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Não diga "sim" quando quer dizer "não"

por oficinadepsicologia, em 18.03.12

Autora: Catarina de Castro Lopes

Psicóloga Clínica

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Catarina de Castro Lopes

“Eu não concordo com este projecto. Eu quero dizer que não o vou fazer mas quando tenho oportunidade de falar com o meu chefe há qualquer coisa que me bloqueia. Não consigo. Já tentei várias vezes.”

 

Identifica-se com este testemunho? Tem dificuldade em dizer “não”? Aceita os pedidos que lhe fazem mesmo que não concorde com eles? Aceita trabalho que já não tem capacidade para realizar? É difícil para si recusar convites? Os seus “sims” têm repercussões negativas na sua vida pessoal e profissional?

 

 

Ter medo de dizer “não” é relativamente comum pois em algumas circunstâncias sabemos que as consequências desse “não” podem suscitar reacções desagradáveis. Para algumas pessoas o “não” é sentido como uma agressão ao outro e para evitar conflitos preferem dizer “sim” mas será que não vão entrar em conflito consigo mesmas? Aceitam tudo, mesmo que não concordem, até que de repente, por impulso têm uma reacção explosiva o que pode levar a consequências imprevisíveis. Isto acontece porque na hora de dizer “não” fantasiam varias reacções negativas de quem vai receber a recusa. Sentem medo do desagrado que podem causar e antecipam a culpa, rejeição, abandono e angustia. São exactamente este tipo de pensamentos que enfraquecem a capacidade de dizer “não”.

Recusar ou negar algo de uma forma serena, clara, justificada e coerente facilita que o interlocutor perceba a sua posição.

 

Vejamos, numa situação profissional, por exemplo, uma pessoa que tem dificuldade em dizer “não”  pode acumular tarefas, aceitando tudo o que lhe propõem mas por não conseguir cumprir os prazos acaba por desiludir o seu chefe. Aceitou a tarefa por medo de ser acusado ser mau profissional ou desiludir o seu superior mas acabou por acontecer precisamente o temido. Assim, muitas vezes surge a sensação de injustiça “Eu dei tanto de mim esforcei-me tanto e não me valorizam”. Pois é, parece que não é vantajoso aceitar mais do que as nossas possibilidades ou mesmo ir contra valores e crenças nossas para agradar os outros.

 

Numa época de crise financeira estas questões podem agravar-se uma vez que existe uma tendência por parte das empresas em reduzir o numero de empregados e de cargos, logo o trabalho será distribuído por menos funcionários. Por outro lado, está mais presente nas pessoas a possibilidade de ser despedido o que agudiza o medo.

 

Se bloqueia na hora de dizer “não” a alguém, tente perceber que pensamentos e emoções surgem e que o impedem de expressar aquilo que quer. Não deixe arrastar a situação por mais tempo. Um dia “a bomba” rebenta e as consequências podem ser bastantes piores.

Procure ajuda de terapia para o ajudar a perceber a origem e as causas desses bloqueios e treinar comportamento assertivo.

publicado às 13:19

Este Natal abandone a fantasia da perfeição

por oficinadepsicologia, em 12.12.11

Autora: Catarina Castro Lopes

Psicóloga Clínica

Oficina de Psicologia

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Catarina de Castro Lopes

Andamos de um lado para o outro em compras extenuantes, à procura do melhor presente e em preparativos para o Natal. O presépio, a árvore de Natal, a decoração da casa, as refeições, as roupas para estrear... Tudo tem que estar perfeito e proporcionar uma óptima festa para todos. Esta azáfama deixa-nos muitas vezes mal-humorados e irritados pois vamos até às ultimas consequências físicas, monetárias e emocionais, sentindo que muitas vezes o nosso esforço e empenho não é reconhecido pelos outros (familiares e amigos), podendo despoletar sentimentos de frustração e ineficácia.

 

Tal é o stress que em vez de aproveitarmos o momento para nos divertirmos, passamos o tempo todo preocupados com o que ainda não fizemos o que provoca uma ansiedade imensa. Estaremos nós a viver o Natal? Ou a viver as nossas preocupações?

 

Este Natal aproveite o momento! Desfrute da alegria de simplesmente estar junto da sua família e amigos e deixe o stress de lado.

publicado às 14:17

Intervenção psicológica e tratamentos dentários

por oficinadepsicologia, em 23.11.11
Catarina de Castro

Catarina de Castro

Psicóloga Clínica

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Pode parecer estranho a associação destas duas disciplinas. Na realidade em Portugal não costuma existir esta articulação, o que pode ser explicado pela falta de conhecimento tanto por parte dos médicos e profissionais de saúde oral como por parte da população geral. O estudo de McGoldrick et al (2001) demonstra que existe desconhecimento de como a psicologia pode ajudar pessoas que têm medo de ir ao dentista.

Numa amostra de 115 pessoas que apresentavam medo e ansiedade relativamente a tratamentos dentários, a 113 foram prescritas pelos médicos dentistas susbtancias farmacologicas e a 2 deles foi aconselhado terapia psicológica (com resultados positivos). Verificou-se que numa segunda fase do tratamento dentário e após conhecimento do sucesso na terapia destas duas pessoas, 29% dos 113 optaram por intervenção psicológica.

 

Dentistas desconhecem terapias psicológicas

Este estudo demonstra ainda que a maioria dos dentistas não estão informados que esta fobia ou ansiedade pode ser eliminada em poucas sessões com recurso à psicologia, e que desta forma as pessoas poderão evitar todos os efeitos secundários dos medicamentos, sedação e anestesia geral. Os médicos dentistas recorrem a maioria das vezes a fármacos porque desconhecem que a psicologia tem várias terapias disponiveis.

 

 

publicado às 11:24


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