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Ingestão compulsiva

por oficinadepsicologia, em 20.03.11

Autora: Joana Florindo

Psicóloga Clínica

 

 

Joana Florindo

Será possível alguém dizer que nunca comeu em demasia? Será possível alguém dizer que nunca se excedeu e abusou ferozmente daquele tentador preparado, bolo, pudim, chocolate ou gelado? Raros serão aqueles que vão responder afirmativamente a estas questões.

 

Aliás, se pensar nelas durante breves instantes, naturalmente se recorda daqueles deliciosos almoços em família, tão bem preparados pela avó e capazes de reunir de forma entusiasta todos os familiares em seu redor, ou daqueles demorados jantares de amigos, com deliciosas e tentadoras iguarias, dispostas sobre a mesa como uma arrebatadora obra de arte, ou talvez ainda, de um apetitoso e abundante banquete de festa de aniversário, casamento ou baptizado.

 

Seguramente que em alguma destas ocasiões, senão mesmo em todas, se recorda de ter cometido um ou outro excesso, de ter abusado de um ou outro alimento, tendo até por vezes comido para lá do exagero, ao ponto de sentir enfartada e indisposta. Talvez até consiga contar pelo número de dedos, as vezes em que isso lhe aconteceu, mas nem todas as pessoas o conseguem fazer. Há algumas que experimentam esse exagero com tamanha frequência, que já há muito perderam a conta aos dedos, e passaram a integrar esse comportamento excessivo no seu dia-a-dia. 

 

Quando toda uma vivência diária é ditada por estes comportamentos, podemos estar perante um problema alimentar designado de Ingestão Compulsiva, no qual é comum estarem presentes:

- Pensamentos constantes e intrusivos acerca de comida e/ou comer;
- Sentimentos de vergonha, de poder ser observada nessas ingestões compulsivas;
- Isolamento na tentativa de esconder essas ingestões;
- Perda de controlo e inevitável comer excessivo;
- Mal-estar e cansaço físicos;
- Tendência para o aumento de peso;
- Baixa auto-estima;
- Culpabilização e sentimentos negativos face a si mesma;
- Isolamento social;
- Reduzida esperança na possibilidade de mudança;

 

 

 

publicado às 13:16

Ingestão compulsiva

por oficinadepsicologia, em 15.01.10

Joana Florindo

Psicóloga Clínica

 

 

Comida, comida, comida... Preciso de comer, preciso de comer mais!!! Posso comer os cereais, as bolachas, os pães e um pacote de batatas fritas também. Estou a sempre a falhar! Não quero saber se agora vou falhar outra vez. Acabei por comer também os restos do bolo de chocolate que tinha no frigorífico... Sinto-me tão cheia e mal disposta. Estou tão cansada que nem me consigo mexer. Porque é que voltei a fazer isto?... Não devo gostar de mim. Não, não posso gostar mesmo. Não tenho amor-próprio. Aliás sinto repulsa por mim e pelo que acabei de fazer! Estou tão, tão triste...

 

Esta é a típica descrição de um episódio de ingestão compulsiva. Ele caracteriza-se pela ingestão de uma quantidade excessiva de alimentos com uma sensação associada de perda de controlo, que só termina quando fortes dores de estômago e um profundo mal estar físico se instalam. Sentimentos de intensa tristeza, culpa, revolta e até mesmo repugnância por si e pelo que acabou de fazer, surgem por fim. E embora cheia de comida, a sensação é a de um enorme vazio interior.

 

publicado às 08:57


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