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Regresso às aulas sem stress

por oficinadepsicologia, em 22.10.11

Autora: Inês Afonso Marques

Psicóloga Clínica

www.oficinadepsicologia.com

 

Inês Afonso Marques

A “escola dos crescidos” (leia-se 1º ciclo), em contraste com a “escolinha” (leia-se jardim de infância) é um local repleto de desafios para as crianças. É ali que as crianças estabelecem relações com os pares, de forma mais autónoma, “experimentam” a sua identidade e são expostas a uma variedade de novas pessoas, tradições e rotinas. É aqui que se começa a definir a relação da criança com a escola, contexto ao qual dedicará várias horas e energia ao longo dos próximos anos. Este novo contexto, paralelamente com a pressão para obterem bons resultados escolares, pode ser bastante stressante para as crianças. A pressão desmesurada em relação à escola pode levar a sentimentos negativos intensos que podem conduzir à depressão, à ansiedade e a problemas comportamentais. Ajudar a criança a compreender e a lidar com os sentimentos stressantes é fundamental para a promoção do seu bem-estar e para o desenvolvimento da sua capacidade de obter sucesso na escola e na sociedade.

 

Todos nós, do mundo dos crescidos, sabemos como reagimos mal ao stress constante. Porque achamos que as crianças conseguem reagir de forma distinta da nossa? Toda a pressão imposta às crianças não resulta em melhores desempenhos ou melhores notas nos testes. Pelo contrário, em muitos casos, conduz a sintomas de ansiedade e depressão e a uma ampla sensação de tristeza.

Boas notícias… O cenário não tem de, necessariamente, ser tão cinzento! Há algumas estratégias que pode adoptar para ajudar os seus filhos a gerir a pressão e aliviar as respostas de stress.


 

publicado às 09:30

Adaptação à escola

por oficinadepsicologia, em 11.10.11

E-mail recebido          

 

"Bom dia.

  

Gostaria de pedir a Vossa opinião em relação ao comportamento do meu filho, após a entrada na Infantil.

 

 Meu filho tem 3 anos e esteve sempre em casa comigo. Na semana passada começou a frequentar a infantil e não tem corrido nada bem. A caminho da escola, conversamos e ele diz todo o tempo que não gosta do Colégio. Eu digo que ele já é crescido e todos os meninos crescidos vão para o Colégio para fazer amigos, brincar e aprender a fazer coisas divertidas. Prometo-lhe que vou lá estar até que a professora vá para a sala com eles e que nessa altura ele terá que dar um beijinho e seguir para a sala com os colegas.  Com alguma relutância e com um ar triste, mas sem chorar, ele cumpre o prometido e vai para a sala de aula.  Quando vou buscá-lo, abraça-me e chora por um longo período e as auxiliares informam-me  que ele chora imenso na hora do almoço, vomita e na hora do lanche recusa-se a provar tudo que é novo.

 

Tudo o que relatei até agora, parece-me "normal" na fase de adaptação de qualquer criança, sobretudo uma criança que esteve 3 anos em casa com a mãe. O que me preocupa é o facto de o meu filho ter pesadelos todas as noites, com crises de choro e enquanto dorme diz: "Mamã, mamã, quero a minha mamã".  Não consigo acalmá-lo, falo com ele, digo que estou ali, pego-o ao colo, mas ele não reage, continua aos prantos, a chamar por mim. As crises de choro têm sido cada dia mais intensas e até mesmo no fim de semana isso ocorreu.

 

Penso que falhei quando coloquei o meu filho desde o primeiro dia de escola, durante o horário integral (das 10h às 16h), mas neste momento sinto que estarei agindo de forma errada, se diminuir o seu tempo no infantário.

 

Estou completamente perdida e não sei o que fazer.  Ficarei extremamente agradecida se puderem me dar alguma ajuda.

 

 

 

Os meus melhores cumprimentos,

JC"      

 

 

 

 

publicado às 15:50

Separação

por oficinadepsicologia, em 08.09.11

E-mail recebido

 

"Gostaria apenas que alguém me desse um Conselho. É a 1ª vez que eu e meu marido vamos sair 2 dias sem os nossos filhos.

