Oficina de Psicologia

Mas para sermos felizes temos de pagar um preço. A felicidade custa... Raramente é algo simples, perfeito, sem luta...

Os contos de fadas são, de certo modo, uma boa analogia para o que é preciso lutar para chegar ao “...e viveram felizes para sempre...” embora esta frase com este “sempre”seja altamente polémica!

Para seguirmos o nosso caminho que escolhemos percorrer temos muitas vezes que desiludir e que magoar pessoas queridas que surgem na nossa vida, pais,filhos, amigos, irmãos, familiares, namorados, maridos, mulheres, chefes...

A nossa Felicidade Existencial depende das escolhas que fazemos e cada escolha que é feita tem o peso da nossa responsabilidade, fecha algumas portas e abre outras. Existem escolhas que são fáceis de serem feitas, aparentemente não existem bloqueios perante tal, mas existem outras escolhas que podem provocar elevados dilemas existenciais.

Algumas destas escolhas implicam ter de dizer NÂO! Esta palavra tem um poder extraodinário, capaz de mudar o rumo das nossas vidas e outras implicam dizer SIM! Palavra que naturalmente tem igual poder

Comecemos pelo NÃO...

Muitas vezes os nossos pais traçam um futuro para nós, sonham com uma determinada carreira, um determinado perfil psicológico, uma determinada esposa ou esposo para nós, mas muitas vezes os seus sonhos e os seus projectos e as suas ambições não coicindem com os nossos. E só podemos ser felizes existencialmente se tivermos a coragem existencial de dizer NÃO, de negar o futuro traçado pelos nossos pais, se tivermos a convicção profunda que os vamos magoar, mas que a nossa felicidade tem esse preço...

A mesma ideia se aplica aos nossos amigos... Muitas vezes crescemos dentro de um determinado contexto social e vamos criando aí a nossa identidade social, depois temos outras vivências, outras experiências, outros contactos e sentimos que já não falamos aquela “lingua” e então se quisermos ser felizes existencialmente, teremos de dizer NÃO aquele grupo de pessoas, e novamente de as desiludir. Esse é o preço a pagar pela nossa congruência interior.

Quando sentimos que o nosso casamento terminou, que a nossa vida não passa mais pela sua partilha com esta ou aquela pessoa, se quisermos ser felizes existencialmente então teremos que dizer NÃO! Mesmo que implique destroçar o coração da outra pessoa, mesmo que implique que os filhos passem a ter os pais separados. Vai implicar muito sofrimento, mas esse é o preço a pagar!

Se não estivermos dispostos a pagar este preço então surgirão momentos de infelicidade que poderão ganhar cada vez maior premência e continuidade até ao ponto de se poderem tornar o “leitmotiv” da nossa vida. Se escolhermos calar a nossa voz interior que nos diz que não somos felizes existencialmente a percorrer este caminho, então teremos como companheiros estados de ansiedade, estados de depressão e por vezes até ideias de suicidio – Este é o preço da Infelicidade!

Passemos ao SIM...

Durante a nossa vida surgirão sempre vários desafios, vários projectos, vários caminhos que a própria vida nos convida a escolher. Cada um de nós tem várias vozes dentro de si, umas que dizem que SIM, que aceitam e querem aceitar os desafios e outras que dizem que NÃO, que têm medo e fogem dos desafios... Cada segundo da nossa vida é feito de escolhas. Essa é a condição da nossa existência. Escolher é a condição da nossa existência.Escolher o que digo, a quem digo, como digo, quando digo, escolher, escolher, escolher...

Se formos honestos interiormente e quisermos aceitar os desafios que a vida nos coloca então vamos escolher o SIM. Em caso contrário, então voltaremos a pagar o preço da Infelicidade.

Claro que o Sim e que o Não andam de mãos dadas. Dizer que não a algo implica dizer que sim a outro algo. Assim é.

O importante é ter consciência que a Felicidade Existencial existe e tem um preço a pagar!