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Solidão: Querer partilhar a vida e não ter com quem

por oficinadepsicologia, em 29.12.12

Autora: Tânia da Cunha

 

Psicóloga Clínica

 

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Tânia da Cunha

Um dos maiores problemas do nosso tempo é, sem dúvida, a solidão.

 

Podemos falar de dois tipos de solidão: por um lado, o isolamento emocional, correspondente à falta de uma relação profunda e emocionalmente satisfatória com alguém, por outro lado, o isolamento social ou ausência de um círculo de amigos emocionalmente suficiente.

 

Podem sentir-se sós todos aqueles que, por uma razão ou por outra, não sentem as suas raízes, sentindo-se isolados, ou até todos aqueles que de alguma forma, se sentem abandonados, traídos, rejeitados e incompreendidos.

 

Sentir-se solitário é sentir-se desligado, separado das pessoas que são importantes do ponto de vista emocional. Podemos sentir-nos sozinhos mesmo quando nos encontramos rodeados por outras pessoas.

 

Uma das maiores conquistas dos nossos tempos é precisamente a consciência de que a solidão é algo que merece a nossa atenção, na tentativa de determinar como será possível dar a volta e conviver o melhor que possa com este sentimento. Neste sentido, deixo-vos algumas reflexões a considerar:

 

- Não precisamos forçosamente de outras pessoas para sentir alegria – procure desfrutar de experiências que realiza sozinho. Claro que, também poderá sentir prazer em partilhar alguns desses momentos com outras pessoas, mas tente não considerar que essas experiências são menos válidas se forem vivenciadas sozinho.

 

- Elabore uma lista de coisas de que gosta de fazer e construa uma nova estrutura da sua vida. Se ,por exemplo, manteve um relacionamento prolongado que acabou recentemente, ou os seus filhos acabaram de sair de casa, é possível que sinta solidão ao ver a sua rotina alterada. Este vazio pode ser preenchido com novas atividades.

 

- Se não fizer pequenos esforços pode passar na realidade a achar a sua companhia bastante desagradável, valorize a sua própria companhia! Se estiver com outra pessoa é possível que queira preparar uma refeição elaborada e requintada, mas se estiver sozinho aquece apenas um prato rápido para comer diante da televisão ou computador. Deste modo, está a indicar a si mesmo que não é digno de tanto trabalho e tempo e só o tempo que despende para os outros é valorizado.

 

- E porque não inscrever-se em clubes já existentes e começar a dar alguns jantares e pequenas festas? Despois de ter decidido apreciar a sua própria companhia, faça alguma coisa em relação à sua vida social, saindo mais para conhecer novas pessoas.

 

 

 

 

publicado às 10:52

Autora: Tânia da Cunha

 

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Tânia da Cunha

O comportamento dos familiares e amigos reveste-se de grande importância na tentativa de ajudar o doente deprimido. De modo geral, a depressão não surge de repente, vai-se desenvolvendo despercebidamente durante um longo espaço de tempo, mas, mais tarde ou mais cedo, acaba por se reparar que algo não está bem. E agora, o que fazer?

 

- É fundamental ter muita paciência: Mesmo que tenha dificuldade em entender, por detrás do comportamento de alguém deprimido não há preguiça nem intenção de sobrecarregar os outros. Bem pelo contrário, o doente depressivo sente um enorme desejo de se libertar o mais rapidamente possível do seu estado.

 

- Prudência: A pessoa que está mais próxima tem de estar envolvida no processo, mas tem de pensar também em si própria, caso contrário acabará igualmente por precisar de ajuda. A compreensão com o outro é adequada mas é preciso estabelecer limites de forma a proteger-se.

 

- Estimule o doente a consultar um médico: Quando a pessoa que está mais próxima do doente constata que ele está cada vez mais deprimido, não deve hesitar em aconselhar-se com um médico ou com um psicoterapeuta, mesmo que não seja essa a vontade dele. Quanto mais cedo falar com o doente sobre o assunto e o convencer a tratar-se, melhor será.

 

- Não desista: Quem está deprimido tem tendência para isolar-se cada vez mais, e frequentemente dizem até que querem que os deixem em paz. A insistência pode ser prejudicial, mas pode tentar arranjar sempre novas propostas de atividades para praticarem em conjunto, por exemplo um passeio que possa proporcionar alguns momentos de prazer a ambos.