Não sei bem como lhe hei-de dizer pois eles vão querer ir também. A minha filha só consegue adormecer com o pai. Na 1ª noite acho que ainda dá para arranjar a desculpa que fomos buscá-los mas que estavam a dormir, e na 2ª? É mais complicado.

Por outro lado não sei se lhes devo mentir ou dizer a verdade mesmo que fiquem a chorar. Tenho muito medo que fiquem com medo e com algum trauma.

Como devo fazer?

 

Grata pela atenção

 

 

EC"

 

 

 



publicado às 20:02

Medo e autonomia

por oficinadepsicologia, em 06.09.11

E-mail recebido

 

"Boa tarde,

Tive conhecimento do vosso site através da minha irmã, e como tem conhecimento da situação que me preocupa, aconselhou-me a pedir ajuda e aqui estou eu ...

Tenho 41 anos, sou casada e temos um filho com 12 (faz 13 a 22 Set) e ele é o motivo da preocupação, é uma criança, penso que mais um jovem, sociável, um aluno razoável, poderia ser melhor mas é muito preguiçoso (o que nestas idades penso que todos são um bocadinho), de um modo geral acho que não me posso queixar, é um excelente filho ...
Mas, o problema é que existem algumas situações que se têm vindo a arrastar ao longo destes anos e que eu não acho que seja saudável para ele (nem para nós pais) continuar a crescer assim:
- tem uma "dependência psicológica" de mim (mãe) que não acho saudável, por exemplo, esteve de férias com a tia, durante uma semana e para além de ligar uma série de vezes durante o dia para saber se estava tudo bem, enviava uma série de msn, se por acaso eu não atendia o telemóvel ou se não respondia naquele instante à msn, ele insiste quase sem dar tempo de eu responder, parece que ele tem que tomar conta de nós e não ao contrário ...

- o meu marido trabalha por turnos e muitas vezes não dorme em casa, logo ele dorme comigo (se calhar não o deveria fazer), mas o dormir é quase em cima de mim, porque a cama é larga, mas a perna, o braço e mais de metade do corpo dele tem que estar agarrado ao meu ! Se for eu a passar uma noite fora de casa, o dormir com o pai já não é problema, ele dorme no quarto dele e não fica aborrecido !

- Quando eu e o pai saímos para o trabalho, quer saber que chegamos bem, acho que tem um pavor de nos perder e de ficar sozinho, que não faz muito sentido !

É um conjunto de situação que não acho que sejam muito normais para a idade dele, e a realidade, é que esta "obsessão" que eu acho que ele sente, principalmente por mim,
não é nem vai ser benéfica na vida dele, e apesar de ele já ter sido acompanhado à uns 2 anos por uma psicóloga de quem ele até gostava, acho que o assunto não ficou resolvido na cabeça dele ... existem medos que não são expressos por palavras ( e ele até fala muito), mas as atitudes que tem não me parecem adequadas.

Também sei, que este será um tema dificil de se responder por mail, mas queria saber que me aconselham a procurar ajuda especializada, consultei no vosso site as consultas, mas também não sei muito bem se será uma consulta para criança ou para adulto, pois nem sei se ele estará disponivel para ir, pois ele não acha que essas atitudes sejam inadequadas para a idade dele.

Fico a aguardar um conselho, sugestão ...

Muito Obrigado,


E"

 

 

 

 

publicado às 12:25

Gosto de ti, meu filho!

por oficinadepsicologia, em 23.08.11

Autora: Inês Afonso Marques

Psicóloga Clínica

www.oficinadepsicologia.com

 

Inês Afonso Marques

Na natureza todas os organismos, no início da sua formação parecem ser mais frágeis. Esta assumpção é tão ou mais verdadeira quando falamos do ser humano. À nascença, o bebé é um ser frágil, totalmente dependente, incapaz de sobreviver de forma autónoma, necessitando de protecção e acompanhamento constantes para que se desenvolva.

