliemos a prática de exercício físico regular a uma dieta alimentar cuidada, e sejamos nós a pregar uma partida a essa tendência.

publicado às 12:23

Medo de cães

por oficinadepsicologia, em 07.06.10

Email recebido

 

Boa tarde!

Tenho um filho de 7 anos que tem medo de tudo o que é bicho.

Ofereceram-lhe um cão ainda bebé com apenas 7 semanas, apesar de saber que ele tem medo de cães maiores nunca pensei que tivesse medo de um cão bebé. È um facto que o cão ( Fila de S.Miguel ) é brincalhão e dá-lhe pequenas dentadas nos pés e lambidelas o que não é do seu agrado.

Estou a equacionar a hipótese de dar o cão pois o miúdo não se está a adaptar a ele.

Gostaria de saber se existe alguma forma de lidar com a situação.

Obrigado

 

 

Resposta

 

Caro L.

A sua questão tem uma resposta dupla, da nossa parte: sim e não - simultaneamente, ambas verdadeiras...

 

O seu filho deve ser confrontado com muita gentileza, de uma forma muito gradual e na qual ele sinta que tem o controlo da situação, com todo o tipo de animais, muito particularmente os domésticos (sobretudo porque, perdendo-lhes o medo, poderá vir a retirar verdadeiro prazer da interacção com eles). Não o fazer, cedendo às primeiras reacções, é criar um caminho de evitamento progressivo que, por sua vez, vai fazendo com que ele vá tendo cada vez mais medo (quanto menor a familiaridade, maior o medo). As fobias são uma perturbação da ansiedade e, como tal, devem ser tratadas tão precocemente quanto possível. O ideal, porque é pai e não terapeuta, será solicitar acompanhamento especializado (sugiro que procure um psicólogo de formação cognitivo-comportamental); desde já nos colocamos à sua disposição na Oficina de Psicologia - são intervenções rápidas, regra geral, eficazes e, mesmo, divertidas. Por isso sim: existe uma forma de lidar com a situação.

 

E agora tenho de o frustrar e, ainda por cima, fora da minha área de especialidade. Os cães de fila de S. Miguel não são adequados como companheiros de crianças - são cães pastores e de guarda, inteligentes mas de carácter agressivo, que exigem um treino especializado ou, pelo menos, por parte de donos muito habituados a criar cães. De forma alguma, eu recomendaria que insistisse em tentar que o seu filho perca o medo a cães com o seu actual cão. Se tem a possibilidade de o dar a alguém que o estime e que valorize as suas qualidades de cão de guarda, por exemplo, é esse o meu conselho, correndo embora o risco de saltar a minha área de especialidade. Todas as raças têm características comportamentais específicas que poderá consultar facilmente através da internet - se optar por um Labrador ou um Golden Retriever, por exemplo, poderá ficar razoavelmente sossegado relativamente à segurança do seu filho e iniciar um processo de habituação dele a um cão. Por isso, não: não me parece boa ideia lidar com a actual situação; mas, se a modificar um pouco, terá a situação ideal.

 

Abraço,

Madalena Lobo

Psicóloga Clínica

publicado às 20:47

Autora: Catarina Mexia

Psicóloga Clínica

 

Quando casamos e temos filhos, os nossos pais continuam a influenciar-nos. Os pais influenciam os filhos e mães as filhas. Quer tenhamos consciência disso ou não o exemplo que provém dos nossos pais influencia-nos profundamente na forma como tratamos os nossos companheiros e educamos os nossos filhos.

 

São muitos os exemplos que cada um de nós poderia evocar mas recordo aqui o de Jorge. No final de um dia de trabalho, este cliente gostava de chegar a casa sentar-se no sofá, ler o seu jornal, ver a televisão. Contudo o jantar precisava de ser preparado, os filhos precisavam da ajuda do fim de dia, a casa precisava de um jeito. Teresa, a mulher também trabalha fora e queixava-se que a sua profissão é tão cansativa quanto a do Jorge.

As queixas da Teresa prendiam-se com o desejo de ver o Jorge participar na vida familiar.

O Jorge é uma pessoa com um sentido de justiça ajustado que considera este pedido da Teresa perfeitamente razoável. Contudo, uma outra parte  dele como que lhe recordava constantemente que este não era o papel do homem.

Para o Jorge, cuidar da casa é trabalho de mulher. Muitas vezes era assaltado pela ideia “Mas quem ela pensa que é para mandar em mim?” Para este cliente assentir nos pedidos da mulher era humilhar-se e sentir-se menos homem. Contudo, e porque gostava profundamente da mulher, percebia-se num intenso conflito.

Se por um lado fazia o que lhe era pedido, também o fazia de má vontade o que criava uma atmosfera muito desagradável em casa, um dia após o outro.

 

 

 

publicado às 16:53

Pág. 2/2



Mais sobre mim

foto do autor



Arquivo

  1. 2013
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2012
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2011
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2010
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2009
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D