 

- Apenas o médico ou o psicoterapeuta têm preparação para o tratamento: Os familiares e amigos do doente não podem tentar substituir o médico. Não é esse o seu papel, nem têm a preparação necessária para o fazer, nem mesmo o distanciamento profissional que permite uma saída segura para vencer a depressão.

 

publicado às 11:37

A Depressão é Mais do que “Tristeza Melancólica”

por oficinadepsicologia, em 02.12.12

Autora: Tânia da Cunha

 

Psicóloga Clínica

 

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Tânia da Cunha

Mencione que está deprimido e todos saberão do que está a falar. Sentir-se em baixo, infeliz, negativo, oprimido, sem valor – todos estes sentimentos são sintomas do que geralmente é designado por depressão.

 

A depressão pode ser uma condição séria e ameaçadora da vida, é um problema que afeta todo o corpo, com raízes bioquímicas e emocionais. Com sintomas como a tristeza, fadiga, sono, perturbações do apetite, medos, preocupações, decréscimo do desejo sexual, dificuldades de concentração e sentimentos de desespero, pode constituir um problema sério se não for tratada.

 

Seguem-se algumas sugestões com o intuito de o ajudar a desenvolver estratégias em relação à doença e questionar novas atitudes:

 

- Em vez do caos, um programa diário: Quem conhece o caos que implica estar deprimido, bem sabe que existe uma enorme dificuldade em estruturar o seu dia-a-dia. É característico desta doença o facto de determinadas atividades, anteriormente realizadas com prazer, passarem a ser difíceis ou até mesmo impossíveis de realizar. Experimente anotar as várias tarefas a desenvolver ao longo de um dia normal, sem esquecer de registar as horas a que devem ser cumpridas. Não queira exigir de si próprio tarefas exageradas. De início, basta fazer uma pequena coisa de cada vez.

 

- Recompense-se a si próprio: Na depressão é preciso recuperar o prazer da vida. Neste sentido, no programa diário acima sugerido, inclua não só as obrigações mas também aquelas pequenas atividades que anteriormente lhe proporcionavam prazer, tente planifica-las com horários fixos e com regularidade, para que tornem a ser sentidas como atividades positivas.

 

- Evitar o isolamento social: Na depressão há uma tendência para vivenciar a sensação de ser incompreendido por toda a gente, o que poderá implicar a quebra de relações significativas e inevitavelmente deparar-se com o isolamento. Lembre-se que o isolamento social nada tem de benéfico, pode até agravar a sua situação.  É importante continuar a cultivar os contactos antigos, mesmo aqueles que lhe pareçam superficiais. Fale com as pessoas que o rodeiam sobre os seus receios e preocupações.

 

- Deixe extravasar os sentimentos: Há pessoas que não se importam de exprimir abertamente os seus sentimentos e emoções. Mas há outras que são mais reservadas e como que se fecham em si mesmas. Na depressão, pode ser um alívio dar livre curso às emoções, visto que assim diminui a tensão interior.

 

Bem sei que o caminho a percorrer não é fácil, mas não tem necessidade de o percorrer sozinho, procure um profissional para o ajudar.

 

publicado às 11:15

Quando o medo e o pânico nos dominam

por oficinadepsicologia, em 31.10.12

Autora: Tânia da Cunha

 

Psicóloga Clínica

 

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Tânia da Cunha

Os medos são considerados patológicos quando começam a dominar todo o quotidiano, tornando-se difíceis de controlar. Neste sentido surge a necessidade de distinguir entre um medo generalizado, dificilmente compreensível, e um medo concreto que aparece perante uma situação ou um determinado objeto.

 

O medo enquanto emoção adaptativa e necessária tem a função de nos proteger de “disparates” que poderiam ter más consequências. Se esta emoção não for adequadamente experimentada, a pessoa não consegue cuidar de si mesma e estaria exposta aos perigos de forma continuada.

 

Nem sempre é fácil determinar a verdadeira origem do medo. Muitas vezes trata-se de um medo difuso, ou flutuante, que domina tudo e controla completamente o nosso estado de espírito. O que acontece com frequência é que de pouco ou nada serve sabermos que esse medo não tem razão de ser, pois a sensação inexplicável permanece. Outras vezes existe um motivo concreto, ao qual, em condições de saúde normais, não atribuíamos grande importância. Frequentemente, basta apenas uma ideia preocupante, como por exemplo pensarmos que pode acontecer algo de negativo a um ente querido.

