Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]



A ausência de desejo sexual na mulher

por oficinadepsicologia, em 06.01.13

Autora: Joana Florindo

 

Psicóloga Clínica

 

www.oficinadepsicologia.com

 

Facebook

 

 

Joana Florindo

Um número cada vez maior de mulheres tem chegado à consulta de Sexologia com queixas de falta de desejo sexual. Afirmações como “não tenho qualquer vontade de me envolver sexualmente”, “tento sempre arranjar uma desculpa para não chegarmos aí” ou “por mim não tínhamos sexo”, são frequentemente escutadas em espaço terapêutico, sendo expressas quer por mulheres mais jovens quer por mulheres mais maduras, e comummente acompanhadas por sentimentos de tristeza e frustração.

 

Na maioria dos casos, encontramo-nos perante o que clinicamente se designa de “Desejo Sexual Hipoactivo”. E o que é que isto quer dizer? Que existe uma forte diminuição, ou ausência, de fantasias e pensamentos sexuais, de desejo de se envolver sexualmente, ou não se sentir de todo disponível para esse envolvimento, causando sofrimento e mal-estar individual e no casal.

 

E contrariamente ao que se possa pensar, não se tratam de casos isolados. O desejo sexual hipoactivo é mesmo apontado como a disfunção sexual mais frequente no universo feminino.  A investigação nacional sobre a prevalência das disfunções sexuais femininas indica mesmo que cerca de um terço das mulheres portuguesas sente falta de desejo sexual.

 

Convém, contudo, destacar que a diminuição ou a ausência do desejo sexual nem sempre se traduz numa disfunção sexual. Não nos podemos esquecer que “desejo” resulta de uma interacção complexa entre factores biológicos, psicológicos, socioculturais e relacionais, sendo flutuante ao longo da vida.

 

Devemos considerar que o desejo pode estar relacionado, por exemplo, com factores de stress e cansaço, com estados emocionais de ansiedade e depressão, com a toma de determinados medicamentos como alguns antidepressivos ou agentes quimioterapêuticos, com conflitos relacionais no casal, ou com factores biológicos como as alterações hormonais.

 

Se considerarmos todas as idiossincrasias contextuais com que os casais se deparam e a ausência de desejo se prolongar no tempo, durante pelo menos 6 meses, e for vivenciada com sofrimento e mal-estar individual e relacional, é fundamental a consulta de um especialista.

 

A intervenção psicológica nestes casos, após um processo inicial de avaliação completa e cuidadosa, que abranja as componentes médica e psicológica, passa essencialmente pela psicoterapia e pela terapia sexual, tendo como principal objectivo o re-enfoque da vivência sexual no prazer, trabalhando destacadamente a intimidade emocional e comunicacional do casal.

 

Mas porque cada caso é um caso, devendo-se sempre considerar a experiência individual, não hesite em procurar ajuda especializada de forma a avaliar cuidadosamente o que se passa consigo.

 

Para saber mais sobre Desejo Sexual Hipoactivo, ou qualquer outra disfunção sexual, não hesite em consultar a nossa página: http://oficinadepsicologia.com/psicoterapia/sexologia-clinica

 

publicado às 18:33

Que Música Escolheria para Ouvir Durante o Acto Sexual?

por oficinadepsicologia, em 27.11.12

Autora: Joana Florindo

 

Psicóloga Clínica

 

www.oficinadepsicologia.com

 

Facebook

 

 

Joana Florindo

(texto é acompanhado com esta referência: http://www.youtube.com/watch?v=w30RGhFCAkk)

 

Há músicas que nos inspiram, há músicas que nos ajudam a relaxar, há músicas que nos agitam e fazem vibrar… Enfim, podemos dizer que há música e músicas para todos os gostos, momentos e estados emocionais. Consegue encontrar a sua preferida para acompanhar o acto sexual?

 

De acordo com os resultados de um recente estudo britânico intitulado “Science Behind the Song”, desenvolvido pelo serviço de música online Spotify, qualquer uma das músicas da banda sonora do filme de 1987 “Dirty Dancing”, configura a lista das preferidas para se ouvir durante a relação sexual, sendo consideradas sexualmente estimulantes quer por homens quer por mulheres.

 

Na segunda posição surge a música “Sexual Healing” de Marvin Gaye, e na terceira “Bolero” de Ravel.

