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Este consultório da Oficina de Psicologia tem por objectivo apoiá-lo(a) nas suas questões sobre saúde mental, da forma mais directa possível. Coloque-nos as suas dúvidas e questões sobre aquilo que se passa consigo.
Autora: Lúcia Bragança Paulino
Psicóloga Clínica
Antes de um bebé aprender a falar, ele ou ela baseiam-se essencialmente em sinais não-verbais e expressões faciais para comunicar.
Os bebés também espelham esses sinais/pistas, e ao fazê-lo descobrem as emoções que estão associadas a estas pistas.
Num estudo recente publicado no Journal of Basic and Applied Social Psychology, Investigadores da Universidade de Wisconsin avaliaram 100 crianças e descobriram que rapazes de 6 e 7 anos que usaram intensamente a chucha eram piores a imitar emoções emitidas por rostos num vídeo.
Também foram entrevistados 600 estudantes universitários e descobriu-se que os jovens masculinos em idade universitária cujos pais relataram que tinham utilizado chupetas, obtiveram as menores pontuações em testes medindo a empatia bem como na capacidade de avaliar o humor dos outros.
Para as raparigas e jovens mulheres, os pesquisadores descobriram que não existiam diferenças significativas na maturidade emocional no uso da chupeta.
No entanto outros estudos expressam que as mulheres tendem a ser mais precisas tanto a expressar como a ler pistas emocionais. Não se sabe exatamente como este processo ocorre mas uma das razões pode ser que os pais no geral incentivam mais as raparigas a ler as emoções.
Uma vez que dos rapazes não se espera uma resposta tão emocional como a das raparigas, os pais poderão não compensar o uso da chupeta ajudando-os a promover o desenvolvimento emocional de outras formas.
E o seu filho, usa chucha?
http://www.tandfonline.com/doi/pdf/10.1080/01973533.2012.712019