 

Numa situação de Pânico, todo o corpo reage. A inquietação interior e o medo podem dar origem a crises de pânico. Estes podem manifestar-se sob a forma de uma ou mais crises diferentes e completamente inesperadas. Isto significa que podem surgir independentemente de uma situação determinada. Tais crises de pânico são muitas veze vividas como um medo de morte, trazendo consigo diversos sintomas físicos:

  • Falta de ar, que pode ir até à sensação de asfixia;
  • Vertigens, ou seja, a sensação de que o chão oscila;
  •  Opressão no peito e aceleração do ritmo cardíaco;
  • Tremores por todo o corpo;
  • Aumento da sudação;
  • Sensação de angústia;
  • Náuseas e/ou vómitos e dores gastrintestinais;
  • Sensação de formigueiro (parestesias);
  • Medo de enlouquecer e de perder o autocontrolo.

O ponto crucial no tratamento da Perturbação de Pânico reside em não errar o diagnóstico. Quem sofre de pânico encontra-se muitas vezes preocupado com o facto de os sintomas somáticos poderem ser manifesto de doença física grave (por exemplo ataque de coração). No entanto, sublinha-se que existe uma grande variedade de tratamentos disponíveis:

  • Com o treino da respiração pode diminuir a hiperventilação e compreender que muitos dos seus sintomas são fruto da relação entre o oxigénio e o dióxido de carbono na circulação.
  • As abordagens cognitivas ajudam a compreender com maior clareza as sensações físicas.
  • As abordagens comportamentais encorajam à exposição das situações que provocam as crises de pânico, hiperventilação e outros sintomas somáticos.

 

 

publicado às 13:50

O homem é uma criança

por oficinadepsicologia, em 08.10.12

Autora: Tânia da Cunha

Psicóloga Clínica

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O homem é uma criança: o seu poder é o poder de crescer

(Rabindranath Tagore)

 

Tânia da Cunha

É verdade que a infância pode condicionar e prefigurar o nosso perfil de adultos, mas não menos verdade é que cada um de nós pode melhorar-se a si mesmo se acreditar que isso é possível e se se esforçar por consegui-lo. Não se deixa condicionar pelo passado!

 

Quando alguma criança não recebe afeto razoável para se sentir amada, poderá sentir injustiça e achar-se inferior comparativamente com outros, deste modo não aprende a relacionar esforço com recompensa, nem tem um limite claro do que lhe é permitido fazer, assim, são configuradas todas as condições necessárias para permanecer na infância, porque não está a ser preparada para a vida adulta.

 

Desafio-o que analise e reflita a propósito do seu processo de desenvolvimento, o caminho da maturidade. Para facilitar esta experiência referencio em seguida alguns traços básicos do comportamento infantil que devem atenuar-se ou desaparecer na idade adulta:

  • Procura de aprovação.
  • Comportamento egocêntrico.
  • Procura constante de afeto e de proteção.
  • Dificuldade em assumir responsabilidades.
  • Facilidade em estabelecer e interromper relações.
  • Procura de modelos de identificação.

Partilhe connosco a sua reflexão: é um adulto que renuncia a crescer para satisfazer as suas necessidades de criança (necessidade de se sentir amado e admirado a toda a hora, com dificuldade em manter relações estáveis porque isso significaria agir a um nível de responsabilidade que não desenvolver); OU reconhece que isso não se consegue de forma gratuita porque, no mundo dos adultos, as coisas não se ganham sem esforço e o amor não é incondicional.

publicado às 14:24

Gerir o tempo

por oficinadepsicologia, em 29.08.12

Autora: Tânia da Cunha

Psicóloga Clínica

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Tânia da Cunha

Muitas vezes parece que temos de nos desdobrar para arranjar tempo para tudo. É possível que sinta que o dia nunca tem horas suficientes, ou será que tem? Sabia que racionalizar aquilo que faz pode conceder-lhe tempo livre?

Ser-se “atento” ajuda-nos a reconquistar parte desse tempo. Aqui ficam algumas sugestões:

  • Convido-o a experimentar a tirar cinco minutos no início de cada dia para planificar e também dar uma vista de olhos ao impacto que o seu dia de hoje causará no resto da semana.
  • Se se sentir sobrecarregado de trabalho, examine com atenção o seu calendário diário e decida se está ou não a exigir de mais de si mesmo.
  • Estamos sujeito a diferentes biorritmos (ciclos de energia quando estamos mais ou menos produtivos). Na grande maioria das pessoas, a maior atividade cerebral atinge o auge antes do meio-dia, por isso resolva as tarefas difíceis entre as 8 da manhã e o meio-dia. Evite trabalhos difíceis à noite. A exceção a esta regra parece aplicar-se a algumas pessoas criativas que gostam de utilizar as sossegadas horas do período noturno para pensar. 
  • Delegue tarefas sempre que se justificar. Se tiver tendência para fazer tudo sozinho, reflita por que razão o faz.
  • Se verificar que está constantemente a interromper o trabalho para ir verificar os e-mails, o mais certo é distrair-se também na execução de outras tarefas. Experimente verificar apenas os seus e-mailsnum máximo de três vezes por dia a horas previamente definidas por si (de manhã, depois do almoço e antes de sair do emprego).
    • Não desperdice o seu tempo a pensar em desculpas para não ter ainda terminado uma coisa. Esconder-se por detrás de desculpas nunca resulta a longo prazo. Isso só lhe vai criar stress, incerteza a quem está do outro lado e consome uma quantidade valiosa de energia. 

 

Partilhe connosco outras alternativas que têm funcionado consigo.

publicado às 09:41

Resolver problemas e tomar decisões

por oficinadepsicologia, em 25.08.12

Autora: Tânia da Cunha

Psicóloga Clínica

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Tânia da Cunha

 

Pergunto-me como seria a vida sem ter necessidade de resolver problemas ou tomar decisões. São realidades que não podemos camuflar, ou será que podemos? Deparamo-nos todos os dias com escolhas que temos de fazer. As pessoas que não têm escolhas, ou que acham que não têm, são as mais propensas aos efeitos do stress. Deixo-vos algumas sugestões que podem facilitar o processo de tomada de decisões e suavizar o problema.

  • Mude a utilização da palavra “problema” para “desafio” e da expressão “resolver problemas” para “tomar decisões”.
  • A vida está cheia de “ses”, “es” e “mas”, que complicam a tomada de decisões. A parte mais difícil é muitas vezes o processo efetivo de chegar a uma decisão. Assim que chegar a esse ponto, normalmente ele vai parecer-lhe bastante fácil. Quando tomar uma determinada decisão, não desperdice energia preocupando-se com o que poderia ter acontecido se tivesse escolhido seguir por outro caminho.
  • Habitue-se a detetar e mudar as ideias que podem ser limitadoras. Pensamentos como “Não sou bom nisto” ou “Não entendo isto” podem ser prejudiciais. Eles vão limitar o seu potencial e o seu prazer.
  • Uma das principais razões por que as decisões podem ser difíceis de tomar é por causa daquela vizinha tagarela dentro da cabeça que diz: “E se alguma coisa corre mal?” ou “E se eu fizer a escolha errada?”. Em vez disso pode questionar-se: “Qual é a pior coisa que pode acontecer se alguma coisa correr mal?” – 99% das vezes irá verificar que não vai acontecer nada de tão mau assim.
  • Experimente escrever os prós e os contras de uma determinada situação. Se os mantiver apenas na memória, tenderão a rodopiar dentro da sua cabeça de forma desfocada, porém se os passar para o papel, muitas vezes surgirá uma solução clara.
  • Se a sua decisão vier a revelar-se algo imperfeita, não se sinta frustrado mas aprenda com a experiência.
  • Mantenha a concentração e a calma ao longo de todo o processo. O nervosismo ou a ansiedade não ajudam em nada a resolver essa disputa, servirá apenas para criar mais pressão.

publicado às 09:34

Pânico, exigências e medo do futuro

por oficinadepsicologia, em 12.07.12

Autora: Tânia da Cunha

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Tânia da Cunha

Sabe-se que o pânico pode ser despoletado pelo medo do futuro. Para muitas pessoas, o pânico ocorre quando se veem confrontados com um aumento de exigências e/ou responsabilidades. Nessas alturas, podem deparar-se com a incapacidade em gerir as pressões das suas responsabilidades, acreditando que não possuem força, vontade, perícia, inteligência ou estabilidade emocional para lidar com determinada tarefa.

 

O pânico está muitas vezes associado à falta de confiança das capacidades do próprio e pode ser sustentado pela crença de que o seu mundo é demasiado exigente ou que a tarefa a realizar é demasiado opressiva. Esta temerosa antecipação pode manifestar-se fisicamente através de períodos de extrema angustia ou pânico que pode ter como consequência uma ida às urgências do Hospital.

 

Os ataques de pânico acontecem com alguma frequência e são muitas vezes descritos como das mais aterradoras experiencias humanas.

 

Há um caminho melhor...