 

De acordo com o psicólogo que conduziu o estudo, Daniel Müllensiefen, o facto da banda sonora de “Dirty Dancing” ocupar o primeiro lugar da lista, pode dever-se à associação que as pessoas fazem entre as músicas e o clima de romance vivido no filme, e que estas músicas podem servir não apenas como veículo de comunicação de intenções românticas, como para influenciar estados de humor durante o encontro amoroso.

 

 O estudo revelou ainda que para cerca de 40% das pessoas inquiridas, num total de 2000 pessoas, com idades compreendidas entre os 18 e os 91 anos, a música de fundo pode ser mais estimulante do que o toque do companheiro. Surpreendidos com este resultado? Para Daniel Müllensiefen não há grande motivo para surpresa, pois segundo ele, a investigação neurocientífica evidencia que a música pode activar os mesmos centros cerebrais de prazer, que a comida, as drogas ou o sexo.

 

No que respeita às melhores músicas para a sedução e antecipação do encontro sexual, o estudo revelou que todas partilham as mesmas qualidades, vozes mais roucas mas com frequente utilização de agudos, sendo a música “Sexual Healing” de Marvin Gaye a grande vencedora desta categoria.

 

E para si, quais seriam as músicas vencedoras?

 

Fonte: http://video360.world-television.com/Spotify/MNRView.aspx?SiteId=zRMxw9CssiA%3d&locale=en-GB&storyid=ZLfwCUcBl6k%3d

publicado às 11:30

Menopausa e vida sexual

por oficinadepsicologia, em 15.08.12

Autora: Joana Florindo

Psicóloga Clínica

www.oficinadepsicologia.com

Facebook

 

Joana Florindo

A menopausa, por definição, traduz o fim da capacidade reprodutora feminina, com a cessação da produção hormonal nos ovários e a consequente extinção da menstruação. Sendo a última etapa do climatério, encerra um período de modificações no ciclo menstrual, que embora possa manifestar-se de forma distinta de mulher para mulher, conduz em todas elas uma série de sintomas e importantes transformações físicas e psicológicas. Estas, sentidas com maior ou menor intensidade e duração, representam novidade e mudança na vida da mulher, assim como na vida de com quem ela vive, e requerem como tal, ser conhecidas por todos, para melhor poderem ser integradas e vividas.

 

Os “calores súbitos” ou “afrontamentos” são possivelmente os sintomas mais frequentemente descritos, e surgem com maior frequência durante o primeiro ano após a última menstruação. São relatados como “ondas de calor inesperadas e repentinas”, geralmente acompanhadas por um rubor da pele do rosto, pescoço e peito e por uma desconfortável sensação de suor e transpiração. Podem ser bastante inquietantes, interferindo com o sono do casal quando ocorrem durante a noite

 

A nível sexual, a “diminuição do desejo” ou o “desinteresse” apresentam-se como as queixas mais escutadas em consulta, sendo amplo motivo de sofrimento e mal-estar para o casal. Estas queixas, na sua maioria, encontram proveniência nas alterações físicas e fisiológicas que ocorrem durante e após a menopausa. Ora vejamos:

Secura vaginal – Devido a uma baixa capacidade de lubrificação, consequente da diminuição da produção hormonal, a secura vaginal leva a que as relações sexuais possam ser muito incómodas, ou mesmo bastante dolorosas para a mulher, podendo até em algumas situações provocar sangramentos. Associado à secura, ocorre ainda a diminuição do espessamento das paredes vaginais, podendo intensificar a dor sentida. O sexo passa a ser sinónimo de dor, o que faz com que seja evitado a todo o custo.

 

Alterações de Humor – Em consequência das alterações hormonais, a ansiedade, a irritabilidade e mesmo a depressão são companheiras habituais da mulher em menopausa. Estas acabam por interferir com a disponibilidade emocional que a mulher tem para se envolver sexualmente, assim como com o seu desejo.

Muitas mulheres, nesta fase das suas vidas, encontram-se deprimidas e a tomar medicação anti-depressiva, o que pode asfixiar ainda mais o seu desejo sexual.

