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Vozes e Infidelidade

por oficinadepsicologia, em 11.03.11

Autor: Nuno Mendes Duarte

Psicólogo Clínico

 

 

Acha que consegue perceber se o seu parceiro a está a trair? E o senhor tem alguma ideia de como está a sua percepção no que toca à traição? Pois bem, vamos falar sobre tom de voz, ao que parece está tudo nos agudos e graves da voz. Notícias importantíssimas do mundo da ciência poderão ajudar-nos a perceber melhor do que queremos falar neste artigo! Um grupo de investigadores da Universidade de Macmaster no Canadá investigou pela primeira vez a ligação entre o tom de voz e a percepção de infidelidade e a sua relação com a escolha de parceiros que fazemos.

 

 

Segundo os autores “em termos de estratégia sexual, descobrimos que os homens e mulheres utilizam o tom de voz como um aviso sobre futuras traições. Assim, quanto mais atractiva a voz – tom agudo para mulheres e tom grave para homens – maiores as probabilidades de que ele ou ela possam ser traídos. O estudo indica que ao longo do nosso processo evolucionário aprendemos a evitar parceiros que nos possam trair. A relação complexa que se propõe neste estudo, entre tom de voz e infidelidade, tem na base uma proposta de explicação biológica. Segundo um dos consultores do estudo a razão pela qual o tom de voz influencia a percepção de traição é muito provavelmente devido à relação entre tom de voz, hormonas e infidelidade isto porque os altos níveis de testosterona nos homens produzem vozes mais graves e o aumento desta hormona está associada a comportamentos adúlteros. Também nas mulheres o que acontece é que o aumento dos níveis de estrogénio está associado com um aumento da probabilidade de traição. Este estudo parece reflectir que os indivíduos que, de alguma forma, têm consciência desta ligação usam-na na busca de um parceiro romântico.

 

Agora já sabe… a próxima vez que escolher um futuro parceiro, a sua ideia sobre se ele(a) a(o) poderá trair pode, nalguma medida, depender da forma como a voz lhe soar. A verdade é que também o tom de voz nos leva muitas vezes a ignorarmos os mais primários sinais evolutivos.

 

Parece residir aqui a piada que a vida tem… poderá existir incerteza na voz, mas quem resistirá à irredutível certeza que um beijo encerra?

 

publicado às 11:13

O mistério dos nossos sonhos

por oficinadepsicologia, em 10.03.11

Autora: Irina António

Psicóloga Clínica

 

 

Chega ao fim mais uma maratona diária e aproxima-se a noite, um momento de descanso. Momento em que o corpo pára e a intensidade das emoções começa a atingir seu volume superior. As emoções são matéria preciosa para criações do nosso “romancista” interno que sem censura fala dos medos, ilusões, projectos e desejos mais íntimos.

 

 

Do ponto de vista psicofisiológico, a exploração dos sonhos permite-nos levantar o pano do segredo da comunicação interna da nossa psique, um processo específico da recodificação da informação vinda do mundo interno e externo. Apesar das inúmeras pesquisas sobre a actividade cortico-frontal direita, sob o controle do sistema límbico (faz gestão das emoções e da memória) e hipotalâmico que marca o sonho, o nosso conhecimento sobre a mesma ainda é bastante escasso. As ferramentas de “investigação” psicoterapêutica oferecem outras perspectivas à exploração dos tesouros do nosso banco privado de memórias carregadas de emoção, uma vez que segundo vários investigadores as memórias não acompanhadas de emoção, ficam registadas nas fases do sono sem sonhos.

 

 

 

publicado às 11:44

O constante adiar - Bolsa Micro

por oficinadepsicologia, em 08.03.11

Autora: Helena Gomes

Psicóloga Clínica

 

 

Bolsa Micro

 

A conjuntura actual do nosso país traz consigo novas preocupações, ou a ampliação das já existentes. Os contratos precários, os recibos verdes, o desemprego, o aumento de taxas, o aumento dos bens alimentares, o aumento dos medicamentos, da gasolina, tudo aumenta. Deixamos de considerar um problema não ir de férias, ou não comprar aquela mala fantástica, pois pagar a renda da casa, as dívidas que se acumulam, as propinas da faculdade, é o essencial…

 

 

Aí aquela blusa fantástica que vi na loja vai ter de esperar até aos próximos saldos (se ainda houver), pois colocar comida na mesa é mais importante. Como queria ir ver aquele jogo com os meus amigos, mas este mês tenho o seguro do carro para pagar. Vivemos de cedências, cedemos nos sonhos que temos, nas relações pessoais e profissionais, cedemos naquilo que acreditamos ser possível e impossível, vivemos a vida a meio, pois vivê-la por inteiro é “caro”.

