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O preço da felicidade

por oficinadepsicologia, em 05.12.10

Autor: António Norton

Psicólogo Clínico

 

 

Ser feliz... É uma tema caro, polémico, passível de discussões infinitas. Muitas pessoas defendem que a felicidade não existe... existem sim momentos de felicidade. A chamada felicidade momentânea.

 

 

E a infelicidade? De igual modo, também existem momentos de infelicidade... Esta, muitas vezes, passa de um plano tido como psicológico, mais ligado aos pensamentos e crenças para algo mais corporal, somático e portanto é claramente visível e inequivoca.

Assim,  existem momentos de Felicidade e de Infelicidade. Sobre tal questão não restam dúvidas...

 

Mas gostaria de fazer uma distinção entre Felicidade Contextual e Felicidade Existencial, que obviamente perpassa também para o polo oposto da infelicidade.

 

Felicidade Contextual surge quando acontecimentos esporádicos e espontâneos ocorrem na nossa vida, os chamados momentos de sorte. Por exemplo encontrar dinheiro no chão, arranjar lugar para estacionar o carro, enfim... acontecimentos, de certo modo, imprevisíveis, inesperados e que vão abrindo sorrisos em cada um de nós. Esta é uma felicidade que, aparentemente, não implica a nossa intervenção directa, ou o nosso esforço ou empenho.

 

A Felicidade Existencial implica um sorriso interior, um intervenção directa e constante, permanente, implica um sentimento de honestidade interior, de congruência existêncial. Quando digo existencial digo relativo à existência,ao plano de vida, ao sentido que lhe queremos atribuir, ao caminho que queremos percorrer, à viagem que queremos fazer. Ser feliz existencialmente é ser honesto com os caminhos que escolhemos percorrer, que vamos sempre escolhendo.

 

 

 

publicado às 10:36

A recaída: tropeçar não é cair!

por oficinadepsicologia, em 03.12.10

Luis Gonçalves

Psicólogo Clínico

 

 

Após uma das consultas desta semana, lembrei-me de trazer este tema. Foi uma sessão sobre voltar a ter os comportamentos que se procura eliminar. Aqueles que fazem mal. E sobre o impacto devastador que isto pode ter.

 

 

Quantas e quantas pessoas passam por momentos difíceis, começando a ver a sua vida como um caminho sem luz ou esperança. Mas quantas delas ultrapassam essas alturas e ganham uma vida com um bem estar maior que nunca? Pois bem, parece que precisaram de descer um degrau para subirem dois (quando não são mais!).

 

Para “ganharmos” o que precisamos podemos ter que “perder” o que já temos. Não é fácil passar por isso mas, tempos mais tarde, podemos achar que foi a melhor coisa das nossas vidas. Relembrem momentos da vossa vida em que tal aconteceu. Se não aconteceu, algum dia poderá acontecer. É como termos um automóvel já com muitos kms em cima. Precisamos e temos possibilidade de adquirir um novo. Mas enquanto o antigo andar, vamos andando com este... até parar de todo!

 

E ao longo do processo psicoterapêutico, tropeçamos várias vezes. Logo quando achávamos que estávamos no bom caminho, tropeçamos. Quando menos esperamos, tropeçamos. Voltamos a repetir as acções que nos levaram à terapia. Tropeçamos uma, duas, três vezes e achamos, legitimamente, que caimos.

Mas será mesmo assim?

 

Na verdade, precisamos mesmo de tropeçar para ganhar confiança nos nossos progressos. Como uma criança que lida com os tropeções tão bem até aprender a andar. E nós, enquanto adultos, também aprendemos a andar num consultório. Ou reaprendemos.

E sempre que se tropeça, é o terapeuta quem está lá sempre. E sempre que se anda, é também ele que está por perto. E sempre que simplesmentes “estamos”, é novamente ele quem lá está.  Aconteça o que acontecer, teremos sempre o nosso valor enquanto pessoas. E aprender a olhar para os momentos difíceis como desafios e não como fracassos é algo que mudará a sua vida.

Tropeçar não é cair, faz parte do andar!

publicado às 15:03

Momentos a sós... Bullying e sofrimento

por oficinadepsicologia, em 03.12.10

Autora: Inês Mota

Psicóloga Clínica

 

 

Férias escolares: momentos de possibilidade de lugares de encontro entre pais e filhos.

 

Momentos de encontro entre o vai e volta do trabalho por parte dos pais e o vai e volta das saídas dos filhos. Momentos de passagem encontrados, possivelmente momentos de partilha!

Momentos de reflexão para crianças e adolescentes sobre os acontecimentos do primeiro período, sobre os novos amigos, a nova escola, os novos professores. Eventualmente alguns desses momentos amarguradamente lembrados e tragados num desejo esperançoso de serem esquecidos ou de não serem sabidos.

 

Finda esta etapa primeira etapa escolar é tempo e também porque há eventualmente mais tempo de por um lado os pais atentarem aos comportamentos silenciosos dos seus filhos, e quiçá por outro os filhos se aproximarem silenciosamente dos seus pais, no desejo de serem compreendidos sem terem necessariamente de falar e de contar.