  • Mantenha a calma – em qualquer confrontação, se permanecer relativamente calmo, pensará com maior clareza e conseguirá proteger-se;
  • Não mergulhe em pensamentos distorcidos – lembre-se que a antecipação e a preocupação são apenas abstrações;
  • A melhor escolha é “deixe que a vida decorra espontaneamente”. Sem o pensamento retorcido e preocupado pode começar a arriscar viver naturalmente e eficazmente.

publicado às 20:39

Necessito realmente de mudar?

por oficinadepsicologia, em 09.07.12

Autora: Tânia da Cunha

Psicóloga Clínica

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Tânia da Cunha

Acredito no potencial inesgotável que cada ser humano possui. É através deste que todos somos capazes de evoluir favoravelmente num sentido mais positivo e de maior qualidade de vida, mas para isso é necessário ter presente que precisamos de nos nutrirmos dia após dia. Do mesmo modo que adquirimos, através de exercícios físicos e de treino, o fortalecimento dos nossos músculos, também podemos redefinir a visão que temos das pessoas, das coisas e da vida.

 

Se fizermos um balanço de todas as aquisições que fomos alcançando ao longo da vida, percebemos que estamos em constante mudança. Com treino fomos sendo capazes de fazer uma série de aprendizagens, como aprender a caminhar, a nadar, a conduzir um automóvel etc. Quando nos observamos hoje, compreendemos que não somos a mesma pessoa de ontem e certamente podemos acreditar que amanhã estaremos diferentes de hoje.

 

A aprendizagem vai sendo feita por tentativas, quase sempre pouco produtivas no início, mas aperfeiçoando em progressão constante. A título de exemplo, podemos pensar na aquisição da marcha, as quedas constantes levam a criança a tentar de novo, no sentido do seu objetivo. Depressa compreende que tem de dominar pequenas distâncias e mais tarde, quando lhe for possível, fixará objetivos mais ambiciosos, até o dia que souber correr.

 

Tomando este exemplo na vida de todos nós, podemos definir alguns princípios que suportam uma aprendizagem bem-sucedida:           

  • Agir - para aprender convém fazer tentativas.
  • Fixar objetivos pequenos e progressivos. Para aumentar as hipóteses de sucesso.
  • Esperar que nem tudo corra bem. Falhar uma tentativa pode ser muito útil se de seguida for feita uma reflexão sobre o que correu mal.
  • Repetir - para aprender bem é necessário repetir.
  • Imitar - toda a aprendizagem necessita de modelos. Enquanto adultos, podemos escolher as pessoas cujas atitudes e comportamentos gostaríamos de adotar.
  • Auto encorajar-se - algumas pessoas desesperam facilmente face ao que precisam de fazer. Outras felicitam-se pelos progressos feitos e pelo caminho já percorrido. Atreva-se a ser uma destas!

publicado às 10:49

A ira conduzida pela insegurança

por oficinadepsicologia, em 16.04.12

Autora: Tânia da Cunha

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Tânia da Cunha

Os seus sentimentos muitas vezes saltam da antipatia ao ódio? Sente-se muitas vezes ameaçado e/ou atacado? Tem dificuldade em confiar nas pessoas? É frequentemente ciumento? Sente-se em muitas situações rejeitado? Se a resposta a estas questões foi na sua maioria positiva, muito provavelmente tende a proteger-se afugentando o perigo, através da hostilidade.

 

Alguém mais sensível ao controle pode tornar-se hostil se é confrontado pela sua própria insegurança. A hostilidade pode ter um carácter defensivo, de forma a criar distância física e emocional de alguém ou de alguma situação que é percecionada como “perigosa”. A hostilidade pode assumir várias formas: pode ser passiva, agressiva, desagradável ou tão simplesmente rabugenta.

 

Podemos considerar que em algumas situações os nossos sentimentos hostis são apropriados? Sim, existem ocasiões em que a ira é uma reação apropriada. Por exemplo quando alguém nos fere, humilha, insulta ou embaraça é natural sentir ira. Quando à ira é associada a insegurança, a humilhação, o insulto ou o embaraço ganham um significado diferente – a ira agrava. Se muito depois do “confronto” ainda está a destilar hostilidade, por outras palavras se esta emoção persistir pode ser sinal de que o que está presente é a insegurança.

 

Se alguma vez encontrar uma situação em que a ira não se dissipe, é um alerta, em vez de suspeitar das falhas do outro, pense se não é a sua insegurança que o está a deixar sem controlo.

publicado às 10:10


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