 

No meio deste caos e desta luta, quando nos podemos dar ao luxo de olharmos para o nosso interior, e para as nossas necessidades? Quando podemos parar para reflectir naquilo que somos e acima de tudo no que queremos ser? Claro que não vou poder ir ao cabeleireiro, a jantarada com os amigos vai ter de ser adiada, aquela dor de dente que me anda a matar, vai ter de ser curada com um analgésico. Mas este adiar, torna presente o stress a ansiedade, todos aqueles sentimentos negativos que nos fazem sentir menos, numa época de mais, mais contas, mais aumentos, mais taxas, mais, mais e mais… é um acumular de “Não posso”, “Depois”, “Para o ano”.

 

 

 

publicado às 17:40

Dia da Mulher: de nós para si!

por oficinadepsicologia, em 07.03.11

 

 

"Pessoas em geral são uma coisa, homens e mulheres - outra. Sou uma mulher e dentro de mim existe um homem. Forte, astuto, atrevido, extravagante e sedutor. Fiz esta curiosa descoberta quando estava a tirar o curso de psicoterapia numa das experiências em que depois de pintar a barba e meter um pepino nas calças entrei, por instante, no território masculino. Identificando-se com este lado secreto, tomei consciência que a minha força propulsora vinha daí, que a vontade de atirar-se às experiências e a capacidade de vibrar com novos contactos se alimentam da fonte masculina – pragmática e objectiva. E apesar do prazer no contacto com ela senti que me faltava qualquer coisa e só percebi o que era quando voltei a “vestir” a minha pele feminina. Senti a falta do meu lado feminino simples, despretensioso, redondo, cuidador e com capacidade de integrar todas as conquistas “caçadas” pelo meu “homem” interno. A vivência masculina trouxe uma luz de consciência mais viva à minha feminilidade, trouxe uma sensação de maior segurança nas escolhas que quero fazer quando me apresento perante o mundo e a mim mesma.

Gosto de partilhar esta experiência com os meus clientes e convido-os criar, romper os limites no processo de autodescobrimento através destas duas polaridades poderosas."

Irina António

 

 

 

publicado às 09:11

Amores (im)perfeitos

por oficinadepsicologia, em 06.03.11

Relações a dois que se possam definir como perfeitas, sem margem para optimização, dificilmente se encontram fora de um espaço que se contém em poucas semanas... Por isso, e inspirados pelos dois polvos de que lhe deixamos registo abaixo, na Oficina de Psicologia desenvolvemos um programa de reflexão e partilha de estratégias adequadas à melhoria das relações amorosas. Saiba tudo em Amores (im)perfeitos.

 

 

 

E, entretanto, verifique a temperatura da sua relação a dois: Teste da Temperatura do casal.

publicado às 14:22

Quem sou eu?

por oficinadepsicologia, em 05.03.11

Autora: Tânia da Cunha

Psicóloga Clínica

 

 

 

 

Existem algumas perguntas básicas sobre a natureza humana que as pessoas fazem a si próprias há milhares de anos: “Quem sou eu?” “Até que ponto me conheço a mim próprio?”.

 

Gostava de vos falar sobre o fenómeno do “dar-se conta” como facilitador das questões enunciadas. O dar-se conta é a capacidade que cada ser humano tem para perceber o que está a acontecer dentro de si mesmo e do mundo que o rodeia. Por outras palavras, a capacidade de compreender e entender aspectos de si mesmo e situações ou qualquer outra circunstancia ou acontecimento que aconteça no seu mundo.

Podemos distinguir três tipos de dar-se conta:

  • Dar-se conta de si mesmo ou do mundo interior.
  • Dar-se conta do mundo exterior.
  • Dar-se conta da zona intermédia ou zona da fantasia.

O dar-se conta de si mesmo abarca todos aqueles acontecimentos, sensações, sentimentos e emoções que estão a ocorrer no nosso mundo interno. Este nível permite aceder ao modo de sentir, à experiência pessoal e existência aqui e agora e são independentes de qualquer argumento e juízo por parte dos outros.