 

Auto-imagem – Sabendo que a auto-imagem é um factor determinante no bem-estar da mulher, não é de espantar que tenha uma interferência tão importante no seu desejo sexual. Ela encontra-se numa distinta fase da sua vida, num período claro de transformações que ocorrem naturalmente e para lá do seu controlo, e que exigem muito de si. As alterações corporais como o aumento de peso, a possível incontinência, a perda de elasticidade da pele, entre tantas outras, afectam amplamente a forma como ela se vê e se sente a nível sexual. Não se sentido bem com o seu corpo em mudança, evita qualquer tipo de exposição, acabando por não se conseguir entregar sexualmente. O desejo sexual acaba assim por ser comprometido.

 

Embora se assumam como agentes condicionantes do desejo sexual, os factores mencionados não devem ditar o fim de uma vivência sexual satisfatória. Existem, nos dias de hoje, inúmeras respostas que podem ajudar a mulher e/ou o casal a superar estas dificuldades. Um acompanhamento médico e psicológico imediato e próximo, ajustado às necessidades particulares de cada caso, poderá ajudar a obter uma vivência sexual mais satisfatória.

publicado às 16:20

Já ouviu falar em "Binge Eating"?

por oficinadepsicologia, em 15.06.12

Autora: Joana Florindo

Psicóloga Clínica

www.oficinadepsicologia.com

Facebook

 

Joana Florindo

Poderá não reconhecer a expressão, mas certamente já ouviu falar dela, em português designamo-la de “Crises de Voracidade Alimentar” ou “Ingestão Compulsiva”.

 

Ocorrendo nas perturbações alimentares Bulimia Nervosa e Ingestão Compulsiva, traduz-se num comer excessivo e descontrolado de uma quantidade de alimentos considerada exagerada pela maioria das pessoas, que só termina quando um intenso mal-estar ou exaustão física extrema são atingidos. Distingue-se dos episódios de comer desmedido que todos tendemos a conhecer, particularmente quando em reuniões familiares ou convívios entre amigos, pela elevada quantidade de alimentos ingeridos, num reduzido espaço de tempo e a um ritmo acelerado, e pela sensação de falta de controlo sobre o que está a acontecer.

 

Embora seja ainda necessário, do ponto de vista científico, percorrer um longo caminho de investigação que nos permita conhecer com maior rigor e clareza o que acontece num episódio de voracidade alimentar, uma vez que a maioria das descrições que dispomos nos são dadas por quem os vivenciou, e estando essas descrições à partida abraçadas pela experiência emocional de cada um, poderemos realçar algumas características comummente referidas na prática clínica, associadas a estes episódios:

 

Sentimentos – Se inicialmente parece existir alguma sensação de prazer ou saciedade, sendo possível desfrutar do sabor e da textura dos alimentos, rapidamente emergem sensações desagradáveis e de falta de controlo, e surgem sentimentos de angústia, vergonha ou culpa. A repulsa sobre o comportamento que se está a ter é também uma sensação comum, que tende a intensificar-se por não se ser capaz de parar de comer.

 

Velocidade de ingestão – Num ritmo acelerado e num curto intervalo de tempo são mecanicamente ingeridas grandes quantidades de comida. De acordo com os resultados de um estudo efectuado por um grupo de investigadores da Universidade de Columbia, Estados Unidos da América, as mulheres que sofrem de Bulimia apresentam uma velocidade de ingestão alimentar duas vezes superior à das mulheres que não têm qualquer perturbação alimentar: 81,5 calorias por minuto e 38,4 calorias por minuto, respectivamente.

 

Agitação – São bastante comuns os relatos de rebuliços e deambulações desassossegadas que antecedem e acompanham os episódios de voracidade alimentar. De uma forma quase desesperada, é sentido um intenso desejo por comida que incita forçosamente à sua procura e ingestão. Quando os alimentos à disposição são escassos, ou inexistentes, é possível que estas pessoas se desloquem propositadamente a supermercados ou lojas de conveniência para adquirirem os alimentos desejados.

 

Secretismo – A intensa vergonha que tipicamente acompanha estes comportamentos, leva a que eles sejam na sua grande maioria praticados às escondidas, longe dos olhares e críticas dos outros, acontecendo quando se encontram sós, ou sob estratégias como as de levar a comida para locais seguros, como o quarto, onde à partida não serão descobertas.