O afecto dos pais é um dos principais elementos fundamentais ao desenvolvimento global da criança – do ponto de vista emocional, cognitivo, mas também social e motor.

Ao sentirem-se amadas as crianças sentem-se mais seguras e confiantes e, consequentemente, mais disponíveis para explorar, descobrir e aprender. Todas as experiências positivas, acompanhadas pelo afecto dos pais, reforçaram a auto-estima da criança, com repercussões na estruturação da sua personalidade.

 

Mas, como sabem as crianças que os pais gostam delas?

- Através das palavras de carinho, amor e encorajamento que ouvem dos pais. Através das festas, do colo, dos beijos e dos abraços.

- Pela atenção positiva que recebem. A criança prefere que lhe dirijam a atenção quando tudo corre bem e não apenas quando se portam mal. Reparando apenas naquilo que a criança falha, pode aumentar o risco de se reforçar um comportamento indesejado. A criança sente-se amada e especial quando reparam, comentam, elogiam, festejam as coisas boas que ela faz, as suas conquistas.

- Quando se sentem seguras, através de limites delineados pelos cuidadores. A criança sabe que os pais gostam dela quando os guiam, estabelecendo limites de forma razoável e consistente. Uma criança educada através de um estilo que conjugue a autonomia com muito afecto, tende a sentir-se amada, merecedora de confiança, respeitada, segura, feliz e com elevada auto-estima. Em adulta tenderá a ser responsável, respeitadora, amiga, disciplinada e determinada.

- Sempre que os pais demonstram interesse pela sua vida. Para uma criança é tão importante que os pais conheçam as suas dificuldades, como valorizem as suas virtudes, interesses e opiniões.

publicado às 11:51

Parentalidade positiva

por oficinadepsicologia, em 10.08.11

Autora: Inês Afonso Marques

Psicóloga Clínica

www.oficinadepsicologia.com

 

Inês Afonso Marques

Uma criança “porta-se mal”quando…

Para mim, é gritar. Para mim, é bater. Para mim, é não fazer o que eu mando. Para mim, é chamar nomes. Para mim, é não parar quieta. Para mim, é tudo isso e muito mais. E para si?

Quando a criança se “porta mal”, ela sente-se com frequência assustada, insegura, com receio. Ela necessita de uma disciplina gentil, mas firme e consistente. Sabendo que podem contar com os seus pais nesta orientação gentil, firme e consistente, a criança sente-se mais segura e calma.

Como transmitir essa segurança à criança?

  • Cumpra as suas promessas. A criança precisa de saber que pode confiar em si. Evite fazer promessas que, depois, não pode cumprir. Mesmo quando fala de castigos, assegure-se que posteriormente os conseguirá manter. Ajude a criança a compreender que “sim é sim” e “não é não”.
  • Interrompa as situações problemáticas com rapidez. Não argumente com a criança, mas também não faça do seu poder a única forma de se fazer ouvir. Evite perder o controlo. A criança precisa de sentir que os pais se sentem controlados. A verdade é que ao irritar-se tenderá a gritar, a usar a força e a fazer promessas que não conseguirá cumprir. A imagem de um pai ou mãe descontrolado apenas contribui para que a criança se sinta mais assustada, insegura, em perigo. Por todos este motivos, quanto mais cedo conseguir controlar um problema, menor a probabilidade de se sentir zangado ou frustrado.
  • Aprecie a criança. Todos os comportamentos têm um objectivo. Alguns desses “maus comportamentos” têm como objectivo receber atenção. Se o objectivo é ter atenção, então, o ideal é que ela seja dada na sequência de “comportamentos bons”.

Com treino, será cada vez mais eficiente em questões de disciplina. A criança acalma mais depressa e você conseguirá ter mais energia para tirar prazer da vossa relação. Descubra actividades que ajudam a criança a sentir-se especial. Pode ser algo “grande” como ir ao cinema ou algo mais simples como cozinharem um bolo juntos.

A disciplina e a diversão têm uma origem comum… O Amor pelos seus filhos.

publicado às 11:25


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