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Este consultório da Oficina de Psicologia tem por objectivo apoiá-lo(a) nas suas questões sobre saúde mental, da forma mais directa possível. Coloque-nos as suas dúvidas e questões sobre aquilo que se passa consigo.
Autora: Madalena Lobo
Psicóloga Clínica
O sono normal comporta dois estados distintos: o sono não-REM, dividido em 4 fases, e o sono REM (que significa Rapid Eye Movement). Durante o sono REM, ocorrem movimentos oculares rápidos, a respiração torna-se irregular, a tensão arterial sobe e existe perda de tónus muscular (paralisia). No entanto, o cérebro está muito activo – a sua actividade eléctrica, por exemplo, é idêntica à que se verifica quando estamos acordados. O sono REM é, habitualmente, associado aos sonhos e corresponde a cerca de 20-25% do tempo total de sono.
Numa pessoa que tenha uma perturbação comportamental do sono REM, a paralisia muscular que ocorre durante este estado é incompleta ou ausente, o que permite que a pessoa se movimente de acordo com os seus sonhos. A perturbação do sono REM caracteriza-se pelo facto de as pessoas “encenarem” os sonhos vívidos, intensos ou violentos, o que inclui comportamentos como: falar, gritar, dar murros e pontapés, sentar-se ou saltar da cama, esbracejar e agarrar objectos próximos. Pode ser precipitada uma crise pontual destas durante a desintoxicação alcoólica ou o desmame de sedativos ou alguns anti-depressivos – sendo esta a sua causa em 45% das ocorrências. Nos restantes 55% dos casos, desconhece-se por enquanto os motivos para esta perturbação. De uma forma geral, surge após a meia-idade e mais frequentemente em homens.
Autora: Madalena Lobo
Psicóloga Clínica
A maior parte dos estudantes aprenderam que estudar com música favorece a concentração e muitas pessoas que trabalham em open space aprenderam que podiam construir para si próprias um gabinete musical fechado, apenas com a colocação de uns auscultadores ligados ao seu iPod, beneficiando do isolamento que as novas tecnologias oferecem e, simultaneamente, de um ambiente de trabalho propício ao desempenho intelectual. Também é instintivo para muitos de nós usarmos a música como uma forma de alterar estados de humor, para “subirmos o astral” ou nos aquietarmos e relaxarmos. Alguns vão ainda mais longe e usam a música para influenciar o comportamento dos seus animais de estimação (ou não tanto de estimação, já que me recordo de ter lido sobre a influência da música na produção de leite em vacas…) e favorecer o crescimento e saúde das suas plantas.
De facto, ao longo do tempo, tem sido demonstrado que a música ajuda a aliviar a ansiedade e depressão, melhora o estado de humor em geral e pode melhorar o funcionamento cognitivo. Mas será que ajuda a memória? De acordo com um estudo recentemente publicado na Applied Cognitive Psychology, memorizamos pior quando aprendemos uma tarefa enquanto ouvimos música – o melhor ambiente para facilitar a memória (pelo menos, a memória do tipo estudado, que exige capacidade para reter sequências numéricas) parece ser um ambiente de sossego auditivo. Por isso, se está a estudar para um exame de matemática, ou a coligir dados para uma apresentação de análise de resultados financeiros, por exemplo, silencie os ruídos em torno de si, incluindo essa música relaxante que estava a saber-lhe tão bem. Pode ouvi-la antes ou depois da tarefa de aprendizagem, mas não durante os momentos em que a sua atenção se dirige para a memorização.