 

Sensação de consciência alterada – Surge por vezes em consulta o relato de um comportamento involuntário e mecânico, sentido como se não fosse consciente. Instala-se um estado de “piloto automático” em que a consciência sobre o comportamento está momentaneamente desligada. Muitas vezes, as pessoas relatam que isto acontece porque acompanham o episódio de voracidade alimentar com distracções como ver televisão ou ouvir música num volume elevado, distanciando-se à partida do que estão a fazer.

 

Perda de controlo – Assume-se como uma das características centrais das crises de voracidade alimentar, mas parece variar de pessoa para pessoa. Enquanto umas referem sentir esta sensação ainda antes de começarem a comer, outras expressam senti-la a aumentar gradualmente à medida que vão comendo mais e mais, e outras ainda, referem que ela surge subitamente, quando se dão conta da quantidade excessiva de comida ingerida. Contudo, em qualquer dos casos, a sensação é a de que não se consegue parar de comer, nem controlar o quê e o quanto se come.

 

Cada caso é um caso, e deve-se sempre considerar a experiência individual de cada um. Não hesite em procurar ajuda especializada, de forma a avaliar cuidadosamente o seu caso, e, se necessário, poder actuar o mais precocemente possível no seu problema.

Para saber mais sobre Perturbações do Comportamento Alimentar, consulte a nossa página: http://oficinadepsicologia.com/corpo/peso/comportamento-alimentar

publicado às 12:59

Nascimento de um filho - mudanças conjugais

por oficinadepsicologia, em 26.05.12

Autora: Joana Florindo

Psicóloga Clínica

www.oficinadepsicologia.com

Facebook

 

Joana Florindo

O nascimento de um filho é um marco relevante na vida de um casal, que envolve profundas transformações conjugais e individuais. A centralidade que a vida conjugal conservava até esse momento, passa a ter de ser partilhada com a vida parental, e os papéis de “marido” e de “mulher”, especialmente numa primeira fase, poderão facilmente ser absorvidos pelos papéis de “pai” e de “mãe”. Nesta condição, grande parte da atenção e recursos parentais encontram-se direccionados para as necessidades do bebé, limitando a disponibilidade do casal para um investimento na sua relação conjugal. 

 

A fadiga física e a privação de sono, especialmente experienciadas pela mãe numa fase inicial, sendo ela quem está mais implicada nos cuidados do bebé, poderão também contribuir para a diminuição da disponibilidade do casal no investimento da sua vivência a dois.

 

Outra condição que tende a ocorrer com alguma frequência e que pode contribuir para um distanciamento da intimidade conjugal após o nascimento de um filho, é a diminuição do desejo sexual por parte da mulher. Esta diminuição do desejo sexual encontra-se estreitamente relacionada com as alterações hormonais que ocorrem durante a gravidez e período de pós-parto, constituindo-se na maioria dos casos, como uma fase natural e passageira. Mas poderá também estar relacionada com o cansaço e fadiga física que referenciei anteriormente, pela absorção de toda a  energia da mãe para as necessidades do bebé, ou com questões de imagem corporal, devido às transformações físicas que o seu corpo sofreu durante a gravidez e que a inibem de se expor ao marido. Outra situação que poderá estar ainda relacionada com a diminuição do desejo na mulher, é o medo de poder sentir alguma dor no envolvimento sexual, potenciado a sua ansiedade e o evitamento de qualquer contacto mais íntimo.

 

Alguns homens poderão também experienciar uma diminuição do desejo sexual, na fase inicial deste período de vida, quer devido ao medo de poderem provocar alguma dor à sua parceira, cujo corpo passou por transformações internas recentes, quer devido à mudança de papel que ela experienciou, de “sua mulher” para “mãe dos seus filhos”.

 

                A diminuição da satisfação conjugal, comum nesta fase do pós-parto, parece estar mais relacionada com a  diminuição do investimento na relação conjugal do que relacionada com as tarefas parentais. Assim, é fundamental que o comprometimento com o papel de “pai” e de “mãe” não substitua o comprometimento anterior com o papel de “marido” e de “mulher”, devendo ambos ser coabitados e ajustados à vivência diária do sistema familiar.

