Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Este consultório da Oficina de Psicologia tem por objectivo apoiá-lo(a) nas suas questões sobre saúde mental, da forma mais directa possível. Coloque-nos as suas dúvidas e questões sobre aquilo que se passa consigo.
Autora: Joana Florindo
Psicóloga Clínica
À imagem do código genético ou impressão digital, a imagem corporal que cada um apresenta, é única, e no seu todo intransmissível. Ela resulta de um cruzamento de inumeráveis hipóteses, de características variadas, e assume-se em nós como um cartão de identidade para a vida.
A altura, o peso, a forma, a cor do cabelo, dos olhos e da pele, a grossura dos lábios, o tamanho das orelhas, das mãos, dos dedos, das pernas ou dos braços, são particularidades, que no seu conjunto, arquitectam um todo que dita como nos relacionamos connosco, com os outros e com o mundo. Mas, mais do que aquilo que expomos aos outros, mais do que o corpo que mostramos, a imagem corporal diz respeito à experiência interior que cada um tem com o seu próprio corpo. Abraçando percepções, crenças, pensamentos, sentimentos e comportamentos, sobre essa mesma experiência.
Autora: Ana Crespim
Psicóloga Clínica
Até que ponto é que nos conhecemos bem? Parece-lhe ridícula a pergunta? Talvez sim… ou talvez não. Será que somos assim tão conhecedores de nós próprios?
A tendência é pensarmos que ninguém nos conhece melhor do que nós, embora por vezes nos saiam “boca a fora” frases do género: “Ele (a) conhece-me melhor do que eu mesmo (a)!”. Pois é, parece que esta frase até faz algum sentido.
Simine Vazirre, professora assistente na Universidade de Washington, descobriu que somos mais perspicazes a identificar os nossos estados internos, como a ansiedade, por exemplo, enquanto as pessoas com quem convivemos são mais perspicazes na identificação das nossas capacidades intelectuais, como é o caso da inteligência e da criatividade. Surpreso? Então e se lhe dizer que mesmo os desconhecidos, com quem nos cruzamos, são tão aptos no reconhecimento das nossas características de extroversão como os nossos amigos?
Se pararmos para pensar nisto, até faz sentido. Não admira que sejamos peritos em identificar os nossos estados de ansiedade. Pudera! Somos nós que os sentimos (e, por vezes, de que maneira!). Mas, por outro lado, podemos sempre “mascará-los” e adoptar comportamentos que não os deixam transparecer para fora e, logo, para os outros. Já em relação à inteligência e à criatividade, bem, podemos tentar enganar, mas é um bocado difícil.
Autora: Ana Crespim
Psicóloga Clínica
Todos temos espelhos em casa, certo? Grandes, pequenos, compridos, curtos, uns que aumentam, outros que diminuem, etc., etc., etc. Quem não se vê ao espelho pelo menos uma vez por dia? E quem não sente aquela vontade de dar uma olhadela sempre que passa por um? Os espelhos fazem parte da nossa vida e dão-nos a noção de como estamos. Será? Quem lhe garante a si que a imagem que vê reflectida no espelho corresponde à realidade? Ou à imagem percepcionada pelos outros? Nunca pensou nisso, em questionar o seu espelho? É verdade que os nossos comuns espelhos domésticos não têm o poder do da Branca de Neve, e que provavelmente não lhe vão responder. Mas não custa nada tentar.