O dar-se conta do mundo exterior relaciona-se com o contacto sensorial, ou seja, perceber que tipo de contacto mantém em cada momento com os objectos e acontecimentos do mundo que nos rodeia.

A zona intermédia inclui toda a actividade mental mais além daquilo que acontece no presente. O nível da fantasia abarca o passado, o futuro, e compreende todas as actividades relacionadas com o pensar, adivinhar, imaginar, planificar, recordar o passado antecipar o futuro.

Experimente: diga a si próprio “agora eu dou-me conta de...” e finalize a frase com aquilo que se dá conta. Quando entramos em contacto com a nossa própria vivência podemos não estar de imediato a solucionar os problemas da vida, mas na grande maioria das vezes damo-nos conta dos nossos recursos internos para fazer face às dificuldades e adversidades que a vida impõe.

 

Falar de si

 

publicado às 21:15

Cursos e Profissões: encontrar um caminho

por oficinadepsicologia, em 03.03.11

Autora: Inês Afonso Marques

Psicóloga Clínica

 

 

9º ano de escolaridade. 2º Período. Medo. Ansiedade. Sensação de impotência. O motivo? Não são os testes, nem os exames de Português e Matemática. São as escolhas que terão de fazer até ao final do ano lectivo. É a consciencialização para o processo de tomada de decisão que, se ainda não se iniciou, terá de ocorrer com brevidade.

 

 

Vou continuar a estudar? Em que área? Um curso profissional ou um curso científico humanístico? Há mais opções? Mas eu nem sei se quero ir para a faculdade! E a escola? Já estava nesta desde o Jardim-de-Infância. Vou ter de ir para longe de casa? E os meus amigos? Como vai ser? O que é a Filosofia? E se eu me arrepender?


A maioria encara este processo de tomada de decisão como o mais importante que tiveram em mãos, até então. Assume que as decisões tomadas são irreversíveis.

 

Qualquer projecto, desde a sua concepção à sua implementação, desenvolve-se no tempo e reconfigura-se a cada momento. O projecto vocacional inscreve-se na construção de outro mais amplo, um projecto pessoal, de vida. Ele é exigido numa fase de desenvolvimento, a adolescência, que só por si levanta ao jovem tantas questões… Os movimentos de aproximação e afastamento em relação à família, a regulação das emoções, a pertença ao grupo e o desenvolvimento de uma identidade própria… Fazer (mais) uma escolha, tão importante dizem eles, no seio de um turbilhão de emoções, questões e complicações é uma tarefa que os jovens sentem como bastante árdua e ansiogénica.

 

Por tudo isto, num processo de Orientação Escolar e Vocacional, os jovens poderão encontrar apoio para que a caminhada seja feita de forma mais confiante, tomando consciência que têm nas suas mãos as ferramentas necessárias para superar o desafio.

Por um lado, terão oportunidade de se conhecerem melhor. (Re)descobrirão forças e fraquezas, gostos e interesses, capacidades e competências. Por outro lado, conhecerão oportunidades de formação e profissões. Terão a possibilidade de reflectir sobre o mapa que se vai construindo.

No final, com coragem e ponderação, as melhores decisões serão tomadas.

 

publicado às 08:52

A função do conflito

por oficinadepsicologia, em 02.03.11

Autora: Tânia da Cunha

Psicóloga Clínica

 

 

Frequentemente assiste-se a uma tendência de evitar o conflito independentemente do âmbito em que ele surge (familiar, trabalho, entre amigos ou mesmo numa relação amorosa).

 

Para muitas pessoas o conflito tem uma conotação negativa, mas na verdade o conflito não é bom nem mau sendo necessário resolvê-lo através da expressão e de um bom contacto.

A resolução do conflito pode passar pelo darmo-nos conta das nossas suposições e preconceitos e desta forma poderemos enfrentar divergências que podem parecer-nos arriscadas, mas que são repletas de vitalidade.

O conflito permite:

•      Descobrir o que há a fazer.

•      Descobrir onde estou e expressá-lo ao outro.

•      Encontrar uma solução nova que possa satisfazer as necessidades das duas partes.

É necessário:

•      Expressar claramente as diferenças.

•      Manter o contacto e a determinação de alcançar o melhor resultado possível.

•      Fortalecer o sistema e a sua awareness (dar-se conta), de forma a que possa emergir uma solução criativa.

Resolva os seus conflitos e seja feliz!

 

publicado às 18:53

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