 

A título sugestivo, aqui ficam algumas ideias que poderão orientar estes casais na promoção da sua intimidade conjugal: 

 

- Saiam da rotina e encontrem algo para fazer a dois. Por exemplo, determinem um dia por semana para poderem sair sozinhos, durante duas ou três horas, e ir ao cinema ou jantar fora;

-  Partilhem emoções e expressem afectos um pelo outro. Utilizando não só a linguagem verbal como a não verbal, e neste caso específico podem fazê-lo através da troca de carícias ou de beijos. Um abraço sentido pode ser uma óptima fonte de conforto, intimidade e bem-estar;

- Comuniquem um com o outro. Uma comunicação verbal clara e aberta é fundamental para uma boa vivência relacional. Partilhem livremente e de forma tranquila aquilo que pensam e sentem, expressem os vossos medos e expectativas face a esta fase de vida, reencontrando um equilíbrio na relação e aumentando a confiança mútua e a intimidade; 

- Surpreendam-se mutuamente. Apoiem-se na vossa imaginação, no que sabem que o outro gosta, e preparem surpresas um ao outro. Um banho de espuma relaxante ao final do dia pode ser uma boa saída escolha;

-  Brinquem e riam em conjunto. Para além do sentido de humor, que deve ser cuidado na relação, chamo aqui à atenção para o vosso lado mais infantil e activo e sejam criativos;

- Mantenham viva a sensualidade que há em vós. Através de carícias ou de uma troca de massagens, por exemplo. E comuniquem as vossas necessidades e receios no que respeita à intimidade sexual, ajustando as expectativas e reduzindo frustrações futuras;

- Celebrem sempre a vossa relação. Não o façam exclusivamente nos dias de aniversário. Sejam criativos, utilizem a imaginação e o mistério e divirtam-se a explorar e experienciar satisfatoriamente a vossa vivência conjugal.

 

Embora possa não ser fácil despertar romance entre fraldas e biberões, é importante que o casal não abandone o seu papel de “marido” e “mulher” e dedique tempo a sua vivência intima, contribuindo não só para uma maior satisfação conjugal, como consequentemente, para uma maior satisfação familiar.

publicado às 19:20

Perguntas difíceis: sexualidade

por oficinadepsicologia, em 17.09.11

Autora: Joana Florindo

Psicóloga Clínica

www.oficinadepsicologia.com

 

Joana Florindo

Falar sobre sexualidade talvez não seja uma tarefa fácil para a maioria das pessoas. Falar abertamente sobre sexualidade com os filhos, então, não será certamente mais simples.

 Arrisco dizer, que a maioria dos pais, quando confrontados com as primeiras questões sobre tal temática, especialmente quando colocadas de forma directa e espontânea, sentem-se assustados e constrangidos, sem saberem ao certo o que responder aos seus filhos. Nessas situações, tendencialmente, ou tentam desviar o assunto ou tentam adiar uma resposta, na esperança de que tal questão não volte a surgir. Mas, na maioria dos casos, acabam por ver as suas estratégias defensivas sabotadas porque a dúvida persiste e a questão volta a emergir.

É fundamental dar-se uma resposta à criança, mesmo que não seja no momento em que ele coloca a pergunta, revelando disponibilidade e abertura ao diálogo perante todos os temas da sexualidade. E embora não exista uma receita específica, que possa ser aplicada a todos os casos, os pais devem encarar todas as questões com a maior naturalidade e tranquilamente responder aos seus filhos.

 

 

 

publicado às 11:09

Autora: Joana Florindo

Psicóloga Clínica

www.oficinadepsicologia.com

 

Joana Florindo

 

Nos dias de hoje, a anorexia, a bulimia, e particularmente a ingestão compulsiva, assumem-se como realidades cada vez mais frequentes e assustadoramente próximas. Parece ser cada vez mais provável, conhecermos alguém que sofre de uma destas perturbações alimentares, podendo mesmo, tratar-se de um dos nossos familiares ou amigos.

 

Contudo, nem sempre é fácil reconhecermos tais problemas em quem nos rodeia, quer devido à sua expressão tipicamente silenciosa e envergonhada, quer devido ao nosso desconhecimento dos seus indícios, e, na maioria das vezes, acabam por ser detectados ou evidenciados em estados mais avançados, quando a saúde física e emocional já se encontram muito comprometidas.

