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Este consultório da Oficina de Psicologia tem por objectivo apoiá-lo(a) nas suas questões sobre saúde mental, da forma mais directa possível. Coloque-nos as suas dúvidas e questões sobre aquilo que se passa consigo.
Autora: Isabel Policarpo
Psicóloga Clínica
Embora o tratamento com anti-depressivos deva ter uma duração de pelo menos seis meses após a remissão dos sintomas, diversos estudos têm evidenciado que uma percentagem elevada de pacientes – até 38%, tratados com anti-depressivos do grupo dos SSRI, actualmente os mais prescritos (paroxetina, fluoxetina, fluvoxamina, citalopram, escitalopram, sertralina, e doses baixas de venlafaxina) apenas adquire uma embalagem do medicamento na farmácia, donde se conclui que muitos pacientes descontinuam o tratamento, muito antes da duração mínima recomendada.
Que razões podem estar associadas a esta não-aceitação? Haverá algum perfil de paciente e/ou algumas características associadas à mesma?
Um estudo levado a cabo recentemente revelou que a adesão à medicação não está relacionada com a escolha do fármaco, dado não se registarem diferenças significativas entre os que aderiram à terapêutica e os que não aderiram, em função do tipo de SSRI prescrito. Igualmente não se verificaram diferenças no que respeita ao número de pacientes que reportaram um ou mais efeitos adversos, entre os que aderiram e os que não aderiram à terapêutica, embora quem descontinuou a medicação tenha reportado muitos mais efeitos secundários.
Autor: Francisco de Soure
Psicólogo Clínico
Quando falamos em anti-depressivos falamos em um dos fármacos mais frequentemente prescritos no nosso país. O seu uso tem-se tornado recorrente e cada vez mais abundante. Seria, sem dúvida, interessante verificar em quantos lares portugueses se pode encontrar, por exemplo, uma embalagem de fluoxetina. Provavelmente, numa larga percentagem.
Uma das temáticas em torno dos anti-depressivos que mais polémica tem gerado ao longo dos anos prende-se com os seus efeitos secundários. Qual a sua taxa de presença entre os utentes de cuidados de saúde mental? Qual a real intensidade? Quais os riscos associados a eles? Todas estas questões estão certamente presentes na mente dos médicos ao prescrever, assim como certamente na lista de preocupações dos utentes a quem lhes são receitados estes medicamentos.