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Este consultório da Oficina de Psicologia tem por objectivo apoiá-lo(a) nas suas questões sobre saúde mental, da forma mais directa possível. Coloque-nos as suas dúvidas e questões sobre aquilo que se passa consigo.
Autora: Madalena Lobo
Psicóloga Clínica
Numa investigação patrocinada pelo National Cancer Institute, EUA, e liderada pela Universidade do Texas, tornada pública em Abril deste ano, verificou-se que níveis elevados das designadas hormonas do stress – adrenalina e noradrenalina -, em pacientes afectadas por cancro nos ovários, criam condições facilitadas para que as células malignas saiam em segurança do tumor primário. Sendo este um passo para as metástases e consequente progressão das situações cancerosas, é de prever que uma boa regulação do stress em doentes oncológicos possa ser uma ajuda para o aumento da expectativa de vida.
De salientar que, neste estudo, foi avaliada a presença de depressão, assumida como um indicador de stress, por isso, quando falamos na regulação de stress neste contexto, estamos a referir-nos a perturbações do humor (como a depressão) e da ansiedade, que devem ser acompanhadas de perto em doentes oncológicos, num esforço pluridisciplinar, para melhorar a qualidade e expectativa de vida.
Sendo certo que a própria doença oncológica, em todas as suas vertentes, do diagnóstico, passando pelos tratamentos, a incerteza quanto aos seus resultados e, naturalmente, os grandes temas de vida que se colocam à maioria destes doentes, é, em si própria um precipitante de tristeza e stress, todo e qualquer doente oncológico deveria ter o apoio de um psicoterapeuta especializado neste campo. Se for esse o seu caso ou o de um familiar, não hesite em aconselhar-se com o seu médico, colocando-lhe o tema frontalmente!