 

Sabemos que uma sociedade informada é uma sociedade mais atenta e consciente, com maior poder de prevenção e intervenção, e porque nos encontramos perante perturbações que acarretam graves consequências de saúde, muitas vezes irreversíveis, e em que em alguns casos podem mesmo conduzir à morte, conhecer e identificar os seus sinais de alerta, revela-se de extrema importância, permitindo uma resposta ao problema mais rápida e precoce, e tendencialmente mais eficaz.

 

Nesse sentido, encontram-se de seguida alguns dos sinais de alerta mais comummente associados a estas perturbações, mas quero salientar, desde já, que embora se revelem úteis indicadores, não se podem assumir, por si só, como garantias de diagnóstico de uma perturbação do comportamento alimentar:

 

 

publicado às 11:20

Aquecer a relação com a chama da paixão

por oficinadepsicologia, em 13.08.11

Autora: Joana Florindo

Psicóloga Clínica

www.oficinadepsicologia.com

 

Joana Florindo

Do amor apaixonado, já Camões nos dizia que “é fogo que arde sem se ver”, num sentir interno, intenso e ardente, que nos permite viver numa constante chama de paixão, fascínio e fantasia. Mas, de efemeridade evidente, sabemos que com o passar do tempo, a intensidade dessa chama tende a enfraquecer. E aos poucos, sentimos a novidade ser transformada em rotina, o fascínio em normalidade, e o amor paixão em amor companheiro, amigo e cúmplice.

Sabendo à partida, que fisiologicamente, a nossa resistência não nos permitiria viver continuadamente em tal estado de paixão, conseguimos entender o processo de transição do amor apaixonado para o amor companheiro, como algo natural, e até  saudável, que nos protege da exaustão e degradação física e psicológica. Mas desenganem-se os que pensam que neste estado de amor, não há lugar a paixão. Acreditando que ela se consumiu, para sempre. O segredo de poder experimenta-la ao longo do amor companheiro é continuar a investir na relação, nutrindo-a e cuidando-a diariamente, e com alguma criatividade, promover momentos a dois, reacendendo o fogo dessa chama.

 

Aqui ficam algumas dicas que vos podem ser úteis, mas deixo à vossa imaginação, a sua passagem à prática:

 

. Saiam da rotina e encontrem algo diferente para fazer, a dois. Experimentem agir como namorados, e determinem um dia por semana para poderem sair sozinhos, e ir ao cinema ou jantar naquele restaurante que tanto querem conhecer. Ou vão além disso, e inscrevam-se em conjunto numas aulas de Italiano, de mergulho, de ténis, ou de dança, conciliando neste último caso, a possibilidade de aprenderem a dois uns passos sensuais, fazerem exercício físico e aliviarem os stresses diários;

 

 

 

publicado às 11:50

Dor genital

por oficinadepsicologia, em 28.07.11

E-mail recebido

 

"Boa noite,Dra

 

Sempre que faço este exame(citologia ginecologica )  sinto grandes dores,na última vez a médica nem conseguiu realizar o exame(mesmo eu tendo avisado com antecedencia deste panico que tenho do procedimento).

Já tentei calmantes,não resultou.Mudei de médica,também não resultou.Já me fizeram este exame com espéculo para virgens mas ainda assim sinto as dores.

O que fazer para tolerar a dor?Tive um trauma na minha vida pessoal,será que isso está a influenciar?

Ajude-me Dra porque estou desesperada...

 

Antecipadamente grata.

 

A."

 

 

publicado às 10:10

Dieta: Simplicidade é sinónimo de eficácia

por oficinadepsicologia, em 05.03.10

Autora: Joana Florindo

Psicóloga Clínica

 

Sempre que pensamos dar início a uma dieta sabemos que precisamos de um conjunto básico de ingredientes, sem os quais nada pode ser feito. Quantidades generosas de motivação, altas doses de força de vontade, uma boa porção de auto-eficácia e quilos de dedicação são sem dúvida fundamentais. Mas para que ela possa revelar-se um sucesso, e para que possa ser mantida ao longo do tempo, existe um pequeno segredo que ao ser introduzido parece fazer toda a diferença: um delicioso preparado de clareza e  simplicidade de regras. 

 

publicado às 11:15


Mais sobre mim

foto do autor



Arquivo

  1. 2013
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2012
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2011
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2010
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2009
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D