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Este consultório da Oficina de Psicologia tem por objectivo apoiá-lo(a) nas suas questões sobre saúde mental, da forma mais directa possível. Coloque-nos as suas dúvidas e questões sobre aquilo que se passa consigo.
Autora: Fabiana Andrade
Psicóloga Clínica
Diariamente ouço relatos de clientes carregados de expressões tais como: “devia”, “é suposto”, “tenho de”, ou então, “sou fraco/a”, “sou medroso/a”, “sou incompetente”, “sou tímido/a” etc.
Quando começamos a “descascar a cebola”, ou seja, a explorar a origem de tais crenças, na maioria das vezes vamos encontrar uma quantidade de informação que foi absorvida sem ser digerida.
Desde pequenos que “papamos” uma quantidade enorme de informações e ideias sobre nós, sobre os outros e sobre o mundo. Estas informações nos são transmitidas pelos pais, pela família, pela sociedade, pela cultura, por tudo a nossa volta e contribuem para a nossa aprendizagem e para a construção da nossa própria identidade. No entanto, quando somos crianças, ainda não temos “dentes”, e por isso, “papamos” aquilo que nos é dado sem mastigar!
O perigo aqui é o facto de nem toda esta informação ser útil e positiva. Há uma parte que também é “engolida” e que é negativa e nos prejudica. Esta é a informação que traz ideias pessimistas, ideias que nos tornam mais rígidos e fechados e por consequência, têm um impacto negativo na auto-estima e na nossa forma de estar connosco e com o mundo.
Autor: Luis Gonçalves
Psicólogo Clínico
Dicas para não comprar impulsivamente
· Dê a si próprio recompensas sempre que não realizar compras por impulso. Quem sabe se um abraço apaixonado do seu companheiro não é tudo o que precisa?!
E-mail recebido
"Olá,
Deambulando e tentanto encontrar alguma resposta para o meu "problema" encontrei o vosso site, mas tenho já consciência que vou precisar de algo mais.
Tenho 34 anos. Elevada auto-estima. Rapariga sem complexos, formada, a trabalhar, casada e sem problemas de saúde.
Sempre tive variações de humor, mais ou menos perceptíveis a terceiros, mas sempre "saudáveis". A típica bi-polar, mais polar do que bi, mas nada que mereça grande reparo.
Aos 23 sofri um grande desgosto com a morte de um namorado num acidente de automóvel, que me fez passar por um luto terrível, na altura com a ajuda de SOCIAN, receitado por psiquiatras.
Entretanto fui mãe e tenho uma filhinha linda de 4 anos. A luz da minha vida.
Tive um pós parto meio complicado a nível profissional, com dissolução de sociedade e que na altura me fez ir abaixo. Não sei se recuperei.
Os pensamentos surgem-me há coisa de 1 ano, 2 no máximo e começaram a ser mesmo insuportáveis, porque não os consigo fazer passar, nem tão pouco livrar-me deles e sinto-me culpada. Têm ocupado a minha cabeça, qual visita chata, que aparece sem ser convidada e provoca estragos imensos.
Antes ocupavem só um bocadinho, e eu achava que era normal, depois começaram a ser bastante presentes, e até os sonhos ocuparam.
Então passo a explicar:
Eu passo o tempo a pensar na morte da minha filha. Já imaginei imensas situações, acidentes, afogamentos, coisas horríveis, o funeral, o velório, como seria se ela não estivesse, enfim todo um horror e uma panóplia de porcarias miseráveis que não entendo a origem nem o porquê de me acontecerem.
Ás tantas começo a achar que são premonições, entro em agonia, não consigo parar de pensar e é uma catadupa de filmes mórbidos... um pesadelo.
Preciso livrar-me disto, vocês poderão ajudar-me a perceber o que se passa comigo?
Obrigada.
V"
E-mail recebido
"Boa tarde.
Vi o vosso e-mail na página do Sapo Saúde, pois estava a tentar encontrar algo que me dissesse o que se passa comigo...
Muitas noites acordo várias vezes a pensar que está na hora de me levantar, às vezes até penso que estou atrasada. Olho para o relógio e faço para me levantar como se já fosse de manhã, não entendo que a hora que estou a ver no relógio não é a hora de acordar.
Costumo todas as noites colocar o despertador do telemóvel, com várias lembranças para despertar, mas mesmo assim, quando acordo de madrugada a pensar que tenho que me levantar agarro no telemóvel e ligo-o e nem penso que ele não despertou porque ainda não é hora de despertar.
Às vezes chego a levantar-me e já cheguei até a começar a vestir-me para me despachar para ir trabalhar.
Não percebo porque é que isto acontece comigo. E o mais estranho ainda é que olho para o relógio, vejo as horas, mas não as entendo. Sejam, 02:00, 03:00, 04:00 ou 05:00 eu olho para o relógio e penso que já são 08:00 (a hora que tenho que me levantar).