E porque a comunicação social não grita estas verdades diariamente não significa que os gritos não permaneçam estridentemente inaudíveis e por gritar no íntimo de muitas crianças e adolescentes e muitos pais. Não quer dizer que por estas histórias estarem a ser menos faladas, tenham deixado de ser menos verdade, sobretudo menos dolorosamente verdade.

 

Porque a verdade é que em consultório muitos adultos relembram em partilhas íntimas aqueles repetidos momentos sofridos resultantes daquelas experiências marcantes que apesar dos anos continuam vívidas e pesadamente dolorosas.

 

Porque encontramos em consultório muitos adolescentes e crianças que sofrem com a integração na nova turma, com a rejeição dos grupos de pares, com as ridicularizações, os insultos, as ameaças, as humilhações.

Porque muitas crianças e adolescentes são isoladas, rejeitadas, e iniciam estes momentos íntimos de solidão e sofrimento, a sós com o Bullying!!!

E porque sabemos que este sofrimento se estende às famílias em forma de desamparo, que se estende aos pais que embora percebendo o sofrimento dos filhos não sabem como poderão actuar, aos pais que embora actuando se culpam por não terem conseguido ajudar, aos pais que se culpam por não terem percebido que podiam ajudar e que iniciam este diálogos de sofrimento, a sós com o Bullying!!!

 

Porque sabemos todas estas realidades serão desenvolvidos a partir de Janeiro 2011 na Oficina de Psicologia workshops para pais e workshops para filhos, no intuito de tantos uns como outros perceberem  como se podem começar a libertar das amarras da violência do Bullying.

Workshop para pais: Bullying de A a Z, domine esta linguagem! permite criar um encontro de pais cujos filhos estejam a ser vítimas ou bullies desta realidade, no sentido de clarificar as reticências deste ciclo vicioso para o qual por vezes parece não haver saída.

 

Worshop para os filhos: Bullying, Game Over! Permite criar espaços reflexivos, de confiança e de partilha, onde conjuntamente com exercícios e técnicas de promoção de competências: gestão emocional, resolução de conflitos e asserção social, onde as crianças e jovens adquiram gradualmente uma maior confiança e mestria em gerir estas situações nas suas vidas.

 

Chegam-nos estas histórias e quando elas começam a ser narradas, os personagens que as animam vão descobrindo as suas forças, construindo-se enquanto heróis, conhecedores dos seus próprios super-poderes, a sua estima, o seu valor, o seu amor!

Estamos disponíveis para começar a receber as Vossas histórias, para que conjuntamente possamos continuar a desenhar alternativas nas histórias ou histórias alternativas.

 

E nestas histórias alternativas podemos descobrir que a narrativa da culpa, da vergonha da invalidação, da inevitabilidade ou da impossibilidade descubram novas significações que respeitem e valorizem os seus personagens, as suas interacções, os factos e a experiência.

Há também lugares mágicos nestas histórias alternativas e nelas há ainda tempo para que os seus personagens e autores possam brilhar e amar!!!

publicado às 08:57

Porque razão fazer psicoterapia?

por oficinadepsicologia, em 02.12.10

Autor: António Norton

Psicólogo Clínico

 

 

A Psicoterapia tem como finalidade última, no seu sentido mais prático, a mudança.

 

 

Mas quando falamos de mudança esta não é simplesmente a exterior. Quando uma pessoa está com um bloqueio na sua vida, um problema, seja ele de que ordem for, geralmente já ouviu mil conselhos de pessoas a dizerem “Muda!”, “Parte para outra!”, “Tens que esquecer isso!”, “Águas passadas não movem moinhos!”, “Prá frente é que é o caminho!”, “Tens de ser forte!”, “Pensa positivo!”, e.t.c ...

 

Mas mudar não é assim tão fácil... Se fosse não seria necessário muito do trabalho psicoterapêutico. A mudança exterior não deve ser feita de forma impulsiva e descontextualizada, mas deve sim obedecer a uma inicial e fundamental consciencialização interior. Primeiro é fundamental sabermos onde estamos para percebermos para onde queremos ir...

 

Mudar interiormente significa mergulhar e sentir os nossos estados emocionais, vivenciá-los, habitá-los, conhecê-los, aceitá-los, ouvi-los. Mudar significa perceber interiormente as emoções que não estão a ser vividas, que estão a ser mascaradas por outras, impedindo a harmonia e o fluir emocional, provocando bloqueios, estados de ansiedade, estados depressivos, revoltas, agressividades, manfestações somáticas e outros problemas.

 

É portanto fundamental chegar às emoções e trabalhar estados emocionais.

 

Ora o Psicólogo Clínico é justamente esse especialista no trabalho emocional. O conforto, a intimidade e a cumplicidade de um consultório de psicologia são factores fundamentais para a livre expressão e desbloqueio de estados emocionais.

Os nossos amigos, por muito amigos que sejam não têm ferramentas nem conhecimentos, para compreender a complexa dinâmica emocional que está por detrás de qualquer pessoa, de qualquer discurso, de qualquer gesto, expressão corporal, olhar.

Por tal motivo se deve fazer Psicoterapia, para chegar às emoções com um especialista da mudança interior e consequentemente exterior e esse especialista é o Psicólogo Clínico.

publicado às 18:00

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