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Este consultório da Oficina de Psicologia tem por objectivo apoiá-lo(a) nas suas questões sobre saúde mental, da forma mais directa possível. Coloque-nos as suas dúvidas e questões sobre aquilo que se passa consigo.
Autora: Inês Alexandre
Psicóloga Clínica
Que há-de ser do mais longo beijo
que nos fez trocar de morada
dissipar-se-á como tudo em nada?
(Sérgio Godinho)
O tempo passa, e eu não paro de me surpreender. Não há um só dia em que atenda um casal que não venha para casa pensativa. Como terapeuta, estou cada vez mais atenta às minhas próprias perguntas sobre as pessoas que atendo, porque julgo que são as elas, e não as afirmações, que mais me dizem sobre os casais e que mais me apontam soluções. Noto então que, à medida que o tempo passa, as minhas perguntas vão mudando. Vasculho os meus papéis de quando comecei a fazer terapia de casal:
- como é que comunicam? Que forma assume os conflitos neste casal?
- têm papéis de simetria, de complementaridade, ou alternam?
- por que razão surgiu uma terceira pessoa?
- qual é o problema principal deste casal? Quais são os temas que me trazem?
- Como funcionam as relações de poder neste casal?
E num relance vejo como, ao longo dos anos, os casais me foram transformando na minha forma de olhar para eles e para o que os traz à terapia. O que me terá levado a mudar a forma como olho para os casais? O que me ensinaram eles?
Sabia que se tratam em Psicologia?
Autor: António Norton
Psicólogo Clínico
Quando se fala de partilhar a intimidade falamos essencialmente de aprofundar as partes mais sensíveis. Os maiores erros, as maiores faltas, os maiores defeitos, falhanços, medos, mas também as maiores loucuras, ousadias, desejos e sonhos mais recônditos. Partilhar a intimidade é partilhar o bom e o mau. Vivenciar até aspectos muito negativos da outra pessoa e partilhar as “birras”, as frustrações, mesmo as iras. Partilhar a intimidade não é só partilhar algo de belo e inspirador. É partilhar o lado mais negro e o melhor. É partilhar a pureza sem disfarces sociais.
Em qualquer relação que se pretenda profunda, existe necessariamente a partilha de intimidade. É uma condição "sine qua non".
Mas a intimidade, o revelar aspectos muito profundos, ou muito pessoais, implica outra condição fundamental: a condição da confidencialidade. A intimidade é preciosa e rara e deve ser conservada como um segredo. São aspectos que devem pertencer ao casal e à sua intimidade.
Mas, para haver intimidade tem de haver igualmente confidencialidade. São como irmãs, ou pólos que necessariamente se complementam. Uma relação para ser forte e duradoura tem que ter alicerces muito fortes. Esses alicerces assentam a sua força justamente na intimidade. Dois amantes quando vêm o seu amor como verdadeiro, devem ser quase como dois irmãos, dois companheiros que querem partilhar a sua vida e caminhar juntos, ajudando-se mutuamente. Então para isso, muitas vezes, mesmo sem se aperceberem de tal, lançam as fundamentais sementes da intimidade e partilham e dão a conhecer o seu interior. Mas esses momentos são só deles...Não é algo para partilhar, ou para comentar!É algo para respeitar e valorizar. São como o seu mais íntimo segredo. E a sua confidencialidade revela justamente a sua importância.
E-mail recebido
Olá,
Preciso de ajuda, será que podem me ajudar?
Tenho uma sobrinha de 1 ano e 11 meses que, através de um acordo (forçado) de visitas está sendo obrigada a conviver com o pai nos finais de semana.
Na primeira vez que foi ficou estranha durante a semana, na segunda foi aos berros. O que posso fazer para amenizar o sofrimento dela? Não concordo que o direito de pai de conviver tenha que ser assim imposto a uma bebé. Me ajudem, me informem ou dêem literatura a respeito. Algo que me ajude a minimizar o sofrimento dela, algo que possa conversar com o pai e fazê-lo entender que as coisas têm que ser feitas de acordo com a vontade dela por se muito pequenina ainda.
Grata, T
Pois é… Nós sabemos… Foi o Natal, não foi? As filhoses, o bolo-rei, o jantar dos pais e o almoço dos sogros, mais os jantares dos amigos e das empresas, as rabanadas… Ai, as rabanadas! E, depois, as calças custam a apertar, não é? Não há Natal que não nos desgrace! Entre gramas e quilos, os próximos meses vão ter de assistir à nossa guerra para apagar as consequências da gula!
Sabendo disso, na Oficina de Psicologia contamos com programas para o apoiarem na redução do que ficou a mais: pode escolher um apoio de técnicas de psicologia, hipnoterapia e nutricionismo mais suave, dedicado às gramas – o programa Miligrama – ou uma intervenção mais radical com a colocação virtual, sob hipnose profunda, de uma banda gástrica, que vai convencer o seu sub-consciente que, mesmo que queira comer esse petisco, o estômago não vai aceitar – o nosso programa Hipno-Banda Gástrica. Radical e inovador!
E eficaz! Começámos uma intervenção de Hipno-Banda Gástrica antes do Natal e, mesmo com as tentações da época, o cliente reduziu 14 quilos num mês e meio. Tentador? :=)
Visite a nossa página http://www.oficinadepsicologia.com/hipno_banda.htm, para conhecer todas as condições. E, entretanto, fique com algumas sugestões quanto a aspectos de intervenção psicológica que poderá começar já a implementar.
"Talvez o maior propósito de qualquer psicoterapia seja a de permitir a qualquer cliente encontrar a liberdade que existiu, existe e sempre existirá dentro dele. A liberdade de sentir as suas emoções, mesmo as mais avassaladoras, sem receios, sem medos, sem alarmes, sem temores, a liberdade de se entregar e ouvir o que o seu corpo lhe diz, a liberdade de desafiar os seus preconceitos, as suas crenças, as suas ideias feitas, as suas teorias sobre o mundo, os outros e ele próprio..."
António Norton "
Sei-te preso,
ao partilhares a tua dor.
Sinto-te aflito se não te vês
a regressar.
Oiço-te presente
porque já te estás a ajudar...
Vejo-te livre
quando já te consegues respeitar."
Nuno Mendes Duarte
Dia 23 de Janeiro - um mimo para si :=)
Porque diz muito sobre a psicoterapia...
Evolução
Fui rocha em tempo, e fui no mundo antigo
tronco ou ramo na incógnita floresta...
Onda, espumei, quebrando-me na aresta
Do granito, antiquíssimo inimigo...
Rugi, fera talvez, buscando abrigo
Na caverna que ensombra urze e giesta;
O, monstro primitivo, ergui a testa
No limoso paúl, glauco pascigo...
Hoje sou homem, e na sombra enorme
Vejo, a meus pés, a escada multiforme,
Que desce, em espirais, da imensidade...
Interrogo o infinito e às vezes choro...
Mas estendendo as mãos no vácuo, adoro
E aspiro unicamente à liberdade.
Antero de Quental, in "Sonetos"