por oficinadepsicologia, em 19.05.11
Autora: Joana Florindo
Psicóloga Clínica
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- Siga um padrão alimentar regular. Isto é, procure comer 3 refeições principais e 3 refeições secundárias (lanches) por dia, e não deixe passar mais de 3 horas entre elas; Comer regularmente, sem que existam grandes intervalos entre as ingestões, permite que não sejam sentidas “fomes intensas”, que facilmente podem desencadear excessos alimentares;
- Se algo não correr bem, não perca o ritmo. Isto é, se existir algum excesso alimentar ou passar por cima de alguma refeição principal ou secundária, é crucial que volte ao padrão alimentar regular logo de seguida, evitando a perpetuação do descontrolo ou o surgimento de “fomes intensas”;
- Planeie com antecedência as suas refeições. Se por exemplo, devido a questões de trabalho que não podem ser alteradas, sabe que o seu almoço no dia seguinte terá de ocorrer mais tarde, digamos que às 15h00, procure levar consigo alguma comida de casa e fazer duas refeições secundárias durante o período da manhã;
- Não tenha alimentos “proibidos”. Há alimentos que devem ser ingeridos de forma moderada e não proibidos. As proibições tendem a desenvolver tentações irresistíveis, que terminam habitualmente em ingestões excessivas, e consequentemente em sentimentos de culpa e desilusão. Modere a ingestão destes alimentos, livre-se de culpas e sinta o prazer de poder comê-los comedidamente;
- Não siga dietas rígidas. Manter uma alimentação saudável, sem restrições extremas, é a chave para evitar excessos alimentares e consequentes ganhos de peso. Quanto mais proibições tiver, e quanto mais rígidas forem, mais rapidamente perceberá que não as conseguirá cumprir, e tenderá a desencadear ingestões excessivas com maior regularidade. Para as evitar, siga uma alimentação variada e saudável;
- Adie ao máximo o impulso de comer quando percebe que ele é motivado por sentimentos como a ansiedade ou a tristeza. Ao sentir os primeiros sinais, procure fazer algo que lhe dê prazer e que seja incompatível com o acto de comer. Tenha consigo uma lista de actividades e ponha-as em prática assim que sentir os primeiros sinais de risco. Dar um passeio, pintar um quadro, tirar fotografias ou ligar a um familiar ou amigo. Tente encontrar o que mais se adequa a si e que seja possível concretizar nos mais diversos contextos. Verá que a urgência de comer diminui com o passar do tempo;
- Cuide de si e relaxe, diariamente. A pratica de exercícios de relaxamento contribui não só para a redução da ansiedade e do stress diário, como é uma óptima ajuda no controlo dos impulsos de ingestão;
- Procure ajuda especializada. Se este problema lhe parece impossível de gerir, ou tratar-se mesmo de uma perturbação do comportamento alimentar, não hesite em procurar ajuda especializada. Qualquer dica/sugestão acima apresentada, não se pode assumir como uma resposta adequada a um problema de saúde dessa dimensão, que requer uma intervenção ampla e complexa, e que precisa de ser conduzida por uma equipa multidisciplinar especializada.