Isto acontece muitas vezes. Posso ir dormir cedo ou tarde, acontece de qualquer maneira. E às vezes várias noites seguidas, de modo a que passo o dia muito cansada.
Será algum tipo de stress? O que se passa comigo? E o que posso fazer para dormir bem?
Aguardo uma resposta.
Muito obrigada.
L"
E-mail recebido
"Boa noite,Dra
Sempre que faço este exame(citologia ginecologica ) sinto grandes dores,na última vez a médica nem conseguiu realizar o exame(mesmo eu tendo avisado com antecedencia deste panico que tenho do procedimento).
Já tentei calmantes,não resultou.Mudei de médica,também não resultou.Já me fizeram este exame com espéculo para virgens mas ainda assim sinto as dores.
O que fazer para tolerar a dor?Tive um trauma na minha vida pessoal,será que isso está a influenciar?
Ajude-me Dra porque estou desesperada...
Antecipadamente grata.
A."
Autora: Ana Crespim
Psicóloga Clínica
- Por último, mas não menos importante - acima de tudo, divirta-se e faça o que realmente quer!
Autora: Catarina Mexia
Psicóloga Clínica; Terapeuta familiar
Um casal, formal ou não, existe se:
Estes são elementos obrigatórios a verificar numa consulta e especialmente a verificar pelos elementos da relação.
Se estes elementos estão presentes então podemos admitir que existem intimidade, cumplicidade, amizade, entre outros elementos que facilitam e tornam interessante a relação.
A questão da intimidade é uma das mais complicadas, especialmente com o avançar da relação.
Se no inicio os gestos de carinho e de romantismo eram tão abundantes que não criavam problemas, com o passar do tempo e com as diferenças de disponibilidade para o sexo, começa-se a regatear os gestos de intimidade com medo que conduzam a uma relação sexual.
A intimidade é fundamental para alimentar uma relação.
Quando estiverem numa fila de cinema, á espera na fila do supermercado, caminhando na beira da praia, seria bom dar a mão, por um braço por cima do ombro, etc.
Autora: Fátima Ferro
Psicóloga Clínica
Queres vir comigo por este passeio das curvas da amizade onde ambos aprendemos a construir novos mundos repletos de coisas doces e coloridas como arco-íris de inverno que alegram manhãs de sol e chuva?
Ao longo do tempo muitas das teorias do desenvolvimento social e de personalidade das crianças enfatizavam as relações pais-crianças, considerando a relação entre pares um pouco menos significativa. Mas isso mudou e ficou claro que os relacionamentos com os iguais desempenham um papel único e significativo.
As crianças ao longo do processo desenvolvimental vão demonstrando interesse pelos outros. Os bebés aos 6 meses de idade, quando colocados juntos, tocam-se, puxam os cabelos uns dos outros, agarram as suas roupas, etc. Aos 10 meses esses comportamentos tornam-se mais evidentes apesar de preferirem os brinquedos, brincam umas com as outras se não houver brinquedos disponíveis.
Dos 14 aos 18 meses já se vêem 2 ou mais crianças a brincarem juntas, cooperando, mas muitas vezes a brincarem em paralelo (brincam ao lado uma da outra, por vezes imitam-se mas não há grande interacção). Olham umas para as outras, sorriem, e fazem barulhos.
Aos 18 meses, aproximadamente, começam a brincar de uma forma mais organizada e coordenada demonstrando por vezes alguns sinais de interesse pela troca.
Por volta dos 3 ou 4 anos, aí sim, as crianças preferem brincar em conjunto em vez de o fazerem sozinhas. A amizade começa a ser compreendida como envolvendo o partilhar dos brinquedos ou das coisas dos outros.
Autora: Irina António
Psicóloga Clínica
Vivemos numa era em que a multiplicação diária de contactos, segundo investigadores na área social, nos deixa sobre aviso de ameaça à qualidade das relações que desenvolvemos em diversas esferas da vida. Todos estamos ligados a uma rede social que no caso de muitos de nós conta com centenas e centenas de pessoas. Paradoxalmente, este movimento desenvolve-se num contexto em que os valores individuais de auto-realização e de satisfação das necessidades pessoais estão, como nunca, solidamente instalados no espaço relacional.
Hoje sentimos o mundo à nossa volta mais próximo e acessível e, ao mesmo tempo, mais inconsistente e instável. Já não nos choca ideia que não podemos tomar por garantido o casamento, nem o lugar de trabalho e na procura de segurança atrevemo-nos a mergulhar numa rede infinita de relações. Pertencemos a uma vasta rede social e temos em troca uma possibilidade de satisfazer todas as necessidades básicas: emocionais, profissionais, relacionais: Amigos de infância, colegas de trabalho, médico de família, colega do ginásio, mãe do amigo do filho, colegas de trabalho do marido, senhor do café onde tomamos o pequeno almoço, são pessoas com quem muitas vezes tornamos bastante próximos…